Cesar Brod – David Byrne, RadioHead, Música e, afinal, qual é a da Microsoft?
Cesar Brod escreveu no Dicas-L sua opinião sobre os recentes anúncios da Microsoft, colocando no mesmo contexto a situação das gravadoras, forçadas pelas circunstâncias a rever algumas bases de seu modelo de negócios. Trecho: “A Wired de janeiro traz uma entrevista feita pelo David Byrne com o Thom Yorke do RadioHead, sobre o real valor da música. Em certo ponto da entrevista, os dois discutem a evolução da música, que partiu de algo com substrato social (no passado, para ouvir música, um ser humano, ou mais, a estariam executando) para algo que passava a ser movimentado por meios tecnológicos (LPs, cassetes, CDs, DVDs, internet). Ambos chegam a conclusão de que uma caixinha plástica, com um disco brilhante dentro, não pode ser chamado de “música”, assim como um carrinho de supermercado carregado não pode ser chamado de “comida”.”
Saiba mais (dicas-l.com.br).
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Ah, mas quem chegou a ver a caixinha onde vem a mídia do Office 2007, sabe que a MS, pelo menos na confexão de caixinhas de CD, é a melhor do mercado. Meu, nunca vi uma embalagem mais bonita, mas achei ela muito difícil de abrir. Deveria haver um manual sobre como abrir a maldita caixa. Quase que jogo a mídia fora para instalar a caixinha no PC. Essa Microsoft vende as melhores caixinhas de CD do mercado. Se parasse de vender software, e passasse a vender caixinhas, eu me tornaria fã nº1 dela. Vestia a camisa e tudo. hauahau
Então a MS começa a perceber que as coisas estão mudando. Se sim, qual será a próxima campanha da empresa, depois de “Get The Flatos?” Algo como: “A Microsoft, sempre preocupada com seu consumidor, parte para um novo e desafiador mercado. Microsoft: inovação sempre”. hauahua
Brincadeiras à parte, o Thom Yorke está tornando o Radiohead pop demais. Eles já revolucionaram o cenário musical uma vez, com o OK Computer, mas pela qualidade da música, e agora pela forma de distribuição de seu trabalho. Temo que no futuro o o Radiohead seja conhecida somente como “aquela bandinha do vocalista com a cara do Smeagle – parte emo do Gollum :-) – e que fica inventando sempre mais uma porcaria para vender mais”.
Sou fã da banda, mas ainda vou esperar um tempo para adquirir o In Rainbows, pelo menos até sair tanto da mídia.
Apoiando a idéia, e já reforçando o que comentei uma vez no efetividade.net, as pessoas tem o costume de confundir o valor do produto com a mídia por onde ele é transportado. É assim já há anos. Começou com os livros. As pessoas ainda confundem o conteúdo, a informação do livro com a sua mídia, ou seja, as páginas.
No caso dos softwares, música, vídeos, jogos, etc. Como surgiram atrelados à mídias físicas (os tempos do vinil…), é complicado conceber a idéia da existência destas formas de arte sem necessitar de um meio físico estático. E este meio é, em boa parte, responsável pelo controle que aqueles que produzem têm sobre os que utilizam. Quebrar este paradigma – diga palavras complicadas para parecer mais intelectual ;-) – é inconcebível para a maioria, principalmente dos produtores.
E o Radiohead provou que esta mudança ocorrerá um dia; que já está ocorrendo. Ou adapta-se, ou morre.
“Meu precioso…”
“Cesar Brod – David Byrne, RadioHead, Música e, afinal, qual é a da Microsoft?”…..
…e também a do Cesar Brod, qual é ?
A M$ é conhecida sim por sua(s) famosa(s) tática(s) de aniquilar concorrentes, tática(s) difundida(s) durante os anos de sua existência.
Agora da noite para o dia vamos acreditar em palavras como ….”Vencemos gente. Acabou, o inimigo não existe mais.”
Vai levar um certo tempo até a M$ conseguir a credibilidade da comunidade…afinal você colhe o que você planta.
PopolonY2k
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