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Não vejo nenhum problema em migrar, nas empresas, as estações de trabalho para Linux - para as necessidades corporativas, o Linux excede qualquer outro sistema em termos de custo, segurança, manutenção e mesmo usabilidade. Há clientes meus que migraram 100% de seu parque e estão satisfeitíssimos. Chegaram mesmo a encerrar contas em bancos cujo Internet Banking depende do Internet Explorer - afinal, essa é uma deficiência do banco, não do Linux.
Mas as empresas costumam ter um departamento de suporte ao usuário para resolver qualquer problema que possa ocorrer. No meio de todos os problemas técnicos sempre há aquele usuário que estava acostumado a 'salvar no uôrd' e agora tem que usar o OpenWriter. Bem ou mal, o açúcar acaba assentando no açucareiro e no fim de 3 ou 6 meses tudo volta ao normal.
Para as pessoas em casa a coisa não é bem assim. Há problemas de usabilidade e compatibilidade que AINDA precisam ser resolvidos. E são problemas que impedem o usuário comum de ter uma boa experiência com o Pingüim.
Se você é um usuário e amante do Linux (como, aliás, eu sou também) vai dizer que muita coisa não é culpa do Linux ou do software livre, mas dos fabricantes de hardware ou de codecs que não abrem as especificações bla bla bla. Bem, acompanhe meu reciocínio por um pouco. Você verá que nem tudo é culpa dos outros e mesmo o que alegadamente é culpa dos fabricantes de hardware mostra algumas das fraquezas da 'comunidade' do software livre. Veja o texto completo em Dedo na ferida: Linux no Desktop e outras mezinhas....” A nota foi enviada por ().
Estava indo bem, dadas as considerações que é uma visão um tanto quanto minimalista, mas depois do parágrafo citado, acabou por se perder. Se não fossem os desenvolvedores, não teriamos avançado até o ponto que estamos e os que logo mais alcançaremos.
Dizer que o software livre é um eterno beta é no mínimo não compreende-lo, dado que beta é o sistema proprietário dominante, que nos ultimos tempos não agrega nenhuma novidade, e o que se dispoêm a fazer sempre necessita correção, muito mais frequentes e problemáticas que no software livre.
Linux, existem nos mais diversos gostos e padrões, isso é liberdade, não gostou, use outro. Obviamente que se seu intuito é ter sempre as ultimas versões de tudo, o sistema, qual seja, sempre estará em atualização, bem como sempre averão releases novos, mas isso não impede que se fixe em uma determinada versão e se mantenha a mesma estável e prática por longos anos.
Distribuições, dado o nome, são contribuições que possibilitam uma melhor utilização do sistema base, mas para tanto, necessitam de aspectos próprios que as diversifiquem das demais, isso pode gerar a falsa impressão que não há um rumo unísono entre elas, porém, isso é que torna o software livre o que o mesmo é, diversificado.
Que graça teria se todas as distros resolvessem se tornar identicas? Qual o ganho disso? Nenhum. Concordo que certos aspectos devem ser padronizados, mas para isso temos a LSB, de resto, quanto mais opções melhor.
Linux, na minha visão, tem seu valor agregado pelo número de participações ativas, que contribuem para seu desenvolvimento e adaptação, ao mundo fático de sua aplicação, não ao número de usuários que usam ele para ver e-mails, navegar e usar processador de textos. Linux é um sistema que deve ser usado por quem ao menos sabe usar um sistema operacional, não se limitando aos citados usos acima, afinal, em pouco tempo teremos estes usos feitos inteiramente pela web. Linux tem muito poder, usa-lo apenas para tarefas primárias, no meu entender, é perda de tempo. Use-o sabendo que o mesmo pode, e deve ser, configurado às suas necessidades, e documentação pra isso não falta, ao contrário de outros sistemas operacionais por ai.
Dizer que a mudança de nomenclaturas, local de dispositivos, é razão da não adoção para desktop no caso de usuários inexperientes, é imaginar que estes usuários são acéfalos, sem qualquer capacidade de aprendizado e motivação, e ai, só lamento, na minha visão, usuários desnecessários ao software livre. Agora àqueles que tenham disposição, vontade, e gosto pela leitura, em pouco tempo poderão verificar que um computador, com um sistema operacional descente, é muito mais que uma caixa de metal para acesso à e-mails.
Abs
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