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Mitos do software livre

Notícia publicada por brain em julho 27, 2004 12:13 AM | TrackBack


Eu (eu@voce.com) mandou a dica de um artigo ao mesmo tempo crítico e interessante: "Artigo interessante, retirado do Slashdot, que comenta alguns mitos geralmente atribuídos ao Software Livre (o título original cita "open source", ou código aberto, mas pode ser aplicado a "Software Livre" também). Não é um artigo anti-software livre, embora critique alguns dos aspectos dessa comunidade. Veja também os comentários no Slashdot."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Alan Kelon () em 27/07 03:20

Olá,

O cara fez um resumo interessante e todas as suas afirmações são pertinentes, embora não concorde com todas.

# Criticism is a valid way of participating in the process; we don't all have time to "fix it ourselves".

Usuário final não sabe programar. Ele tem razão.

# Tinkering with the code is something that hardly anyone actually does, except for the core developers.

Usuário final não sabe programar. E, quem sabe programar, realmente não vai querer ficar consertando os bugs por si só. Ele tem razão.

# Saying that all software should be free ignores the hidden price - including your own ability to make a living from writing software.

Bom, aqui discordo pelo fato de dar para sobreviver de software livre. Sempre vão argumentar: "quem paga a conta?". Mas uma coisa é verdade: dá para viver de software livre, há muitos exemplos.
A questão é que é muito difícil uma empresa pequena liberar o seu código, pois ela tem medo de perder os poucos clientes que possui para a concorrência devido todo seu trabalho estar disponível, podendo ser copiado e inclusive ser vendido pela empresa vizinha.

# Closed source software can be just as good, sometimes even better, than Open Source.

É verdade. Sejamos sinceros, é só comparar o Office e o Open Office.
"Mas você não usa todas as funcionalidades do office". Nem usar office ou open office eu uso, mas já olhei e vi que o office é muito mais rápido que o open office.
Não importa se o Windows carrega trilhões de bibliotecas na inicialização, o que importa é que o usuário fica feliz quando clica no ícone e o office abre em 2 segundos. Isso é o que importa.

# Having a lot of programmers "scratching their personal itch" just ensures that a lot of programmer tools get written.

Não necessariamente. GNOME e KDE são contra-exemplos. Há muita coisa, muita mesma, que não é feita para desenvolvedor; embora seja dada muita atenção/valor ao que é feito para os desenvolvedores, como bibliotecas e ferramentas de programação


# Sometimes restricting the choices might not be a bad idea.

"Qual desktop eu uso? GNOME? KDE? Window Maker? XFCE4? FluxBox? BlackBox? IceWM? Blanes2000?"
Para isso existem as distribuições que possuem seus desktop padrões e faciliam bastante a vida dos usuários. Problema é escolher qual distribuição...
Direcionar usuário é sempre bom. Um pássaro na mão (1 alternativa) é melhor que dois voando (1233434 alternativas ao usuário). Ruim é direcionar na base do "achismo".


» Ricardo Rabelo Mota () em 27/07 08:08

Com relação ao open office, não penso como o nosso amigo Alan. Para mim, pelo menos, o que interessa não é que o programa abra em dois segundos, mas que seja estável o suficiente para não "travar" durante a digitação de um texto importante. Perder um texto por travamento do SO ou do office é o fim da picada. O tempo que se ganha na abertura do office, vai todo por água abaixo quando acontece isso. O que, no meu caso, já aconteceu várias vezes com o office da M$...


» Patola () em 27/07 08:21

Ricardo, o Openoffice.org é ótimo, mas também trava.
Já travou comigo tanto no GNU/Linux quanto no Windows que vez por outra sou obrigado a usar no trabalho.


» Zyk () em 27/07 09:06

Achei o artigo interessante, fez me pensar mais friamente sobre o assunto, embora muito das suas afirmações mereçam umas vírgulas, na minha humilde opinião.

Eu uso Linux em casa e Windows XP (desktop) e Linux (notebook) no trabalho. XP tem MSOffice e confesso que nunca travou comigo e é visivelmente mais rápido que openoffice, que aliás já deu pau (não é exatamente travada) algumas vezes.


» André Simões () em 27/07 09:27

Eu troquei o office pelo openoffice nos computadores de três amigos que não entendem nada de computadores, um estuda administração e os outros dois publicidade. Eles estão usando o openoffice para desenvolver os trabalhos da faculdade e a única reclamação é que é mais "pesado", como ele dizem.

É claro que supre a maioria das nacessidades mas a performace não é melhor que a do office, mesmo quando executado no Linux.

E também já travaou mais de duas vezes comigo, mesmo no Linux.


» Leidson (PopolonY2k) () em 27/07 09:44

Srs,

Quanto a questão OpenOffice.org, com certeza é um excelente office, DÁ SIM para fazer TUDO que o Office faz (sem as frescuras de ícones animados), e realmente ainda é mais lento que o MSOffice, mas temos que colocar para funcionar nossa memória e lembrar do OpenOffice na época em que era StarOffice e era estupidamente lento.
Atualmente o OpenOffice melhorou muito e creio que a equipe de desenvolvimento está trabalhando cada vez mais na questão da performance, vamos aguardar as próximas versões.
Um fato a ser levado em consideração é que a M$ é dona so SO Windows e todos sabemos que o Office é cheio de chamadas a API's não documentadas do Windows (mantidas em segredo pela M$ para que suas aplicações tenham mais performance que a dos concorrentes - uma das desvantagens de um modelo closed-source)
Outra questão a ser lembrda é o Mozzila/FireFox, hoje considerados os melhores browsers do Planeta fácil de usar, rápido, seguro e estável. lguém usou o Mozilla em 1998 ou 1999 ?????? Era estupidamente lento e instavel, e o que me diz deles agora ??????? Simplesmente os melhores do mundo.
Amigos, software de qualidade se faz com o tempo, não se esqueçam que a M$ para tirar o atraso para não perder o "bonde Internet", liberou versões e mais versões, "cheias das frescuras e fora do padrão W3C", de seu browser o IE e olha o que temos hoje, um browser com problemas críticos de seguraça e que não são corrigidos a mais de 9 meses.
a pricipal arma do closed-source é o suporte, que "deveria" ser mais confiável pois é prestado por uma empresa sólida, nesse caso do IE vemos que é tudo papo furado de marqueteiro pra vender produtos e serviços.

Leidson Campos
PopolonY2k
PlanetaMessenger.org


» Augusto Campos () em 27/07 10:03

Eu acho que a comparação entre OpenOffice e MS Office foge do tema do assunto, vocês não acham? Foi apenas um exemplo, pode ter sido um mau exemplo, mas que tal voltar ao tema? Se ficarmos debatendo isto, será aperda de uma oportunidade para discutir os argumentos do autor original, que tem muitos pontos que merecem o debate...


» Leidson (PopolonY2k) () em 27/07 10:29

Augusto,

Concordo com vc, mas o texto original do autor ele usou comparativos de softwares open-source e closed-source, e no meu ultimo post procurei seguir uma linha próxima a do autor, inclusive onde tentei expor um ponto de vista das supostas vantagens (que não são tão vantajosas assim) do modelo closed-source.
Salientando que eu concordo com vários pontos levantados pelo autor do post.

OBS: Desculpe pelas letras que estão faltando no meu post anterior, mas eu estava com minha filha no colo que tentava digitar junto comigo.

Abraços,

Leidson Campos
PopolonY2k
PlanetaMessenger.org


» Joerlei P. Lima () em 27/07 12:53

O artigo é bem interessante, mostra pontos válidos. Você poder escolher entre dezenas de interfaces de usuários, dois ambientes desktops (kde/gnome), dezenas de navegadores web, etc, várias formas de se instalar aplicativos, inclusive via código fonte, pode até ser interessante para nerds/hackers/desenvolvedores/usuários avançados, mas, com certeza, é um fator negativo para a grande maioria das pessoas aí fora. E dizer que não há software proprietário de qualidade ou que o modelo proprietário não presta, é, no mínimo, ser injusto com uma infinidade de softwares proprietários de excelente qualidade que há mundo afora.
O Mac OS X, por exemplo, é, na minha opinião, uma "quase obra-prima" da engenharia de software, tal o seu nível de qualidade e facilidade de uso.


» Joao Emanuel () em 27/07 18:08

Querendo ou não temos que reconhecer que a maioria dos aplicativos do Windows são sim superiores ao do código aberto já visto que a Microsoft só trabalha em modo gráfico, por isso os seus softwares tem uma melhor qualidade gráfica e maior facilidade de uso. Porém em qualidade técnica o código aberto está superando, por exemplo, quando você cria um documento no formato doc fica muito maior do que se fosse criado em rtf ou sxw. E também porque o mundo do software livre pensa mais no modo texto do que no modo gráfico, por isso os programas de modo gráficos são tão pobres e tão complicados de se mexer.


» Leidson (PopolonY2k) () em 27/07 19:01

João Emanuel disse,
"E também porque o mundo do software livre pensa mais no modo texto do que no modo gráfico, por isso os programas de modo gráficos são tão pobres e tão complicados de se mexer."

Em partes vc está certo João, se colocarmos como exemplo o Mozilla/FireFox versus IE, essa afirmação se torna falsa, uma vez que, não só tecnicamente, mas visualmente o IE é inferior ao Mozilla/FireFox.

No caso de outros softwares, muitos deles o usuário apenas tem que se adaptar aos novos menus e ícones, que muitas vezes só mudam de lugar, cito mais uma vez o OpenOffice (desculpe Augusto), que tem todas as opções do MSOffice, mas algumas vezes com nomes diferentes no menu e/ou ícones diferentes.

Abraços,

Leidson Campos,
PopolonY2k
PlanetaMessenger.org


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 27/07 20:00

Joerlei, interessante você falar do Mac OS X. Lembre-se que ele é um software 'misto', parte livre e parte proprietário. O kernel (Darwin, baseado no do FreeBSD) e muitas ferramentas do sistema são software livre.


» Cadu () em 28/07 01:37

Sei que o SL também é bom para as empresas e que dá para viver com SL, mas a idéia central do SL não é satisfazer empresas que pretendem ganhar dinheiro com ele e nem ganhar da Microsoft em melhor aparência, funcionalidade, velocidade e número de usuários.
Normalmente um desenvolvedor de SL é um cara que quer alguma coisa para ele que ainda não existe, e então o faz. Meu pai comprou uma webcam prá minha irmã e, quando percebi que não funcionava no Linux, fiz um driver prá ela. Não fiz porque a empresa que vende a câmera agora pode dizer que ela funciona no Linux nem porque tem mais uns tantos que têm essa webcam e estão tristes porque não funciona no Linux. Fiz porque eu queria que funcionasse, e distribuí o código porque sei que posso ajudar outras pessoas dessa maneira. Isso é Software Livre.
Se os SLs que existem hoje não são bons o suficiente para a pessoa X ou para a empresa Y, o problema é DELES. Eles que a) peçam por uma melhoria e esperem ficar melhor; b) dêem algum dinheiro para os desenvolvedores para que eles melhorem mais rapidamente; ou c) melhorem eles mesmos...


» Alan Kelon () em 28/07 01:52

Bom, como o Leidson falou, os aplicativos da microsoft rodam mais rápido porque carregam suas bibliotecas na inicialização. Particularmente, acho isso bom pois o usuário tem a impressão que o sistema é mais rápido.

Se o GNU/Linux pretende ser utilizado por qualquer tipo de usuário, ele tem que aprender a satisfazer os gostos dos usuários. Para satisfazer usuário leigo é só fazer com que o sistema aparentar ser mais rápido e que tenha muita animação.

Um exemplo entre produtos de código livre? KDE vs GNOME. Uso apenas o GNOME 2.6 e é bastante funcional, simples e rápido, mas o KDE aparenta ser mais ágil. IMHO, o desempenho é praticamente o mesmo, mas o KDE leva uma ligeira vantagem. Por quê? o KDE parece levantar mais bibliotecas na inicialização e torna o desktop mais rápido. Experimente abrir o konsole e o gnome-terminal nos seus respectivos ambientes, e veja a diferença. "Ah, eles têm funcionalidades diferentes!", mas o efeito final, de ter um terminal, é o mesmo. Office e OpenOffice são diferentes, e o efeito final é o mesmo, apenas para fazer a analogia.

Além disso o KDE usa pequenos truques que enganam o usuário. São efeitos psicológicos. No KDE 3.2.2 (eu acho) que é instalado como padrão no Debian Sid, enquanto um programa está sendo aberto, fica um pequeno ícone pulando ao lado do cursor. O ritmo do cursor é frenético e "engana" o usuário, fazendo-o pensar que o sistema é rápido. Outra no KDE, quando se passa o mouse por cima dos ícones de atalho na barra inferior, os ícones pulam, aumentam de tamanho, e isso, mais uma vez, dá a impressão de agilidade.

Esses pequenos truques fazem com que o usuário fique pensando que o seu sistema é rápido. Sou a favor de inicializações mais lentas para que se carreguem mais bibliotecas e que resultem na execução mais rápida posterior, que uma inicializações mais rápidas e com maiores retardos para se iniciarem as aplicações. Antes 2 minutos a mais de espera no começo que 3 segundos a cada programa aberto.

Usuário final é "bicho besta" e se impressiona com coisas pequenas e cheias de enfeites ;)

Ah, sem flames e sem alimentar os trolls.


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