Linux como modelo de gestão empresarial

Notícia publicada por brain em setembro 30, 2004 12:09 PM | TrackBack

marcon (elmarcon arroba ig ponto com ponto br) enviou este link da revista Carta Capital e acrescentou trechos de um texto que analisa o que o modelo de desenvolvimento do kernel do Linux e do sistema operacional Gnu podem contribuir para a administração de organizações: "Thomaz wood jr. escreve uma coluna sobre gestão e aministração empresarial na revista 'Carta Capital', que já escreveu artigos favoráveis ao Linux. Eu não consegui o link direto para a página da coluna, mas selecionei trechos. 'O modus operandi da comunidade criada pelo finlandês Linus Torvalds traz lições para a prática gerencial. Em termos de organização do trabalho, a comunidade Linux é um caso extremo, um empreendimento coletivo voluntário que, segundo estimativas, reúne cerca de 40 mil experts. Sua origem é comumente associada a idéias nascidas nos anos 80, quando Richard Stallman, um pesquisador do MIT, insurgiu-se contra o big business e criou a Free Software Foundation. Seu objetivo era liberar os entraves à utilização, modificação e distribuição de softwares: uma idéia polêmica, com impactos profundos sobre a carteira dos donos dos bits e bytes . Porém, coube ao jovem finlandês, no início dos anos 90, materializar o sonho. Hoje, o sistema operacional Linux ocupa cerca de 14% do mercado em seu nicho e cresce com vigor. Para os evangelistas da causa, representa um modo diferente de fazer negócios, voltado para o bem comum. No trabalho apresentado em um congresso científico recente, em Montreal, o francês Michel Ferrary e Pascal Vida discutiu os bastidores da comunidade Linux. Seu trabalho revela uma organização aberta, descentralizada e modular, comandada por um “déspota benevolente” (o próprio Linus). Os analistas e programadores trabalham de forma voluntária e contínua na melhoria do sistema. A qualquer momento, pode-se dar uma idéia ou sugestão. Todas as propostas de melhorias passam pelo crivo da comunidade. A hierarquia foi substituída por um sistema meritocrático, moldado por uma cultura organizacional forte, com valores claros e um sentido comum. Será a comunidade Linux tão diferente do resto do mundo corporativo? Certamente, não. Muitas de suas características estão presentes em outras organizações. Mas a mistura é única e indiscutivelmente bem-sucedida. Há bons motivos para ficar atento e aprender.'"

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