“Antes que passe desapercebido: A revista Veja de 18 de outubro abordou, em uma matéria da seção cultura, páginas 111 e 112, o uso da licença Creative Commons por artistas brasileiros.
A reportagem, entitulada " Brasileiros aderem à onda da cópia livre de suas obras" é de um jornalista chamado Marcelo Bortoloti. Nela ele explica que a Creative Commons "é uma estratégia de negócio. Parte do pressuposto que, quanto mais uma obra circula, maior é o seu valor de mercado".
Entre os artistas citados por empregar a Creative Commons em seus trabalhos está o ministro da cultura, Gilberto Gil, no disco O Sol de Oslo. Na área da literatura foi citado o caso do jurista Joaquim Falcão, que decidiu usar a Creative Commons por não considerar o direito autoral uma fonte de renda quando o alvo é a comunidade acadêmica.
Segundo a matéria, Paula Lavigne, que administra os direitos autorais de Caetano Veloso, define a licença como "uma alternativa para quem pode brincar com isso (...) temos primeiro que resolver o problema da arrecadação de direitos autorais, que ainda é muito atrasada".
O jornalista complementa: "de fato, ela nao faz sentido para a indústria do entretenimento, que estruturou seu modelo de negócio em cima dos direitos autorais, mas é util para artistas que querem ver seu trabalho circulando."
Também consta que BNegão, ex-Planet Hemp, disponibilizou todo o conteúdo do disco Enxugando Gelo sob a licença Creative Commons. O CD "físico" vendeu 15.000 cópias, mas segundo ele a repercussão foi maior fora do país, onde o disco só chegou via Internet.
Apesar da possível deturpação em decorrência da definição que o jornalista deu para o propósito da licença no início da matéria, eu considerei o texto imparcial e até mesmo positivo para o nosso cenário (do software livre). Ao menos muito melhor do que o escorregão dado meses atrás com a matéria de software livre.”
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