Notícia publicada por brain em julho 14, 2004 10:28 PM
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Antônio Carlos V. da Silva (acvsilva_AT_terra.com.br) enviou este link e acrescentou: "O Jornal O Dia dedica um suplemento falando que o crescimento do Linux no Brasil será de 11,33% e espera-se uma taxa anual de 9,62% até 2007, segundo dados da IDC Brasil a pedido da Oracle, empresa que 'desenvolveu a nova família 10g com foco nesse sistema aberto', além de manter 700 servidores nos EUA rodando Linux. Explica também que o Governo Federal dará preferência à aquisição de software livre, em detrimento do proprietário, mas não explica em que condições se dará a escolha... E falando novamento sobre o Freedows, explica que a Cobra reuniu-se com representantes do governo francês, em Paris, para apresentar o OS comercializado por ela – que está sendo traduzido para o português (europeu), inglês, francês, espanhol e ... mandarim. "
O mais estranho foi a afirmação de que o Freedows "comia" muita memória, gastando 490MB de RAM. Só pode ser interpretação errada do comando free (ou de outro programa que forneça as mesmas informações).
Precisamos mandar um email para o jornalista explicando o gerenciamento de memória do linux...
Li o caderno e embora fale da tendência de crescimento do GNU/linux, atacou o Freedows, com uma análise que deixou a desejar, pois não informou se o mesmo funciona em máquinas menos possantes,quais os serviços estavam rodando,etc,ou seja, analisou superficialmente e classificou como um grande comedor de memória.
Será que o uso de memória não estava alto por algum motivo de otimização?
Será que o sistema não usa memória de acordo com a disponibilidade, aumentando o uso ou diminuindo de acardo com a quantidade disponível?
Aco que o problema mercadológico do Freedows já foi comentado por aqui no anúncio de seu lançamento. Ele sempre será visto como um windows meia-boca e não como um linux com ótima compatibilidade com o windows.
Pois é, muito provavelmente ele não sabe que o linux faz caches gigantescos de disco com a memória disponível.
Se alguém também não sabe, leia o link: http://forums.gentoo.org/viewtopic.php?t=175419&highlight=free+memory
Uma análise bem mais inteligente do Freedows saiu na folha: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u16395.shtml Apesar de também ser um bocado superficial. Eu queria ver reviews de verdade.
Ele afirma que o uso do freedows em máquinas com menos de 512MB será um martírio, mas ele não disse que fez qualquer teste nesse sentido, então provavelmente toda a reportagem foi embasada no método de monitoramento de memória que ele conhecia, e que pelo visto estava errado, a não ser que o Freedows tenha memory leaks muito sérios, o que eu não acredito.
Cabe retratação...
Provavelmente a pessoa ao usar o comando free/top esqueceu de subtrair o cache. Todos nós sabemos que memória livre pro linux significa redireciona-la para cache e a medida que programas sao requisitados o cache diminui. Eu acho essa hipotese a mais provavel. O reporter queimou uma distro que nem bem apareceu ainda...
Concordo com o Manoel Pinho. Para uma pessoa que assina a reportagem como sendo analista de sistemas, o conhecimento dele parece ser muiiiiito restrito.
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