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Associação brasileira desiste de perseguir usuários de P2P

Associação que diz defender direito autoral declara que só pretende denunciar quem lucra com o comércio de produtos piratas.

O presidente da Associação Brasileira de Direito Autoral, José Carlos Costa Netto, disse em audiência, em Brasília, que não faz sentido estúdios e gravadoras abrirem processos contra quem baixa MP3 e vídeos na web, como ocorre com freqüência nos Estados Unidos, por exemplo.

Netto defendeu vigilância e repressão contra os grupos que produzem e distribuem em massa mídias de áudio e vídeo desrespeitando o copyright de editoras, estúdios e autores individuais. Netto defendeu a adoção de campanhas educativas para tentar diminuir o consumo via P2P de arquivos protegidos. (via info.abril.com.br)

Saiba mais (info.abril.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-10-23

Comentários dos leitores

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    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 9:08 am

    Campanha educativa também nunca funcionou. Até agora não apareceu nenhuma forma eficaz de combater a pirataria via redes p2p e a tendência é ficar cada vez mais difícil, já que o número de usuários de banda larga no país cresce a cada ano, a venda de pendrives e dispositivos bluetooth também e o uso de Wi-fi tá popularizando, ou eles descobrem uma forma totalmente nova ou então mudam completamente o seu negócio. E isso é mundial!

    Aqui no Brasil é interessante que as gravadoras cada vez mais se concentram em promover os “medalhões” enquanto as bandas menores vão ficando por conta dos meios alternativos.

    dk (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 9:34 am

    Nada mais justo =)

    Igual as drogas? Só quem produz/vende é penalizado e para o usuário que consome não acontece nada? Prende um traficante e aparece outro … no caso da pirataria, vai prender um distribuidor e vai aparecer outro.

    Campanhas educativas ajudam, mas não resolvem. Deveria sim se focar num primeiro momento em quem lucra com a pirataria e depois, em algum momento, também vir atrás de quem consome produtos piratas.

    Só existe quem distribui porque existe quem consome, tanto drogas como pirataria.

    LION (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 10:10 am

    A verdade é que quando há CDs a R$ 10,00 eu sempre compro e baixando músicas descobri bandas e CDs que fiquei com vontade de comprar… É tudo uma questão de bom senso e não abusar do consumidor…

    Bullshico (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 10:27 am

    “Igual as drogas?”

    Nope, um pouco diferente. Usuários de drogas financiam o tráfico; usuários de P2P não financia quem lucra comercialmente com pirataria…

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 11:06 am

    É lindo. O Brasil tem uma péssima distribuição de renda, mas não importa. Vamos perseguir a pirataria! O sistema de saúde pública (SUS) é catastrófico, mas não importa. Vamos gastar milhões perseguindo a pirataria! A Caixa Econômica Federal me cobra R$1,30 por cada saque que faço em caixa eletrônico (ou R$2,00 na boca do caixa), mas não importa. Vamos criar ONGs para perseguir a pirataria.

    Criancinhas passando fome, corrupção dos crápulas que são eleitos em Brasília, guerrilha urbana no Rio de Janeiro, polícia mal-preparada ocasionando a morte da Eloá em Santo André, nada disso realmente importa. O que importa é que vamos gastar milhões de reais combatendo a pirataria.

    O Brasil é o país do futuro. MEEEEEEEEEEEEEESMO!

    Carlos Taconi (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 11:30 am

    Concordo com o Lucas Timm, aqui no brasil nada é sério, esses caras ficam preocupados com a pirataria e esquecem os problemas sociais que são criados por uma má educação.

    Cleyton (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 12:22 pm

    Concordo com o Lion. Ultimamente venho comprando CD´s a R$ 10,00 de artistas que eu curto. Por outro lado, conheci bandas novas e aprendi a gostar pelas músicas que baixei pela net. Eu uso a net para escolher quais os CDs que eu vou comprar.

    André (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 12:53 pm

    Parabéns, foi uma declaração inteligente.

    Fellype (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 1:16 pm

    A pirataria só prejudica os artistas quando estes vivem da venda de discos, que não é o caso da maioria deles, pois vivem de shows e a pirataria e o compartilhamento por p2p acabam por ampliar a divulgação do seu trabalho. Se querem ajudar os artistas, é só assistir aos seus shows.
    A relação preço vs renda ainda vai “incentivar” muito a pirataria, causando prejuízos às gravadoras. Vale lembrar que as gravadoras, apesar de, em alguns casos, explorarem alguns artistas, geram emprego e renda. Sendo assim, merecem algum apoio no combate à pirataria.

    Claudimir (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 1:39 pm

    VÍCIOS DO SÉCULO XX

    Serei a favor e depois contra essa disputa. Vamos lá:
    (1) Esse negócio de ficar argumento que, porque existem crianças passando fome, não vamos combater a pirataria, para mim, é furada. Uma sociedade não pode esperar que o primeiro problema seja resolvido para, só então, fazer a lei ser cumprida. Como o colega colocou, deve-se também combater a corrupção, mas se existir também uma lei contra a pirataria, ela deve ser cumprida.
    (2) O problema é se a tal lei deveria existir. Essa experiência de ter o som gravado e comercializado por grandes empresas, gerando alguns milionários, é coisa exclusiva do século XX. As pessoas se comportam como se gravar o som e se beneficiar financeiramente disso de forma exorbitante fosse natural; como se fosse o décimo primeiro mandamento. Vocês já pararam para pensar sobre como era a experiência musical do homem comum nos séculos passados? Por outro lado, se o século XX foi diferente dos demais, por que o XI tem que copiá-lo? Aliás, já que alguém citou, a visão atual das drogas é coisa também do século XX.
    É a hipocrisia do ser humano criando a indústria do crime.

    Paulo Brito (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 2:08 pm

    Claudimir, seu item 2 é exatamente o que todos deveriam colocar na cabeça. Esse negócio de querer espalhar alguma coisa controlando os atos de todos (direito autoral) é que é furada. Dá o gostinho e depois tira? É desumano. Ou melhor, é o pior do humano. É isso que vem freando o desenvolvimento da humanidade.

    Antigamente as pessoas faziam música por prazer e queriam mostrar, né… Antigamente, láááá atrás!

    Arte deveria ser uma espécie de “inegociável”, como a liberdade.

    tadeu (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 3:02 pm

    Lucas Timm escreveu:

    É lindo. O Brasil tem uma péssima distribuição de renda, mas não importa. Vamos perseguir a pirataria! O sistema de saúde pública (SUS) é catastrófico, mas não importa. Vamos gastar milhões perseguindo a pirataria! A Caixa Econômica Federal me cobra R$1,30 por cada saque que faço em caixa eletrônico (ou R$2,00 na boca do caixa), mas não importa. Vamos criar ONGs para perseguir a pirataria.

    Criancinhas passando fome, corrupção dos crápulas que são eleitos em Brasília, guerrilha urbana no Rio de Janeiro, polícia mal-preparada ocasionando a morte da Eloá em Santo André, nada disso realmente importa. O que importa é que vamos gastar milhões de reais combatendo a pirataria.

    O Brasil é o país do futuro. MEEEEEEEEEEEEEESMO!

    Lucas, apesar de suas boas intenções, você pisou feio na bola: todos os problemas que vc. citou devem ser resolvidos pelos Governos Federal, Estadual e/ou Municipal, mas quem está atrás da pirataria é uma entidade PRIVADA, criada pelos artistas/compositores para defender seuss direitos autorais.

    Em outras palavras: ela não tem nada com isso que você escreveu!!

    Marco (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 7:44 pm

    Nessa troca de arquivos p2p, eu pelo menos não lucro nada, outro dia li numa entreevista do vocalista do Oasis, Lian Gallager, que ele não está nem um pouco preocupado com a pirataria dos seus cds, que só o que ele ganha nos shows que faz dá pra ele comprar muito “peixe”(uma piadinha que ele fez).
    Apesar de sua costumeira arrogância inglesa, o vocalista de umas das maiores bandas de rock falou uma verdade, as vezes o artista só se preocupa em produzir um disco no estúdio cheio de firulas e ao vivo é uma droga, aí tem que se preocupar com a pirataria pq ninguém vai assisti-lo ao vivo.

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 23/10/2008 às 8:57 pm

    Eu discordo, mas cada um é cada um…

    LKRaider (usuário não registrado) em 24/10/2008 às 2:41 am

    A forma de produção de bens culturais está sofrendo uma revolução, desde a cultura de software livre até a criação sob o que é chamado de “commons based peer production” (Benkler, Yochai), onde “commons” pode ser entendido por “propriedade compartilhada por uma comunidade” (http://www.ime.usp.br/~is/Benkler/cbpp.html).

    E a produção musical está no meio disso tudo, que, creio, vai ser uma questão importante de ser discutida pela sociedade, sobres os benefícios e problemas envolvidos nessa forma de produção e consumo dos bens de uso público por alguns anos.

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