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“Em vez das baleias, salve o XO e o ClassMate”

Trecho do post da Sandra Carvalho, da revista Info: “A batalha de relações públicas para colocar um minilaptop de 7 polegadas nas mãos das crianças nas escolas está prestes a ser perdida no Brasil – seja com XO, seja com ClassMate PC. (…) Pondo os pés no chão: hoje não há laptop de 100 dólares para governo algum comprar. Seja XO, da OLPC, seja ClassMate, da Intel, produzidos aqui ou na China. Para salvar a proposta de levar maquininhas úteis como essas para escolas brasileiras, o governo poderia deixar isso claríssimo, em primeiro lugar. Em segundo, na hora de fazer suas compras, separar o que é computador de frete, instalação, treinamento e outros serviços adicionais das licitações.

Do jeito em que as coisas estão, o governo estimula comparações desfavoráveis com uma idéia romântica, que nunca se materializou – um notebook de 100 dólares – e complica ainda mais as coisas ao tentar emplacar, junto, um pacote de serviços de logística complicadíssima, que obviamente custa dinheiro. Nessa confusão, enxergar transparência – se é que existe – fica difícil. Se o Uruguai compra só o hardware, sem serviço algum, está feita a comparação desfavorável – e desconfiada. (…) É nesse ambiente que a compra dos laptops escolares é examinada. E é nesse clima que as maquininhas podem afundar se os parâmetros da conversa não forem mudados, sempre com transparência máxima.”

Saiba mais (info.abril.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-07

Comentários dos leitores

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    Frederico (usuário não registrado) em 7/02/2008 às 11:13 am

    Deviamos começar o projeto uma carteira e cadeira por aluno, seguido do projeto uma lousa por sala (…) um professor por materia (…) depois quem sabe um laptop per child.

    Por mais que se fale, conheço varios lugares onde não há salas tão pouco professores nem carteiras para todos alunos. Questão de prioridade.

    E eu conheço escolas publicas em que além disso tudo ainda tem aulas de inglês, italiano, espanhol e até japonês (poucas vagas, mas tem). Já foi considerada a melhor escola publica do estado de SP, fazem atividades muito interessantes, como um documentário sobre ecologia e um outro sobre a gravidez na adolescência, então, só se basear pelas escolas que não tem nada é complicado, limitar uns por causa de outros acho errado.

    Mas que todas deveriam ser, pelo menos, parecidas com esta que citei, isso deveriam.

    Ahh, nesta escola tem um laboratório de informática, mas é bem fraquinho, poucas maquinas antigas e de uso muito limitado.

    Bruno Pitteli Gonçalves (usuário não registrado) em 7/02/2008 às 11:25 am

    Realmente, concordo com Frederico.
    O Brasil precisa de uma estrutura de ensino melhor, antes de pensar em algo assim. Estou no estado de SP, e conheço varias cidades que não possuem computadores, uma sala de computação. Fico imaginando a situação de cidades interioranas de estados menores, como acre. Com certeza, o que o Frederico disse não está fora da realidade. Vemos pela TV, escolas que nem iluminação possuem, nem um meio de transporte adequado para as crianças irem estudar, enfim, Questão de prioridade.

    Vamos lembrar que o ensino fundamental é responsabilidade dos municípios. Se a qualidade das escolas municipais é ruim, é culpa da prefeitura, não do governo federal. O que existe é muita corrupção nas prefeituras do interior, onde a verba que vem do governo federal é aplicada nas contas de certos senhores, e o comodismo da população em deixar isso do jeito que está.

    Ficar sentado reclamando da situação não resolve nada. Se o povo dessas cidades encara-se desvio de verba como uma cangaia bem dada, eu duvido muito que a situação das escolas e dos hospitais estaria do jeito que está agora.

    Andrew (usuário não registrado) em 7/02/2008 às 1:22 pm

    Sendo ecologicamente correto, é melhor que o título seja: “Em vez de só as baleias, salve também o XO e o ClassMate”

    Petter (usuário não registrado) em 7/02/2008 às 2:50 pm

    Realmente não é pura e simplesmente a idéia de colocar um laptop de baixo custo por criança que vai sanar todos os problemas da educação no Brasil, embora a idéia seja boa, é mais urgente utilizar esse dinheiro para melhoria da estrutura e recursos das escolas já existentes e construir novas escolas onde for necessário.
    Depois disse informatizar todas as escolas com laptops de baixo custo será sim a melhor idéia.

    Concordo com as duas opiniões: há escolas públicas de ótima qualidade, e há aquelas que não têm condições algumas se suportarem um laptop por criança.
    No geral, a educação pública no Brasil vai mal. Não há como refutar isto. Posso dizer isso por experiência própria, pois a vida toda estudei em escola pública – tanto que hoje estou numa universidade estadual ;-) – e via como falta muita coisa para que a maioria delas se comparem às escolas modelos, como a citada pelo MaxRaven. Infelizmente isto acontece.
    Casos de violência nas escolas que antigamente eram isolados estão cada vez mais comuns. Mas agora a violência parte dos próprios alunos. E parece que, quanto mais discutimos sobre o assunto, mais aumenta o número de ocorrências do tipo. Houve até um caso recente de uma criança – onze anos, se não me engano – que assassinou um colega que o denunciou para a diretora, por estar utilizando drogas na escola. E ainda ameaçou outros.
    Antes de colocarmos um monte de computadores nas escolas temos sim que mudar o modo como nossas crianças vêem a escola. A escola simplesmente perdeu seu valor. Saem de lá não sabendo nada, freqüentando somente porque o ensino é obrigatório. O sistema não os reprova, por não querer “sustentar marmanjo”, e soma-se a isso o atual pensamento que estão sendo transmitidos às crianças, seja via televisão, Internet, e outros meios de mídia, de que o “bom é ser mau”, e quem faz “a coisa certa” é um idiota. Num ambiente assim não há laptop ou qualquer outro novo aparato tecnológico que resolva a situação. Seria adicionar mais uma possível fonte de problemas, em vez de primeiro reduzir ou acabar com os já existentes.

    O trabalho dos desenvolvedores do Classmate e do OLPC foi muito bem-feito, mas o enfoque no Brasil deve ser outro. Quem sabe quando formos um pouco mais desenvolvidos na educação, os laptops sejam bem-vindos. Muitos dirão que não há como se desenvolver sem utilizar estes recursos, mas vejam que país desenvolvido algum necessitou laptops de brinquedo para resolverem crises em seu sistema de ensino (carece de fontes).

    Mas tirando todo esse papo politicamente-correto, repetitivo e chato, continuemos salvando as baleias! Vai Willy e Moby Dick!

    Não adianta colocar um notebook educacional na mão de crianças, se o professor não está preparado para usar essa ferramenta de apoio educacional. Pior, na maioria das vezes não quer ensinar nada direito.

    PS: Sou professor, e, acho, uma das exceções à regra.

    Cezar (usuário não registrado) em 8/02/2008 às 5:00 pm

    Concordo com Tenchi.Existe escolas que estão precisando de professor, em outras, o professor não tem formação especifica para ensinar tal disciplina. É ai onde questiono, se o professor tem formação para ensinar português e esta ensinando, como exemplo, história. De que adiantará o lap top para os alunos?
    Acredito que seria melhor investir em estrutura de escolas, formação de professores(é realidade o que mencionei acima) entre outras prioridades até que venha o lap top.
    A escola onde trabalho foi escolhida para teste, onde os alunos irão receber o lap top. E percebo que tem professores que não tem conhecimento em informática(o básico), penso que será um pouco difícil para eles planejar suas aulas…

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