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Os novos recursos do OpenOffice.org

Notícia publicada por brain em abril 16, 2003 01:12 PM

Rafael Goulart (rafael@fasb.edu.br) avisa: Desde o final de março já está disponível a versão 1.1 beta do OpenOffice. Alguns novos recursos são dignos de nota: exportação em formato SWF (flash) das apresentações, exportação PDF (já era possível fazer antes, mas parece que agora é nativo), importação e exportação Docbook (também havia algum suporte antes), acesso ao MySQL nativo (isto já o torna uma alternativa para alguns trabalhos realizados no MS Access, antes era só via ODBC), suporte para alguns formatos do Palm/PocketPC... Na minha singela opinião, falta um gravador de macros (eles até fizeram uma enquete no ano passado, perguntando sobre as características a serem priorizadas - eu marquei esta).

Não é propriamente uma novidade, mas acho que eu ainda não havia dado destaque suficiente à lista de novos recursos...

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Cesar () em 16/04 13:33

Eu estou usando o último beta e nele já aparece no menu a opção para macros, ainda não testei, mas já o vi...

:-D


» Roger de Almeida () em 16/04 16:04

Achei muito importante a inclusão dessas ferramentas no openoffice. Isso denota que a equipe do openoffice.org está em sintonia e preocupada com a demanda. É muito saudável e já era hora. Mas o que me preocupa, é a defasagem entre a versão original 1.0.3 e a brasileira - 1.0.1.
Imaginem a seguinte: É descoberto uma falha grave de vulnerabilidade no OO-1.0.3. Essa falha permite que usuários mal intencionados, consigam ter poderes de root e assim, ter acesso incondicional a todos arquivos de um determinado servidor.

Bom.... De vêz em quando isso é noticiado. o SendMail, Samba e etc.

Continuando.... A equipe do OO rapidamente corrige a falha - UM DOS BONS MOTIVOS DE SE TER UM SOFTWARE LIVRE É ISSO - e avisa que já está disponível a versão 1.0.4 para download.

bom.....
Só que essa hipotética versão, é em inglês!!!!
A questão é essa. O que fazer para manter-se atualizado, já que existe uma defasagem entre o openoffice versão brasileira e a original???

Na minha opinião a comunidade deveria propor algumas idéias, para ajudar os BRAVOS PIONEIROS que traduziram o OO para a nossa língua.

Não estou desmerecendo o trabalho deles, porém, alertar é preciso. Talvês eu esteja errado. Não há necesidade de acompanhar versão a versão ou existe um meio prático de estar atualizado.

Enviei um e-mail para o Coordenador do OO no Brasil, o Sr. Cláudio, ponderando sobre essa questão, mas até agora não recebi uma resposta.

Quem tiver a solução........ que apresente.

Abraços
Roger de Almeida


» djalmir () em 16/04 16:23

Até agor ainfelizmente o OO não cosegue editar as equações escritas no Equation do MS Office. Quando isso acontecer (a esperança é a última q morre!) fico independente desta suíte office. Mas por enquanto ...


» Theneus () em 16/04 17:48

Me desculpe se estou errado mas a funçao de macro automatica ja esta funcionando... >>TOOLS >> MACROS >> RECORD MACROS.

bye

Theneus


» Peter Parker () em 16/04 18:20

O principal "defeito" para os usuários que migram do MS Office para o OO é a interface. A interface do MSO tem alguma patente? Pq acho mto boa, inclusive se não houverem problemas legais, eu arrisco dizer que o OO deveria até copiar a interface do MSO.


» Olivier () em 16/04 18:34

Estamos trabalhando duro para atualizar o software e a tradução esta em andamento. Para o 1.0.1 conseguimos uma primera passada que foi publicada ainda com a marca de beta, sendo que o beta era só para a tradução da interface, não se referia ao código que não é mexido neste momento.

Uma simples inspeção do trabalho feito no 1.0.1 mostrou deficiencias serias na tradução e esta foi revista por mim e por outros colaboradores para harmonizar os termos e corrigir falhas. Esta revisão ainda não está pronta, faltando tempo ao Claudio para terminar os últimos detalhes. O trabalho soa fácil, mas para ter um software de qualidade para competir com as suites de mercado precisamos de muita energia, conhecimento e dedicação. Aos que pensam que sabem algo de inglês, revejam seus conceitos: traduzir é um desafio que obriga o sujeito a ter nota 10 na prova de ingles e 10 na prova de portugues Isso mesmo!!!) e ser um excelente conhecedor de informática de desktop, especializado em Suites. Não foi o que aconteceu e ja corrigimos. Faz parte do processo. Vou dar um exemplo: o termo 'Minute' refere-se a minutos quando o contexto é tempo e a 'Ata' ou 'minuta' quanto refere-se a um documento. Sacaram? Outra: Outline é 'contorno' quando o contexto for figuras e 'estrutura de tópicos' quando for um documento. Por ai se ve o que se precisa para ser um bom tradutor. Para piorar as coisas, o ingles do OO ja veio do Alemão e não foi dos mais corretos gramaticalmente.

Agora estamos tentando montar o build do 1.0.3 (ja pulando o 1.0.2) com a tradução velha e esperamos soltar a tradução nova no build 1.1. Neste momento teremos o pt-BR dentro do source e do CVS. Só pra dar uma ideia, o glossário tem 9000 termos, são > 20.000 strings para traduzir e + 5000 strings extras das features novas do 1.1, isto sem falar no help que são 2000 arquivos xml a traduzir e +/- 500 figuras a serem feitas. O help ainda vai demorar. Os builds virão com help em inglês por enquanto.

A montagem de um build não é trivial e apanha-se muito, pela documentação deficiente do assunto. Muito deve ser advinhado e chutado antes de ter algo que compile. São 12 horas de compilação a cada rodada e não dá pra achar graça se faltou um parametro, para ver o build quebrar na 11a hora.

O projeto Brasil, hospedado em www.openoffice.org.br tem muitas informações sobre o andamento dos trabalhos, mas essencialmente a equipe sofre com falta de colaboradores e tempo dos mesmos. Por exemplo não temos alguém para compilar a versão windows pois somos quase todos linuxers. Além do que muitos colaboradores e recursos foram re-direcionado em função de novas realidades pessoais e politicas.

Via de regra neste tipo de projeto open source, os prazos inexistem e os colaboradores são escassos. Ao contrario de uma software house, a quem se pode pagar, culpar e cobrar, nossa equipe atua voluntariamente e não é remunerada pelo esforço. Nos alegra ver que muitas empresas e orgãos públicos estão implantando o OO e compartilhando experiencias nas listas do site acima. Mesmo com um OO-1.0.1 com deficiencias de tradução e sem help, o entusiasmo dos usuários mostra que a demanda é forte e que a versão pt-BR é imprescindivel para a sociedade brasileira.

Forte Abraço a todos
Olivier Hallot


» Rafael Goulart () em 16/04 19:08

Uma das razões que me levou a sugerir esta notícia é levantar um debate sobre algo que me aflige: o movimento de software livre conta, na verdade, com poucos que metem a mão na massa. Eu mesmo, sempre divulguei bastante e me surpreendo com o trabalho, apenas por agora estou me dedicando (ainda de forma inicial, mas tudo a seu tempo) a ajudar no desenvolvimento de uma iniciativa livre.

Fácil reclamar que o OO em pt_BR está "defasado". Difícil é ajudar a alavancar os trabalhos.

A magnitude do OO em pt_BR já dá para se verificar: basta acompanhar o quanto deslanchou a utilização desta alternativa (conto aqui ainda o tempo do StarOffice gratuito) quando paramos de abrir "ficheiros"!! Evidentemente que muita coisa melhorou do StarOffice 5.2 para o OpenOffice 1.0 (SO 6.0). Mas, aqui no Brasil, falar português tupiniquim pesa.

Será, ilustres colegas, que não haveriam empresas dispostas a colaborar para que o openoffice.org.br possa se tornar realmente uma realidade, ou seja, estabelecer-se até com profissionais pagos? A economia que as empresas e usuários têm com o software traduzido não será muito maior que o investimento?

Bom, precisamos de idéias para ajudar o Cláudio e seu colaboradores.

(Imaginem se pudéssemos ter o help em português...)

Rafael Goulart


» Manoel Pinho () em 17/04 07:31

Concordo com o Rafael Goulart. Acho que pelo menos o governo brasileiro, através de suas estatais e ministérios, deveria ajudar na tradução. A todo dia vemos notícias de adoção do OO por entidades públicas e creio que ajudar na tradução é o mínimo que podem fazer para ajudar.

E que tal fazer um tutorial sobre como realizar a tradução do OO e colocar aqui no linux in Brazil ? Assim poderíamos recrutar mais pessoas.


» Bill () em 17/04 08:31

A idéia do Manual é excelente!


» Thomas () em 17/04 08:48

Estou usando o OO 1.1 Beta ( do Windows, ainda não tive tempo de testar a versão Linux ) e acho que está muito bom e até mais rápido. De vez em quando estoura, mas é beta, e mesmo assim trava menos que o MSO.
O único porém é que ele usa MUITA memória. Só iniciando o Writer ele já ocupa de 60~80 MB de RAM.
Não acho que a interface é ruim e nem que precisa copiar o MSO.
As exportações para PDF e SWF funcionam perfeitamente! Melhor do que usar ( no Windows ) programas que "substituem" uma impressora.
Já instalei um dicionário e hifenização pt_BR e estou trabalhando.
Até agora nota 10!


» Ing Norante () em 17/04 10:33

Ae
Pq o OpenOffice é tao pesado ?
Ele usa a VM do Java ? é por isso ?
Para fazer documentos de texto eu prefiro o abiword http://www.abisource.com/ e para fazer planilhas tipo excel eu prefiro o gnumeric http://www.gnome.org/projects/gnumeric/ , so uso o OpenOffice para abrir os PPT da vida, senao nao compensa , nao tenho $ pra comprar um P4.
Se vcs nunca testaram o abiword e o gnumeric deem uma olhada ,nao custa nada.


» Tiago Cruz () em 17/04 16:41

Olivier,

Realmente traduzir não é tão fácil quanto se parece, gostei de seus argumentos... :-)

Vou guardar esse link para quando alguém vier reclamar da tradução do Mandrake, a qual eu participo ;^)

Sei que vocês são poucos, e ainda por cima envolvidos em vários projetos (como o Claudio Ferreira no PostgreSQL) mas desejo que vocês consigar trazer para os usuários Brasileiros uma suíte 100% em pt_BR!

(E incluíla no Mandrake 9.x, que tb estará 100% em pt_BR) =]

Sucesso!


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