Wine
Publicado por Vagner Rodrigues em Sáb, 2006-04-22 19:37.
Qual a visão que a Microsoft tem de projetos que permitem a execução de aplicativos Win32 em ambiente Gnu/Linux (Wine, Crossoffice e Cedega)? Poderia algum dia a Microsoft cooperar com este tipo de tecnologia?
Entendemos que existem questões como suportabilidade que precisam ser observadas quando da decisão pelo uso dessas ou de outras tecnologias que buscam simular o ambiente Windows para execução de aplicativos. Essa é uma decisão do cliente ou do usuário final. Acredito que o melhor ambiente para rodar aplicações Windows é mesmo no Windows.
Anunciamos recentemente o suporte a máquinas virtuais Linux no Virtual Server do Windows Server 2003 R2, ou seja, você pode rodar aplicações Linux em máquinas virtuais baseadas em nossa plataforma. Talvez isso possa ajudar empresas que possuem soluções baseadas em Linux e não tenham interesse em migrar.
Sobre cooperar com os projetos citados, não acho muito adequado fazer previsões, o que posso afirmar é que até o momento não temos planos relacionados ao tema.
NTFS, Samba e outros protocolos implementados "na marra"
Publicado por fzero em Dom, 2006-04-23 16:43.
A MS fala de interoperabilidade, mas vários drivers de sistemas de arquivos e protocolos de compartilhamento como NTFS e SMB foram integrados ao Linux na base da engenharia reversa. Nessa "nova era" de cooperação, qual será a política da MS? Esses drivers e protocolos serão documentados para que alternativas livres possam ser criados da forma correta?
O compromisso da Microsoft com Interoperabilidade é de longa data, veja, por exemplo, a quantidade de protocolos abertos e padronizados que existem no Windows Server (+100). A interoperabilidade é também um desafio da indústria de tecnologia como um todo.
Pelo Government Security Program (GSP), a empresa oferece o controle de acesso ao código-fonte do Windows, com as referências necessárias e credibilidade nos itens de segurança.
A Microsoft oferece acesso ao código fonte de alguns de seus produtos para uso acadêmico. Por meio do Shared Source Program, universidades têm acesso gratuito ao Windows CE e ao Rotor. Professores e alunos podem ver e modificar o código fonte dos produtos e distribuir as alterações livremente, desde que o uso seja acadêmico. Caso o produto modificado seja usado para finalidade comercial, o usuário final deverá pagar licenciamento. Já utilizam o Shared Source Program no Brasil as seguintes universidades: Cefet-PR, UFPE, PUC-Rio, Unesp, ITA e Mauá.
O Windows CE é a versão reduzida do Windows, utilizada em dispositivos móveis ou sistemas embarcados. O Rotor é outra implementação da plataforma Microsoft .Net, com características multiplataforma. Com ele, os professores e alunos podem executar grande parte das funcionalidades do .NET e saber como o código funciona. As aplicações criadas podem rodar em Windows, Free DSD e Mac OS X.
Existem ainda as APIs do Windows que podem ser utilizadas para interagir com o sistema operacional.
Estas são algumas ações e os resultados já começam a aparecer na forma de projetos que se beneficiam desses programas que são estruturados e bem documentados.
Na suíte Office a Microsoft está adotando um formato de arquivos abertos, plenamente documentados, submetidos a uma entidade internacional (ECMA) e com licença de todas as patentes. Aplicativos livres como o Gnumeric já estão suportando este formato. Na sua opinião, isto não é o suficiente?
Ou talvez essa seja a vantagem (para a M$):
fazer o cara se cansar com a baixa performance proporcionada pela virtualização e mandar o Linux às favas de vez. "Esse Lixux não presta!"
Sobre aquele lance todo de pedir para o "macaquinho corporativo", se bem lembro do revolution OS, da vez responder perguntas temo dizer que pouco prestariam atenção na minha pessoa. Para você, Augusto, é simples pois mantém "'A página sobre software livre mais procurada no Brasil', segundo a Revista Isto É.". Para mim é terrivelmente difícil, pois sou apenas um usuário de Software Livre reclamão que mantém um blog meia boca e um projeto paralizado. O que será que eu poderia fazer sobre isso?
Você imagina que o bambambam de interoperabilidade da Microsoft lá nos EUA já ouviu falar de mim ou do BR-Linux? Certamente não, mas eu procurei um canal pra mandar perguntas pra ele mesmo assim. O pior que vai acontecer é ele não responder...
ao mesmo tempo em que cobra e critica iniciativas dos outros, não é o melhor que você pode fazer. Se você quer ter essa postura de "reclamão que mantém um blog meia boca e um projeto paralizado", mantenha (de preferência reclamando em outra freguesia, porque aqui já está bem repetitivo), mas isso não impede que você tente fazer algo em prol dos objetivos que você espera que os outros defendam por você.
espero que as perguntas que você ia mandar pra FSFLA e aqueles comentários sobre a palestra do Stallman que você ia publicar estejam indo bem.
Ah, e o Drupal colocou sua resposta certinho no local em que você clicou - e o log do Apache comprova.
A gente aprendeu muita coisa lendo os comentários aqui no forum, e uma delas é que virtualização não parece ser tão popular ainda no mundo livre quanto já é no mundo Microsoft. Mas sem dúvida com o Xen sendo agora padrão no Fedora Core 5 e em outras distribuições isso vai mudar.
Na sua opinião, isto não é o suficiente?