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Richard Stallman esclarece sua opinião sobre jogos com engine livre e dados não-livres

O Libervis publicou uma entrevista por e-mail com Richard Stallman, o fundador da Free Software Foundation e do projeto GNU, a respeito da questão ética da arte não-livre.



A entrevista é longa mas o tema não é simples, portanto recomendo aos interessados: leiam o artigo inteiro. Para quem prefere a síntese, mesmo com o risco de perder alguma nuance do pensamento stallmiano sobre a ética da arte, eis alguns trechos da recente manifestação:

"(...) Não acho que trabalhos não-funcionais precisam ser livres. É suficiente que eles sejam compartilháveis. É positivo se [estes] outros trabalhos forem livres, mas não é éticamente imperativo, sob minha ótica."


Respondendo a uma pergunta sobre se ele considera aceitável o uso de jogos que tenham seu engine em software livre e seus dados disponíveis apenas para uso não-comercial, mas permitam o compartilhamento:

"Sim."


Saiba mais (libervis.com).

Comentários dos leitores

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Comentário de cwars
E eu que um dia cheguei a: E eu que um dia cheguei a pensar que Richard Stallman era um fanático que queria que tudo fosse livre ("de graça"), agora vejo que o cara é bem ético no que pensa, separando a idéia de o que é funcional e que é somentemente cultural, de certo apesar do artigo está em inglês vale a boa leitura, se alguém tiver disponibilidade para tradução para outras pessoas seria de bom grado, pois minha tradução talvez não fosse muito fiel, já que seria um entendimento da idéia do que um tradução de um artigo fiel a realidade, mas concerteza é algo de valida leitura.

Mas expondo a idéia, bascicamente o que ele decreta como deve ser livre é o fato de o software ter que evoluir e melhorar (o que é funcional), já que é um trabalho extremamente complexo dependendo do programa, além que muitas pessoas giram ao redor do mesmo, enquanto trabalhos culturais não possuem foco em segurança ou desenvolvimento (empresas, ou mesmo segurança), mas na maior parte do tempo lazer e cultura, coisas estas que como não necessitam de melhorias, mas de agrados, não seria necessário o fator GPL, podendo se preferindo ser apenas não-comercial, ou então sendo copyright mas que depois de 10 anos pudesse ser distribuido para uso não-comercial (não de forma obrigatória, mas ética em si), já que poderia tanto contribuir para si mesmo (pense como um cantor que precisa de fama para ganhar dinheiro, já o que interessa muitas vezes são os shows e não os discos vendidos, e para que possa vender discos precisa existir para as pessoas, e para as pessoas poderem saber que você existe precisam escutar suas musicas, mesmo que seja num disco pirata emprestado, o que é uma maneira lógica de se pensar), e também para contribuir culturalmente para a população, o que de certo é ético e não fanatismo, mas sobre os games o que interessa ser livre é a enginer que é funcional e codificada (e de difícil desenvolvimento), enquanto que os dados podem ter fim não comercial a sua escolha ou então copyright (a exemplo disso está Quake que tem sua enginer livre e seus arquivos de dados, como terrenos, inimigos, estória e outras coisas copyright).

Mas na minha expressa opnião quem se encaixa muito bem nesse sistema e Richard Stallman considera um tanto que inultil seria o CC (Creative Commons) o que ajudaria até mais que o fator GPL, além de ser padrão na maioria dos países do mundo.

--
O melhor sistema operacional do mundo é aquele que lhe agrada usar e não o que todos usam.
Comentário de nemesis
free as in freedom: "cheguei a pensar que Richard Stallman era um fanático que queria que tudo fosse livre ('de graça')"

uma confusão comum dado o termo ambíguo "free", que significa tanto grátis quanto livre...

ele diz que seria uma boa copyright de 10 anos e concordo. Mas, então, gcc, emacs e tudo o mais rapidamente cairiam no domínio público e seriam canibalizados por M$ e outras. Pensando bem, com copyrights tão curtos, não sei se existiriam megamonopólios como a M$ ou Disney...

--
;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
A velha confusão...:

E eu que um dia cheguei a pensar que Richard Stallman era um fanático que queria que tudo fosse livre ("de graça"),


cwars, essa é a "má e velha" má interpretação do conceito de SL e/ou do que o "velho" defende para software.

"Livre" é o direito que se dá ao usuário de um software de conhecer a sua "receita". Ter controle sobre o que acontece com seu equipamento enquanto está executando um soft.

Sem esse direito, "alugamos" de graça nosso equipamento para que outros o usem para realizar um serviço sobre o qual nós pagamos.

Isso não tem nada a ver com o custo monetário da prestação desse serviço. "Free" é "Livre", não "Grátis".

RMS defende essa idéia desde o início com unhas e dentes (e um pouco de fanatismo, sim) e eu considero que é em essência o único assunto no qual concordo com ele.

O cara tem outras opiniões a respeito de outras coisas, e tem direito a elas como qualquer pessoa no planeta (como não assistir filmes com copyright). Eu considero isso uma preferência dele, que não precisa ser a minha.

Em relação ao engine livre e dados não, considero a idéia bem afinada com a filosofia do software livre, pois a primeira não fere a última.

O que falta fazer com urgência (e a comunidade, até onde forem os interesses de cada um, deveria participar do processo) é criar bons modelos de negócio que atendam esse nicho, para que tenhamos engines livres tão numerosos, bons e populares quanto os proprietários.
Comentário de Freedom
Será que você não sabe...: ...iniciar uma conversa agradável sem [des]respeitar os outros?
Chamar os outros de "velho" e "fanático" não é nada educado sabia?
Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
Nenhum dos termos destinados: Nenhum dos termos destinados ao RMS foi realmente desrespeitoso aqui... Desta vez.

"Velho" (assim, entre aspas) é realmente o apelido (carinhoso?) de muitos gnus quando falam do Stallman. E, além do mais, o cara é velho mesmo! Qualquer pessoa que estava viva e na faculdade na época em que a história da informática moderna começou não pode mais ser considerada um bebê.

O termo "fanático" pode ser considerado por muitos como pejorativo embora, leia mais, para o RMS não parece ser este o caso (assim como para muitos leitores do BR-Linux mais radicais): ele abraça a alcunha de "radical livre" com alegria.

Nesta exposição, o termo não é uma coisa nem outra. É simplesmente uma visão de como ele defende suas idéias acima de muitas outras coisas, a todo custo. Não vou iniciar (mais) um flame aqui falando dos detalhes, seria fora do tema.

Mas sim, não concordo com muita coisa que ele diz e a legião de repetidores que muitas aparece por aqui faz questão de repetir mesmo sem entender e, para mim, ele não é mais "POP Star" que eu ou você.

Fato que, por acaso, não faz a mínima diferença aqui. Aqui eu estou concordando com ele.

Então, fique calmo porque eu estou. Não foi minha intenção desrespeitar ninguém com o comentário anterior.

Quando for, eu aviso. Não tenho medo de fazê-lo.

Cya!
Comentário de nemesis
ei, pq não consegue logar?: ei, pq não consegue logar? proxy? eu tmb não estava conseguindo logar com Firefox no Linux em casa, até que descobri que a porcaria do plugin Flash é que estava causando os crashes...

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;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
Eu já tinha notado o: Eu já tinha notado o problema no Linux tb... Mas acho que não é isso. Estou postando do trabalho, no FF para Windows...

Independente do navegador e do ponto de acesso, ultimamente tem acontecido com frequência...
Comentário de nemesis
pô, perdeu a senha?: pô, perdeu a senha? :D

--
;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
LoL!!!!: Nem nada! :-D

Ela funciona de vez em quando! :-P
Comentário de Freedom
?: "Então, fique calmo porque eu estou. Não foi minha intenção desrespeitar ninguém com o comentário anterior."

Mas eu estou calmo. Eu só disse isso aqui porque não é a primeira vez que vejo um desrespeito quando se fala do RMS. E não faço isso só porque se trata dele ou por "fanatismo" ou porque faço parte da "legião de repetidores"; Poderia ser com o Linus, Eric Raymond, Maddog e qualquer outro membro importante da comunidade Open Source e/ou SL que eu agiria do mesmo jeito. O mínimo que o pessoal que faz parte dessa comunidade devia dar como retribuição seria ao menos um pouco de respeito por essas pessoas que não apenas contribuíram tanto para nossa comunidade como também foram praticamente os "criadores" da idéia em geral (apesar de que a idéia do Open Source já existia bem antes mesmo da comunidade em si existir).

"Quando for, eu aviso. Não tenho medo de fazê-lo"

Fique tranqüilo; Quando for, eu também não terei medo de dizer aqui. ;-)
Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
E lá vem mais aquele papo chato outra vez:

ou porque faço parte da "legião de repetidores"


Sim, eu notei isso.


Eu só disse isso aqui porque não é a primeira vez que vejo um desrespeito quando se fala do RMS

. . .

Poderia ser com o Linus, Eric Raymond, Maddog e qualquer outro membro importante da comunidade Open Source e/ou SL


Permita-me deixar claro, novamente, a minha visão do assunto:

Não existem "deuses intocáveis" na comunidade SL. Uma coisa inerente ao conceito de liberdade é o *direito de todos à crítica* e *ninguém* está livre de ser alvo de quaisquer tipos de críticas. Ninguém nem nada é mais "sagrado" que a própria comunidade como um todo, sob a pena de cairmos em ditadura e estagnação.

Dessa forma, perdoe-me, mas não há "luminar" que esteja sempre a salvo de críticas minhas (assim como não de meus elogios). Críticas essas que você chama erroneamente de "desrespeito".

Não devo nada a nenhum deles, pois milito assim como os mesmos na causa e faço minha parte, o que é mais que muitos "repetidores" por aí podem dizer.


O mínimo que o pessoal que faz parte dessa comunidade devia dar como retribuição seria ao menos um pouco de respeito por essas pessoas...


Eu prefiro retribuir com *código*, obrigado. Assim como vender para meus clientes código livre ao invés de proprietário. Pago os benefícios de fazer parte da comunidade com contribuições, ao invés de com idolatria.

O que não desqualifica quem não contribui dessa forma. Para contribuir, basta usar. Aumentando a adoção de um projeto, vc. aumenta a comunidade sobre ele, que aumenta o incentivo para mantê-lo, etc.

Ninguém precisa idolatrar personalidade como Linus, Raymond, etc. Idolatria não serve para nada e sequer enche os bolsos deles. Um feedback sincero, com críticas coerentes de parte da comunidade são bem mais úteis do que a "babação".

E, como disse, nesse exato momento não cabem críticas, apenas comentários e portanto não vou fazer nenhuma. O significado dos termos usados já foi explicado.

Quando for a hora de fazer uma crítica a qualquer um deles vou fazê-lo.

Pra encerrar: escuta, eu realmente *não vou* entrar em uma discussão tola sobre render ou não homenagens ao seu guru favorito. Poupe-me. Como eu disse estaria completamente fora do tema começar com essa bobagem aqui mais uma vez. Tenho mais o que fazer.

Assunto encerrado. Até a próxima.
Comentário de cwars
??????????????: Calma ai pessoal, eu não quis dizer aquela frase por mal, até porque procuro ver diversas opniões e em muitas informações que busquei dava a entender que fosse fanatismo, já que RMS era contra a idéia do CC (Creative Commons) dizendo que dava meia liberdade, além que sobre muitos aspectos dava a se entender não sobre a idéia do "Livre" mas a idéia do eXtreme Livre onde focava-se que tudo tinha que ser por obrigação GPL sem analisar certos ambitos, sem falar que existem Free Document que mostravam livros totalmente "GPL" o que para mim estava atingindo o conceito longe da idéia funcional (que é entendida pelo SL, já que um software só ganha qualidade e crescimento com muitas idéias e não por uma empresa).

Mas quando eu li esse artigo e alguns outros, vi que o cara é bem ético, não exatamente o fanático com cara de profeta, e mostrando que é profissional e não uma simples ideologia de vida (se bem que até server de ideológia), mostrando que a idéia não uma religião, mas o que é ético, buscando assim o desenvolvimento de todos sobre os projetos aprsentados.

Espero que não interpretem mal o que eu disse, mas apesar de seguir mais firme a ideologia Open Source/GPL/CC, não decreto isso como uma religião, mas como uma ética que deve ser combinada tanto com o copyright com o cultural e não com um copyright funcional que no meu ponto de vista me revela mais uma barreira que aproxima as pessoas para a POG (Programação Orientada a Gambiarra) ^_^

--
O melhor sistema operacional do mundo é aquele que lhe agrada usar e não o que todos usam.
Comentário de Copernico Vespucio [não consigo logar]
Fica calmo, cwars :): Só quis evidenciar alguns pontos do seu comentário que eu achei dignos de nota:

a) RMS nunca foi adepto do "free" significando "de graça". Sempre especificou que se trata de direitos, não de custos. Quando se pronunciou contra a indústria da arte (da maneira correta ou não) o fez contra a limitação dos direitos das pessoas que compravam seus conteúdos legalmente. Verdade seja dita e justiça seja feita.

b) O cara tem alguns posicionamentos pessoais (sobre não ver filmes, não usar celular, não jogar videogames, etc) que não deveriam ser tratados pela comunidade como mais do que são, ou seja, posicionamentos pessoais.

c) RMS é defensor do (conforme vc. chamou) "eXtreme Livre" sim. Não acredita em código não-livre interagindo com código aberto simplesmente pq na sua opinião o primeiro não deveria existir. Em defesa disso, algumas vezes mete os pés pelas mãos, outras não.

d) Considero algumas atitudes dele em relação *à própria comunidade OS/SL* condenáveis, mas estas não devem ser lembradas aqui por falta de escopo.

E:

Acredito que o problema do Freedom não foi com seu comentário e sim com o meu.

E não entendi a piada com a POG... Explique, por favor, adoro piadas de POG! :-P
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