Notícia publicada por brain em agosto 31, 2004 10:58 AM
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Antônio Carlos Vasques da Silva (acvsilva@terra.com.br) enviou a dica sobre esta tese construída a partir de uma pequena amostra: "Na caderno 'Informática Etc' do Jornal O Globo desta segunda saiu artigo do colunsta André Machado falando sobre a tese de mestrado de Maurício Pires Augusto - Instituto Coppead - abordando o perfil dos usuários de linux. O trabalho foi realizado mediante o envio de questionários via Internet e após tratá-los estatisticamente concluiu que a comunidade divide-se em engajados, estudiosos e profissionais. Os engajados 'ou hobbistas' representam 50% do total (diga-se, do total que respondeu o questionário), possuindo motivação social (ex.: ajudar terceiros) ou psicológica (ex.: pertencer a uma comunidade); os estudiosos visam aumentar seus conhecimentos 'aprendendo sobre sistemas profissionais e/ou programas de código aberto; já os profissionais - pretendem diferenciar-se e com isso aumentar suas chances de emprego e 'melhorar sua reputação'. Bem, uma crítica que faço é quanto ao método escolhido para coleta de dados: 102 questionários respondidos pela internet não representam necessariamente o universo Linux do Brasil e aí pode pecar pela falta de credibilidade nos resultados. Mas pelo menos mostra que entre os que responderam ao 'documento eletrônico' havia a preocupação social com os que não possuem nenhum tipo de conhecimento na área de informática e sobre o mercado de trabalho para quem sabe usar o linux."
102 questionários e via Internet?
Desculpe mas isso não vale praticamente nada. Não dá pra tirar conclusão alguma com tão poucos e nada confiáveis dados.
Já que ele estuda na COPPEAD, ele poderia ter se informado um pouco melhor e conseguido muito mais dados visto que logo do lado, na COPPE, tem vários laboratórios que usam GNU/Linux, como o meu por exemplo.
Em algum lugar tem o texto da dissertação? Na matéria não tem link nenhum.
Eu não li a dissertação, por isso não posso falar muita coisa. Como se trata de uma tese de mestrado, imagino que o questionário era daqueles bem detalhados. Não deve ser fácil conseguir reunir um número expressivo de respostas.
Pois é, sera que ele foi nos Telecentros em SP???
São apenas milhares de pessoas que usam o Linux
Onde eu consigo uma cópia do questinário?
Só uma correção: a monografia redigida num mestrado se chama 'dissertação'. 'Tese' é a monografia escrita num curso de doutorado.
Hehehe... isso sim é enrolar um mestrado.
Tudo bem, todos amam o Linux, mas fazer uma pesquisa com 100 pessoas, e dizer que isso é uma dissertação de mestrado é forçar a barra.
(Não alimente os trolls)
Apesar da amostra ser um tanto quanto "homeopatica" a ideia e muito boa. Sugiro uma enquete mais precisa sobre o perfil do Linuxer Brasileiro nos moldes daquela pesquisa de hardware que fizemos ha algum tempo - o meu Drive MO Fujitsu ta la representado ate hoje :-)
Alguém tem alguma idéia de como fazer uma amostragem adequada de usuários GNU/Linux?
Somente alguns comentários sobre minha dissertação:
Eu tentei ser o mais criterioso possível na escolha do público alvo da pesquisa. Concordo que uma amostra de 100 pessoas dentro de um universo grande é bastante instável e os resultados não podem ser generalizados. Mas, aonde buscar de forma automatizada os membros da comunidade no Brasil? No Linux Counter temos 9760 brasileiros cadastrados, mas meu sentimento é de que esse número seja dezenas de vezes maior.
Eu busquei os contatos nas seguintes listas de distribuição:
- Conectiva (segurança)
- Debian.br
- OpenOffice.org.br
- Kurumin
O questionário ficou on-line no site: http://members.lycos.co.uk/softlivre
O texto da dissertação está em http://www.coppead.ufrj.br/institucional/pesquisa/dissertacoes/pdf/mauricio_augusto.pdf
Mais uma vez afirmo que os resultados não podem ser generalizados, mas foram semelhantes aos obtidos em uma pesquisa de um doutorando do MIT. Estes resultados podem ser vistos em http://www.bcg.com/opensource/BCGHackerSurveyOSCON24July02v073.pdf
Se quiserem entrar em contato, sintam-se à vontade.
A questão da amostragem é sempre um pouco confusa, não obstante, vale lembrar que se faz projeções de eleições de populações de 100, 150 milhões de eleitores com amostras de mil ou duas mil pessoas.
Não acho que a amostra pequena invalide o método.
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