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Software Livre e Governo

Notícia publicada por brain em fevereiro 17, 2004 08:19 AM | TrackBack


O Pacozila (lxbrito@ig.com.br) mandou o link para um artigo online da Java Magazine e comenta: "Há algum tempo atrás postei um comentário sobre um artigo que falava sobre a escolha de padrões abertos ser mais saudável que software livre, em licitações governamentais. A Java Magazine liberou o artigo em sua página. O autor, Bruno Souza, tem argumentos muito bons como 'Precisamos evitar que, por força das leis de preferência, tenhamos que passar pela situação na qual uma aplicação desenvolvida (por exemplo) em Visual Basic, de forma específica para o Windows e implementada utilizando stored procedures exclusivas do MS SQL Server, seja disponibilizada sob uma licença GPL (a mais clássica das licenças livres) e, por conta disso, tenha condições de ganhar uma licitação e obrigar o governo a adotar uma solução proprietária, ou então a se ver obrigado a re-escrever o sistema...'. Vale a leitura."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Aldrey () em 17/02 08:47

Creio que a questão não é ser GPL ou uma variante, e sim ter independência de plataforma. Se trata de eu ter um Linux da RedHat e com um certo planejamento poder migrar para o Debian ou outra distro. Podendo em um caso de insanidade ir para o Windows(minha opnião). As empresas buscam ou deveriam buscar independência de plataforma, pois assim não fico preso a nada, apenas ao serviço e dados que preciso.


» Darth () em 17/02 16:16

Oque eu acho é que não dá pra vc benificiar ninguém, a gente tem que usar oque é bom, no caso nos sabemos que linux é melhor...
em uma licitação sem marmelada sabemos quem ganha.
mas o mais importante é não mandar milhões de dolares todo ano pros estados unidos comprando microsoft e sim o governo incentivar o linux que pode ser desenvolvido aqui e de quebra a gente detona o monopolio microsoft e obriga a propia microsoft a concertar essa porcaria que ela faz, embora acho isso dificil considerando que a maioria dos seus funcionarios são empressarios e marqueteiros, ainda tem a cara de pau de colocar no windows quando trava " contate o seu revendedor " , nunca diske para o 0800 da microsoft...


» Pacozila () em 17/02 19:03

Aldrey, a idéia é justamente essa. Padrões livres geralmente são multiplataforma, senão é só questão de implementá-lo na plataforma específica. Como bom exemplo temos o W3C x IEhacks. Mas há casos em que não há alternativa livre, e aí é aonde mora o maior perigo. Se este software só gera saídas proprietárias, você amarra todas as outras máquinas da rede (rede num sentido amplo, incluindo o protocolo DPL/DPC* :) ).

Darth, Linux é melhor em quê cara pálida? Diagramação de textos? Tratamento de imagens CMYK? CADs? Cai na real, Rwindows tem nichos em que é melhor que Linux, sim. Assim como Mac, Unix, BSDs, Qnix etc. são melhores que Linux em alguma coisa. Além disso nem só de SO's vive o Homem**, mas de inúmeros aplicativos, bem mais até do que eu próprio imagino.

*Protocolo DPL/DPC, vulgarmente conhecido como disquete pra lá, disquete pra cá.

**Me precavendo de flames sobre copyrights :), o original é de Mateus 4,4 - "Nem só de pão vive o homem, mas..." - Confesso que nem eu sabia, mas o Google sabe.


» Night64 () em 17/02 19:49

Falando do ponto de vista de quem trabalha no governo na área de TI e ja fez alguns projetos básicos para aquisição de softwares, tenho que concordar. Nada é mais importante, do ponto de vista de custo a longo prazo, do que a definição de padrões abertos em uma especificação. Afinal, quem trabalha na área sabe qual é custo (financeiro, emocional) de se lidar com serviços legados. Migração de serviços no fim das contas é algo que você só faz se não tem escapatória.
Um exemplo que posso dar é o Microsoft SNA Server. Tenho um equipamento (Pentium 133, 128 MB de RAM) rodando este serviço há mais ou menos 5 anos, em um NT 4.0. Nestes 5 anos, devo ter logado na maquina umas 3 vezes. Por que diabos deveria me dar ao trabalho de migrar este serviço? Só para dizer "Eu uso Linux!"?


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