Notícia publicada por brain em junho 21, 2004 01:14 PM
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Rodrigo Romano (rodrigo@culturabh.com.br) enviou este link e acrescentou: "Não precisa dizer mais nada ... Trecho da primeira edição: 'Ideologicamente, debates como soberania nacional e liberdade estão associados ao uso do software livre. Como questão inerente à causa software livre, conta-se com a possibilidade de aprender mais, lendo o código fonte, modificando-o, ou ainda, pedindo suporte à comunidade de usuários e programadores através de listas de discussão. Com as interfaces que existem hoje, é vantajoso ao usuário comum utilizar a plataforma Linux.'"
Seria interessante a Info Exame tivesse a mesma ideia .Mas isso seria pedir demais.
pode ser que agora vindo do idg now, eles tenham mais coerencia nos seus artigos quando for dizer a respeito do softwre livre pois já li muita informaçao tendenciosa no idg now
Ele diz um verdade verdadeira ( :) ) :
"mostrar às pessoas que o importante não é saber usar o Microsoft Word, e sim, a aplicação editor de textos."
Apesar de relegar a questão da soberania nacional para o plano ideológico, e portanto, irrelevante, como costumam a fazer muitos desenvolvedores de software livre--"o negócio é falar menos e codar mais", também concordo--dois erros estão sendo cometidos.
1) O primeiro erro é de denominação. "Soberania", tecnológica ou nacional, não é a o melhor nome para a coisa.
2) E porque o nome é equivocado, o assunto é desprezado.
A pergunta que tem de ser feita é: por que o Brasil é um país de terceiro mundo? E a melhor resposta é a mais simples possível: porque é um país pobre. E qual é a melhor definição de pobre? Pobre é aquele que não consegue ganhar mais do que gasta, por isso não acumula capital. Está sempre na dependência do seu próprio trabalho, não importa se ganha 100 reais por mês ou se ganha 1 trilhão. Se não sobra nada no fim do mês é pobre.
A definição de rico é obviamente o oposto: aquele que ganha mais do que consegue gastar. E é exatamente esta a melhor definição de país de primeiro mundo. E como conseguem essa proeza? A fórmula é ridícula: produz-se um excedente interno de produtos básicos, e vende-se o excedente. Conseguir vender o excedente significa enriquecer, já que todo mundo já consumiu o que precisava para viver. A venda do excedente vai pro cofre. Qual é o próximo passo? Investir a lucro do excedente em produtos de valor agregado. Em outras palavras, produtos cujo markup (porcentagem que se acrescenta ao custo do produto com vistas ao lucro) seja grande. Dê um exemplo de produto de alto valor agregado? Produtos derivados da tecnologia.
A fórmula é simples, tão simples, que muita gente tem dificuldade de acreditar que seja essa. Mas analisando a história econômica de todos os países de primeiro mundo, a regra é rigorosamente a exposta aí em cima.
O que os "ideólogos" querem dizer com software livre em conexão com soberania nacional, ou tecnológica? Querem dizer que o Brasil está considerando o uso do software livre para se preparar para a segunda etapa da enésima, elevada a pi ao quadrado, tentativa do Brasil de se tornar país de primeiro mundo. Ou seja, pretendem usar a "expertise" nacional gerada em torno do software livre para criar produtos de alto valor agregado no que tange a software. Essa idéia não é original. A China e a UE também estão falando a mesma coisa. Os EUA estão atentos e não é à toa que já fortificaram suas duas distros nacionais, SuSE e RH para correr cabeça-a-cabeça com quem quer que resolva pôr tal plano em prática.
Seria um sonho se pudéssemos ficar ricos, mas a idéia é pelo menos se livrar de ser um país que rala o ano inteiro e fica na mesma do ano anterior, cheio de dívidas, interna e externa, com produtos pífios de baixo valor agregado, que nos forçam a trabalhar muito para conseguir o que os ricos conseguem com muito menos esforço.
Da próxima vez que ouvir o discurso "ideológico" da soberania, diga ao seu interlocutor que em primeiro lugar não se trata de ideologia, é pragmatismo, e mude o nome pra qualquer outra coisa. Nos EUA eles costumavam chamar isso de "progresso". "O que estamos fazendo é em nome do progresso". Progresso=nossos esforços de ficar independentes do trabalho de subsistência.
Minhas duas patacas.
>> Os EUA estão atentos e não é à toa que já
>> fortificaram suas duas distros nacionais, SuSE e
>> RH para correr cabeça-a-cabeça com quem quer que
>> resolva pôr tal plano em prática.
SuSE nã é do EUA é?
E nós temos a Conectiva!
Acho que temos também que
nos preocupar com a questão da administração do
país, como podemos controlar nossas informações
, sejam elas sigilosas ou não, na administração
da nação, com software proprietário feito no
esterior?
Temos a capacidade de produzir isto aqui mesmo,
temos ótimos programadores.
No flames pliz!
s/esterior/exterior
PS.: Bem que poderia ter uma opção de editar o post!
Bom, legal que tenha alguem lá.
A Suse pertence à Novell e a Novell é americana.
>>A definição de rico é obviamente o oposto: aquele que ganha mais do que consegue gastar. E é exatamente esta a melhor definição de país de primeiro mundo. E como conseguem essa proeza? A fórmula é ridícula: produz-se um excedente interno de produtos básicos, e vende-se o excedente. Conseguir vender o excedente significa enriquecer, já que todo mundo já consumiu o que precisava para viver. A venda do excedente vai pro cofre. Qual é o próximo passo? Investir a lucro do excedente em produtos de valor agregado. Em outras palavras, produtos cujo markup (porcentagem que se acrescenta ao custo do produto com vistas ao lucro) seja grande. Dê um exemplo de produto de alto valor agregado? Produtos derivados da tecnologia.
O Brasil ganha muito mais grana do que gasta, basta ver o saldo da balanca comercial que cresce ano apos ano, e alem disso o Brasil tem um dos maiores PIBs do mundo.Entao por que o Brasil e um pais Subdesenvolvido? Por causa da concentrasao de renda> No ultimo ano, por exemplo, apenas 250 empresas foram responsaveis por mais de 70% das exportacoes do pais. De nada adianta reinvestir essa grana para almentar as exportacoes de produtos de alto valor agregado se essa riquesa proveniente das exportacoes nao forem divididas, o Brasil continuaria a ser um pais subdesenvolvido.
>>O que os "ideólogos" querem dizer com software livre em conexão com soberania nacional, ou tecnológica? Querem dizer que o Brasil está considerando o uso do software livre para se preparar para a segunda etapa da enésima, elevada a pi ao quadrado, tentativa do Brasil de se tornar país de primeiro mundo. Ou seja, pretendem usar a "expertise" nacional gerada em torno do software livre para criar produtos de alto valor agregado no que tange a software. Essa idéia não é original. A China e a UE também estão falando a mesma coisa. Os EUA estão atentos e não é à toa que já fortificaram suas duas distros nacionais, SuSE e RH para correr cabeça-a-cabeça com quem quer que resolva pôr tal plano em prática.
O sentido de soberania é liberdade, devemos ter liberdade para tomarmos nossas decisoes, sem depender de multinacionais estrangeiras. Nesse sentido o software livre se encaixa perfeitamente.
A ideologia do software livre prega acima de tudo a liberdade, liberdade de distribuir, liberdade de modificar, liberdade de vender.
> O Brasil ganha muito mais grana do que gasta, basta ver o saldo da balanca comercial que cresce
> ano apos ano, e alem disso o Brasil tem um dos maiores PIBs do mundo.
Mas tem dívidas e exporta muito do que ganha em, juros, lucros e royalties para o exterior. Esse dinheiro não entra na balança comercial.
> Entao por que o Brasil e um pais Subdesenvolvido? Por causa da concentrasao de
> renda
Isso é uma falácia usada para desviar nossa atenção do problema real. Por preguiça de procurar na Internet e confirmar essa informação, não tenho dados aqui, mas nos EUA a concentração de renda é quase tão grande quanto no Brasil, ou quase na mesma ordem de grandeza, ou seja, se você dividir a renda do mais rico pela renda do mais pobre, você terá um número que não deixaria o Brasil com tanta vergonha assim. Os EUA são decididamente mais ricos que o Brasil, então concentração de renda não é parâmetro para medir riqueza.
Se o Brasil, composto por ricos e pobres, está ganhando dinheiro e não está conseguindo acumular capital, para onde está indo o dinheiro então? Ou estamos queimando dinheiro ou jogando no lixo, ou mais provável está indo embora na forma de juros das dívidas e royalties e lucros exportados. A balança de pagamentos correntes (exportação - importação) também não é parâmetro para medir a riqueza de um país.
> De nada adianta reinvestir essa grana para almentar as exportacoes de produtos de alto
> valor agregado se essa riquesa proveniente das exportacoes nao forem divididas, o Brasil
> continuaria a ser um pais subdesenvolvido.
A divisão do bolo entre todos tampouco garante riqueza. Cuba é um país comunista. Lá a riqueza é divida entre todos, mas é um país pobre. A concentração de riqueza dentro das fronteiras de um país produz ricos e pobres dentro daquele país, mas estamos considerando a riqueza do ponto de vista geral, somando a riqueza dos ricos e subtraindo a probreza dos pobres.
> O sentido de soberania é liberdade, devemos ter liberdade para tomarmos nossas decisoes, sem
> depender de multinacionais estrangeiras.
> Nesse sentido o software livre se encaixa perfeitamente.
> A ideologia do software livre prega acima de tudo a liberdade, liberdade de distribuir,
> liberdade de modificar, liberdade de vender.
Ponto pra você. A idéia é essa. O problema é que muitos dentro da comunidade rejeitam esse papo. Rejeitam porque não conseguem enxergar a outra ponta dessa idéia.
Para simplificar seria assim:
1) Usamos Software Livre
2) Ganhamos liberdade
3) Tomamos nossas próprias decisões
4) Ficamos independentes das multi <== o papo da soberania tecnológica é aqui
5) Deixamos de exportar grana
6) Investimos essa grana aqui
7) Criamos um mercado interno
8) Exportamos excedente de produtos de valor agregado
9) Profit! <== o difícil é enxergar do passo 5 até aqui
Olá a todos!
Me senti um pouco desconfortavel ao ler o comentário denominado: Por que "soberania nacional" é importante (escrito por um anônimo, pois ele não assina o comentário...). O cara levanta 2 erros, que supostamente ele acredita que o Tosatti cometeu e depois aproveita o espaço para fazer uma análise incoscistente e babaca.
Mas acho que isto já foi bem respondido mais abaixo com o comentário de Rodolfo Castanheira.
VOLTANDO AO FOCO!!!!
Parabéns Tosatti, parabéns IDGNOW, é ótimo poder ler sobre software livre vindo de quem vem.
Prá terminar:
O final da coluna do Tosatti:..."Com as interfaces que existem hoje, é vantajoso ao usuário comum utilizar a plataforma Linux. O que as pessoas precisam perceber é que não é vantajoso comprar um carro se não for possível abrir o capô."
Excelente analogia!
Sem querer entrar no mérito dos comentários acima, vai uma correção importante:
Os conceitos de "primeiro mundo" e "terceiro mundo" que eu, pessoalmente, acho que não mais se aplicam, não são *econômicos* mas *políticos*.
>O cara levanta 2 erros, que supostamente ele acredita que o Tosatti cometeu
Se você achar uma frase que eu tenha escrito e que explicitamente ligue os dois erros citados ao Tosatti eu te dou uma caixa de cerveja. Vou até quebrar o galho pra você. Copie a frase do meu texto que levou você a pensar isso e cole-a aqui:_______________________________________.
O Tosatti tem toda a razão em dizer o que disse e meu comentário não faz nenhuma censura a ele. Pelo contrário, expande o conceito que ele abordou de passagem. O erro quem de fato comete são membros da comunidade em geral: uns acham que software livre não tem nada a ver com ideologia. Outros acham que softwrae livre é pura ideologia e deve continuar assim. Esse embate entre ideólogos e não ideólogos fragmenta os esforços da comunidade. Na realidade, as duas coisas devem coexistir e complementar uma a outra. A ideologia dá nortes, mas se não for implementada, vira um blablablá sem fim. Por outro lado, a ação sem um senso de missão torna os esforços caóticos e sem continuidade.
> e depois aproveita o espaço para fazer uma análise incoscistente e babaca. Mas acho que isto
> já foi bem respondido mais abaixo com o comentário de Rodolfo Castanheira.
O Rodolfo Castanheira apenas repetiu o que os analistas econômicos de araque (patrocinados por interesses) vivem tentando enfiar na nossa cabeça. Vou fazer uma confissão pra você: eu também pensava assim, até que fui estudar a questão a fundo e vi que não é nada disso. Enquanto a gente ficar dando bola para retóricas vazias vamos ser eternamente um país-cliente. Olhe a sua volta. Fizemos tudo o que nos disseram e em 20 anos não saímos do lugar. Então tem algo errado. Eu não tenho todas as respostas nem sou dono da verdade, mas sei identificar quando algo não funciona.
>>O Rodolfo Castanheira apenas repetiu o que os analistas econômicos de araque (patrocinados por interesses) vivem tentando enfiar na nossa cabeça. Vou fazer uma confissão pra você: eu também pensava assim, até que fui estudar a questão a fundo e vi que não é nada disso.
Realmene voce esta presizando estudar um pouco mais, vamos analizar seus argumentos:
>>Isso é uma falácia usada para desviar nossa atenção do problema real. Por preguiça de procurar na Internet e confirmar essa informação, não tenho dados aqui, mas nos EUA a concentração de renda é quase tão grande quanto no Brasil
O indice Gini, e um indice que mede a concentrasao de renda dos paises.Ele varia de 0 a 1 , quanto mais proximo de 1 maior a concentracao de renda. O indice Gini dos EUA e de 0,4 e o do Brasil e de 0.6. A concentracao de renda no Brasil e nada menos do que 50% maior que a dos EUA. O Brasil é o 6 pais mais desigual do mundo.
>>Se o Brasil, composto por ricos e pobres, está ganhando dinheiro e não está conseguindo acumular capital, para onde está indo o dinheiro então? Ou estamos queimando dinheiro ou jogando no lixo, ou mais provável está indo embora na forma de juros das dívidas e royalties e lucros exportados. A balança de pagamentos correntes (exportação - importação) também não é parâmetro para medir a riqueza de um país.
O Balanco de Conta Corrente mede toda a grana que entra ou sai do pais, seja atraves de exportacoes, importacoes, remessas de multinacionais, investimentos externos, etc. No ultimo ano o Brasil teve um Superavit de Conta Corrente de 4 Bilhoes de Dolares. Ou seja, o Brasil ficou mais rico no ultimo ano. Mas o dinheiro ficou apenas nas maos dos ricos, e é correto afirmar que essa grana foi investida na producao para almentar as exportacoes, que por sinal vao bater outros recordes esse ano.
Mas e os pobres? e a classe media? Eles pouco ou nada se beneficiam das exportacoes, os grandes beneficiarios sao os ricos exportadores. O atual modelo de exportacoes nao é a solucao para o pais.
>>A divisão do bolo entre todos tampouco garante riqueza. Cuba é um país comunista. Lá a riqueza é divida entre todos, mas é um país pobre. A concentração de riqueza dentro das fronteiras de um país produz ricos e pobres dentro daquele país, mas estamos considerando a riqueza do ponto de vista geral, somando a riqueza dos ricos e subtraindo a probreza dos pobres.
Cuba nao e o Brasil. Cuba e um pais pobre, o Brasil e um pais rico. De nada adianta ter muita grana como o Brasil se ela fica concentrada nas maos dos mais ricos. A riqueza geral de um pais deve ser medida pela sua classe media, ela e a propulsora das economias de todos os paizes capitalistas, sem escecoes. Eu lhe garanto que a populacao cubana vive muito melhor que os 50% mais pobres do Brasil. De que adianta o Brasil ser um pais dezenas de vezes mais rico que cuba, se a populacao nao uzufrui dessa riqueza?
>>5) Deixamos de exportar grana
>>6) Investimos essa grana aqui
>>7) Criamos um mercado interno
>>8) Exportamos excedente de produtos de valor agregado
>>9) Profit! <== o difícil é enxergar do passo 5 até aqui
Pela sua logica nos ja estamos entre o passo 6 e 7.O Brasil ja consegiu eliminar o Deficit em conta corrente e esta investindo a grana na producao.Mas toda essa producao nao tem mercado interno por que nao temos uma classe media forte, e a classe media que cria o mercado interno. Enquanto o dinheiro que o pais ganha ficar apenas nas maos da elite, a classe media ficara estagnada, a unica saida para evitar uma crise sera exportar a producao, e novamente apenas a elite ganhara dinheiro com as exportacoes. Potanto como requesito ao passo 7 e presizo diminuir drasticamente a concentracao de renda.
> Realmene voce esta presizando estudar um pouco mais,
Com toda a certeza. Esse é um assunto vasto.
> vamos analizar seus argumentos:
Excelente! Um debator inteligente que vai discutir argumentos e não fazer ataques pessoais! Uhuu!
> O indice Gini dos EUA e de 0,4 e o do Brasil e de 0.6. A concentracao de renda
> no Brasil e nada menos do que 50% maior que a dos EUA. O Brasil é o 6 pais mais
> desigual do mundo.
O índice Gini não é linear. Ele mede a área entre a Curva de Lorenz e uma linha que representa uma distribuição cumulativa ideal e a área máxima debaixo dessa linha, expresso em porcentagem. Então não tem sentido falar que a concentração de renda é 50% maior nos EUA que no Brasil. O índice GINI é que é 50% maior. De qualquer forma, os EUA, que são a economia nº1, têm o 7º melhor índice Gini. E o país com o melhor Gini é a Noruega, cuja economia é um infinitésimo da estadunidense. Então o ínidice Gini não serve para medir riqueza. Se Bill Gates se mudasse para o Brasil e trouxesse toda sua fortuna, o índice Gini brasileiro dispararia, mesmo assim, os bilhões de Bill Gates fariam o Brasil mais rico. Não existe sequer correspondência biunívoca entre riqueza e Gini.
> O Balanco de Conta Corrente mede toda a grana que entra ou sai do pais,
> seja atraves de exportacoes, importacoes, remessas de multinacionais, investimentos
> externos, etc.
Perdão. Usei o termo errado. Use minha definição, exportação - importação (é um sinal de menos, não um hífen), e atribua, por favor o nome mais apropriado (balança comercial?).
> Mas e os pobres? e a classe media? Eles pouco ou nada se beneficiam das exportacoes,
> os grandes beneficiarios sao os ricos exportadores. O atual modelo de
> exportacoes nao é a solucao para o pais.
Desigualdades à parte, o que queremos é discutir como o SL se encaixa no contexto da ideologia e do pragmatismo econômico.
> Pela sua logica nos ja estamos entre o passo 6 e 7.O Brasil ja consegiu eliminar
> o Deficit em conta corrente e esta investindo a grana na producao.Mas toda essa
> producao nao tem mercado interno por que nao temos uma classe media forte, e a
> classe media que cria o mercado interno. Enquanto o dinheiro que o pais ganha
> ficar apenas nas maos da elite, a classe media ficara estagnada, a unica saida
> para evitar uma crise sera exportar a producao, e novamente apenas a elite
> ganhara dinheiro com as exportacoes. Potanto como requesito ao passo 7 e
> presizo diminuir drasticamente a concentracao de renda.
Concordo em gênero, número e grau com você. O mercado interno é fundamental para o desenvolvimento. E isso já fez parte de uma das minhas "defesas de tese" aqui mesmo no BR-Linux. Mas agora minha intenção é outra: quero ajudar a comunidade de software livre entender que é necessário aliar a ideologia, que dá transcendência às iniciativas, ao pragmatismo, que torna real os projetos. O tema foi abordado pelo Tosatti e, portanto, está dentro do tópico da notícia.
Podemos discutir o problema das desigualdades brasileiras, que por si só é um assunto interessante, e que me atrai, mas em outro fórum, se você não se incomodar.
Isso não vai ser decidido aqui, mas é aqui que a força necessária para a decisão vai ser posta à prova.
Joseph K.
É isso aí.