“O PSL-Brasil publicou hoje uma mensagem de Sérgio Amadeu que, embora seja a pretexto da pesquisa recentemente divulgada pela ABES concluindo que a maioria absoluta dos consumidores do Computador para Todos com Linux desinstala o software livre e o substitui por cópias piratas do Windows, não trata diretamente da pesquisa nem responde a ela, mas sim se ocupa de atacar as motivações da ABES, e aproveita para atacar também a Microsoft, que ele chama de M$.
Segundo ele, o Computador para Todos foi um sucesso e fez baixar os preços das licenças do software proprietário, o que incomodaria a Microsoft. Agora prestem atenção na próxima cadeia de argumentos, porque é longa: segundo ele, esta concorrência com o software livre faria a Microsoft intervir em campanhas de publicidade de seus clientes fabricantes de hardware, para exibirem a mensagem de que apóiam a Microsoft - e com isso, considerando a diferença entre o que estes fabricantes pagam pelos softwares da Microsoft e quanto a Microsoft os paga para exibir a mensagem, o produto da Microsoft acabaria saindo quase de graça para o fabricante, o que configuraria uma prática anti-concorrencial (contra o software livre, que geralmente pode ser obtido de graça?). Então ele lança a pergunta: o CADE não vai intervir?
Ele aproveita para convidar o CONAR a intervir em uma propaganda recente da Microsoft contra a pirataria, e lançar uma série de questionamentos sobre as motivações da ABES, incluindo a razão de ter lançado só agora uma pesquisa feita em junho, por que a pesquisa se restringiu ao Computador para Todos, e por que a amostra foi definida na forma como descrita. Termina convidando uma série de órgãos de fiscalização a agir.
Aproveitando para incluir minha humilde opinião, acho que antes divulgar uma pesquisa com alguns meses de atraso do que não fazer nenhuma, e se uma decisão de projeto falha em 73% dos casos, há realmente algo a ser pesquisado, seja qual for a motivação. A solução passa por vários caminhos (inclusive pesquisas adicionais, se necessário), mas não por simplesmente deixar de comentar o que já aflorou, por discordar do objetivo.
Ainda, acho que chamar a Microsoft de M$ é uma legitimação dos apelidos negativos dados ao software livre também, e que já vimos respostas mais diretas e objetivas a observações dos usuários em outras ocasiões. Com sorte ainda veremos uma boa avaliação das razões pelas quais as pessoas não permaneceram com o software oferecido a elas, ou mesmo por que não havia homologação de distribuição, ou mecanismos para incentivar o fabricante a realmente se esforçar para que o usuário ficasse satisfeito com o produto que recebia.”
Ué, e Linux custa quanto para o fabricante? Por que Linux pode sair de graça para o fabricante e Windows não pode?
Aproveitando, a M$ foi acusada de prática desleal quando incluiu o Internet Explorer no Windows. Mas por que Linux (inclusive as distros comerciais) podem incluir navegador, OpenOffice, mensagem instantânea, e mais um monte de programas?
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Usuário Linux #100343
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