“Cheguei em Porto Alegre domingo e mesmo antes do evento a cidade parecia já recepcionar as pessoas. Percebo que os participantes são o que o evento tem de melhor. Todas as pessoas que freqüentam o FISL acabam por vir ao evento com o intuíto de encontrar seus contatos, sejam eles virtuais ou por afinidade de trabalho e amizade. Isso me faz pensar que problemas e palestras arranjadas fazem pouca diferença para o público.
Logo na chegada percebi que o layout do evento pouco mudou. Alguns móveis (como os sofás da soneca) a mais ou balões coloridos em meio a arena de programação não tornaram invisíveis os problemas técnicos já conhecidos de anos. Este ano percebi que não era a Solis que estava gerenciando a rede. Em anos anteriores a cooperativa Solis chegou a ter 40 pessoas empenhadas no trabalho, garantindo a possibilidade de conexão e alguns períodos ao vivo de TV do Software Livre. Este ano a organização chamou voluntários para fazer este trabalho.
Foram percebidos e relatados uma série de problemas: Rede por cabo instável, indisponibilidade de servidor DHCP nas redes sem fio, range de IPs insuficientes, instabilidade de conexão, um servidor proxy que alguém resolveu batizar como ISAServer, estande pago ficando sem ponto de rede, etc. Seja o que tenha ocorrido, as LANs já presentes pareciam funcionar bem, pois havia espera de muitos para acessar o orkut e MSN. Também presenciei o desespero de uma empresa que havia pago pelo estande e sua infra, não ter cabo de rede até a data de ontem.
Filas imensas como de costume em cada ano do evento, mas organizada com congressistas retirando suas identificações e seu 'kit fisl' cheia de brindes, inclusive uma espécie de competição, no qual cada um ganha um número num adesivo que se conseguirem achar outros 4 iguais (para totalizar 5) ganha um mp4 cada um! A imaginação de todos vai a mil colando o adesivo em si e montando até cartazes gigantes.
O restaurante e o local do evento também concorrem nas críticas da galera participante.
Meu relato não é apenas baseado em críticas, porque não esperamos nada além do que vemos todos os anos do evento, já que seu espírito e apelo para a participação de mais de 5000 pessoas, é realmente o público presente. O encontro, a grande rede colaborativa a partir do networking pessoal e a troca de informações é que fazem o evento e o software livre no Brasil.
No meu próximo post falarei sobre o governo, impossível não ter um post único para quem participa em 90% dos estandes - e de onde deve vir a parte do leão na captação de recursos.”
10 no quesito criatividade