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Mais um projeto para integração de aplicações windows no Linux

Notícia publicada por brain em abril 22, 2004 08:24 PM | TrackBack


Oliver Pereira (oliver@consultweb.com.br) disse: "Saiu na Folha: 'A SpecOps, empresa das Filipinas, disse que vai apresentar nesta quinta-feira o protótipo de um software que permitirá rodar aplicações feitas para o Windows sem problemas em computadores equipados com o sistema operacional Linux." A notícia é mais uma promessa de compatibilidade entre os dois sistemas. Pelo que vi no site do projeto "David", é um sistema semelhante ao Crossover Office, só que compativél com aplicações 16/32 bits, baseado no conceito de WACS, como pode ser visto na parte de arquitetura do projeto. Acho interessante este tipo de integração pois permite liberdade, agora é esperar para que não seja caro e que consiga fazer o que promete."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» arnaldo () em 22/04 20:31

Uma dúvida que sempre tive:

Ao se tentar rodar aplicativos cuja engenharia é voltada para so Windows usando emuladores, não se corre o risco de se herdar a mesma instalabilidade vunerabilidade do ambiente tornando o Linux isob o qual se roda o aplicativo instável e inseguro ?


» CWagner () em 22/04 21:00

Ao que me parece já sairam notícias de vírus sendo executados pelo Wine, o que mão me parece ser uma vantagem tão grande a questão da emulação.

Na verdade não vejo mais com bons olhos a questão da emulação do Windows pelo Linux (apesar de dizerem que o "Wine não é um emulador"), visto que sempre haverá perda de desempenho e outros peblemas menores, tipo caixas de diálogo estranhas, etc...

Acho que já existem muitos aplicativos de uso geral que podem ser utilizados por usuários "comuns", inclusive os que estão migrando de Windows para Linux. E os aplicativos específicos, tipo controle de estoque, caixa eletrônico, etc... podem ser facilmente portados para Linux, via Kylix, Java, PHP+GTK, Web+PHP+*SQL. Acho até que seria uma maneira de se aumentar o interesse por essas técnicas de programação, por parte dos consultores/desenvolvedores que hoje em dia, para poder "dar conta do recado" adotam ferramentas caras, muitas das vezes pirateadas (acho que perto de 99,9%), e acabam forçando o cliente a terem que piratear o Windows 2003 Server + MSSQL Server + Visual Studio (sei lá que versão)...

Dessa forma poderiam ser gerados diversos postos de trabalho (já que estamos em tempos de crise) sem um custo elevado (ferramentas proprietárias x ferramentas livres), talvez com uma curva de adaptação um pouco íngreme, mas que não é impossível de ser superada, pelo menos não pelos verdadeiros programadores.

E pra não dizer que não falei dos.... jogos. Quuanto mais o linux for disseminado entre os desktops, e não venham me falar que o Linux "ainda não está preparado para o desktop". As software houses irão portar, e por que não, desenvolver jogos para o SO do pinguim. Afinal de contas, se eles podem fazer jogos muito bons para um SO fechado, por que eles não conseguem fazer para um aberto?


» Enderson Maia () em 22/04 22:00

Mas virus via wine não torna o Linux infectável, pois creio que a segurança do linux aos vírus é a forte implementação de permissões, pois um usuário qualquer, executando tal vírus via wine, não faria estrago, já que ele não tem permissões a nada, claro, no máximo ele danificaria os próprios arquivos, mas nunca vi um caso real.

E quanto a jogos, eu tenho Q3A e UT2004 pra Linux, sem falar de ET e AA, todos ótimos jogos FPS.

Acho a amulação válida, reduz o custo de migração em alguns casos, e quando você depende de um fornecedor de software que não quer migrar, e você não pode pagar para mudar de software (implantação, treinamento, adaptação), você pode contornar isso com emulação. E aos poucos a empresa vai perceber que tem que mudar, e começar a trabalhar com soluções multi-plataforma.


» Eduardo () em 23/04 00:35

Não existe nenhum problema técnico em desenvolver vírus para Linux.

A questão é que se você rodar o arquivo "infectado" como usuário normal, o vírus não vai conseguir mexer em nenhum arquivo.

Se você rodar um vírus de windows pelo wine (supondo que isso funcione), o vírus vai sofrer as mesmas limitações.


» Peter Parker () em 23/04 07:54

Imagino que o problema com os vírus se daria no caso do cara depender de um sistema que esteja rodando via emulação, tipo controle de estoques e tal.


» Willie () em 23/04 08:51

Sinceramente, não sou muito fã de aplicação desse tipo entre Linux e Windows. Acho que isso de uma forma ou outra contribui para que novos usuários GNU/Linux continuem dependentes dos softwares proprietários e gastem um tempo maior na adaptação com as ferramentas criadas pelo OpenSource, ou, até mesmo isso possa privá-los de experimentar alternativas OpenSource. Também adotando este tipo de aplicação deixamos de divulgar nossos próprios produtos Livres para apresentar mais uma alternativa de suporte a softwares proprietários e, isso chega a ser até contraditório com a liberdade que tanto queremos.
Acho que vale a pena pensar bem...

A não galera, chega de dar pontos pro Bill!


» Oliver Pereira () em 23/04 09:41

Concordo que os usuários deveriam ser incentivados a usar software livre, mais se existe casos que isso é impossivel, por exemplo quando a empresa depende de software de um cliente ou fornecedor por exemplo ou mesmo do governo, pois o unico até agora que roda em linux é o de declaração da receita,todos os outros mesmo da receita e os de importação e exportação são para windows.
É claro que o ideal seria que todo o software fosse multiplataforma, mas não é essa nossa realidade, não encaro este tipo de solução como muleta ficando preso a tecnologia M$ e sim uma ferramenta que permite esta "compatibilidade".
Dá mesma forma que acho interessante que uma aplicação Open tambem tenha uma versão para Windows exemplo o proprio OpenOffice.
Acho que com a evolução da tecnologia estas barreiras serão quebradas, e a instabilidade é um questão de qualidade de aplicação seja ela windows ou linux...


» Knuckles () em 23/04 13:31

vamos supor, que esse programa faça o Linux rodar, por exemplo, o Age of Mythologies. tá rodando emulado? tá.

mas mesmo que portassem ele pra Linux (duvido muito, peguei um péssimo exemplo alias hehehehe), ele ia continua proprietário... então que diferença ->ideológica<- há em rodar emulado ou portado? óbvio que há uma perda de desempenho, mas há casos de programas que simplesmente não serão portados pra Linux.... então acho válido o uso de emulação...


ps. Augusto, o windows com w minusculo foi erro de digitação ou proposital?? ;)


» Henrique Paiva () em 23/04 13:53

Eu também não sou fã deste tipo de aplicação, mas tem casos que torna inevitável. Pois no meu caso tenho uma aplicação em clipper com clientes win98 e servidores samba, apache e squid. Esse sistema fica péssimo no dosemu, e se eu passar para flagship eu perco meu suporte.
Solução: Continuo com meus clientes win e servidores linux. até que ....


» Douglas Augusto () em 25/04 00:19

Um vírus sob o Wine não deveria (se o wine não tiver problemas de vulnerabilidade) atingir mais do que a área específica ao Wine (diretório "C" virtual), isto é, não alcançaria o home do usuário. Muito menos causaria algum dano ao sistema como um todo.


» Ricardo Carlini Sperandio () em 26/04 12:45

Com relacao ao projeto David:
acredito que o pessoal fez uma bagunca, usando partes do projeto odin da IBM, partes do Wine, duma API da Sun e por ai vai...
Acho que nao passarah de um vaporware...
Ja o fato de utilizar o Wine para rodar programas Windows no linux, vamos a um caso real:
Supomos que eu possua uma grande empresa que utiliza solucao windows e aplicativos desenvolvidos para essa plataforma e desejo mover minha base computacional para linux de forma gradual. Ok, substituir o office pelo openoffice eh facil, mas e os meus aplicativos desenvolvidos em Visua Basic? Nao existem solucoes no mercado para eles pois foi minha equipe que criou visando as minhas necessidades... Ok posso desenvolver uma nova solucao, mas e o praso de testes e homologacao? (seria no minimo dois anos...) Ficar no Windows enquanto isso ou usar uma forma gradual de migracao, migrando primeiro o SO e depois os aplicativos? (vejo essa como a grande razao da utilizacao do wine.)


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