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Receita suspende compra de R$ 40 milhões em MS Office a pedido do MPF


“O órgão suspendeu o pregão para compra de quase R$ 40 milhões. Ministério Público Federal quer uso de softwares livres.

A Receita Federal suspendeu uma licitação para a aquisição de um lote de softwares do programa Office 2007, da Microsoft, orçado em R$ 40,9 milhões até que o Tribunal de Contas da União (TCU) finalize o processo de exame do pregão. A informação é do Ministério Público Federal, que recomendou a suspensão da compra.

A apuração do MPF sobre o pregão começou após uma denúncia anônima, em que um cidadão questionava “a utilidade e a economicidade” do pregão. A Coordenadoria de Informática do MPF-SP foi consultada e deu um parecer técnico no qual afirmou que a Receita pode abrir mão da compra em troca de softwares livres com as mesmas características.

A Receita Federal estava com o edital suspenso desde agosto de 2007, mas pretendia divulgar um novo edital conforme documentos apresentados em 27 de novembro ao TCU, segundo o MPF.

Outro ponto levantado pelo MPF é que o pregão da Receita para a compra de software de código fechado contraria recomendação do governo federal para a adoção de softwares livres.”


Enviado por sharles (sharles·saΘgmail·com) - referência (g1.globo.com)..

Comentários dos leitores

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Comentário de Barna Nabex
link no MPF/SP: O press release do MPF/SP pode ser lido em http://producao.prsp.mpf.gov.br/news/internews/news_inter_conteudo.php?var_id=6274 e a avaliação corrente do TCU no processo de apuração de denúncia contra o edital está disponível em http://ufa.eng.br/TC022.814.2007.3-1.pdf. São apenas 17 páginas onde se desmonta ponto a ponto a "justificativa" da RFB para aquisição das licenças. Vale ler.

Comentário de Barna Nabex
link no MPF/SP: O press release do MPF/SP pode ser lido em http://producao.prsp.mpf.gov.br/news/internews/news_inter_conteudo.php?var_id=6274 e a avaliação corrente do TCU no processo de apuração de denúncia contra o edital está disponível em http://ufa.eng.br/TC022.814.2007.3-1.pdf. São apenas 17 páginas onde se desmonta ponto a ponto a "justificativa" da RFB para aquisição das licenças. Vale ler.

Comentário de danieldemoraisgurgel
Preguiça...: de ler o edital todo... mas nao foi colocado a justificativa de um software que seguisse algum padrao?
Comentário de InFog
Eu li, meio por cima, o: Eu li, meio por cima, o documento. Nele são contrariadas as razões para comprar o MS Office 2007. Primeiro, não está provado que o MS Office 2000, atualmente em uso, precisa ser substituído, e mesmo que precise não conseguiram mostrar o motivo de atualizar para o MS Office 2007... Tentaram dizer que isso seria para que os treinamentos já realizados não fossem perdidos, para manter a cultura de trabalho, porém, entretanto, todavia será necessário realizar um novo treinamento para o MS Office 2007, ou seja o valor seria acrescido ainda do valor do treinamento, enquanto no BrOffice seria apenas o valor do treinamento. Disseram também que o BrOffice não consegue abrir documentos importantes, mas não conseguiram dizer quais documentos são esses. Disseram que o MS Office passa segurança, estabilidade e confiança, enquanto produtos "genéricos" como o BrOffice passa insegurança, falta de estabilidade e desconfiança. Disseram que a MS Continuará sempre investindo para atualizar seus produtos, até usaram um lema do Bill Gates, "mantenha seu produto defasado", ou algo assim, dizendo que sempre há inovação por parte da MS, mas é claro que esse argumento teve uma resposta dizendo que esse não é um bom investimento já que estará defasado em algum tempo...
Uma coisa muito legal que defendem é que o dinheiro que seria utilizado para a compra das licenças pode ser utilizado para:

  • Contratar faculdades para converter os tais arquivos importantes

  • Desenvolver plugins para conversão de arquivos


Enfim, para melhorar o BrOffice que continuará livre independente das novas funcionalidades.

O texto diz mais ou menos isso, é uma boa defesa para o BrOffice.

InFog
Just Be Free
Comentário de Manoel Pinho
Melou a maracutaia: É isso aí ! Deveriam dar uma medalha para esse anônimo que denunciou a maracutaia. Queriam comprar quase 33% a mais de licenças de M$ Office 2007 do que o número de computadores da própria Receita ! E a exigência da empresa ser um M$ Gold Ultra Super Hiper Partner está me cheirando a direcionamento para uma TBA da vida...

O pior de tudo é comprar justamente essa versão de M$ Office, que é bem diferente das anteriores. Além de exigir uma adaptação do usuário maior do que o próprio Openoffice, ainda usa o formato de arquivos (OOXML), o que geraria milhões de arquivos armazenados em um formato não totalmente documentado e que sequer tem uma implementação livre para abri-los.

Espero que isso sirva de lição para os órgãos governamentais que se julgam autônomos só porque têm mais dinheiro que os outros, especialmente dos Poderes Judiciário e Legislativo, que fazem compras faraônicas e muitas vezes desnecessárias de softwares e materiais de informática.

Comentário de MuriloR
Eu so queria que: Eu so queria que suspendessem a compra também na CEF, porque os documentos da caixa são todos cheios de macros próprias para o M$ Office.

"O Vista representa uma melhora significativa de segurança sobre o XP, mas apesar de tudo, ainda é Windows."
Comentário de brunofb
Não precisa comprar office 2007 rs: Em primeiro lugar creio que não seja essa fortuna toda pelas licenças do Office 2007.
Provavelmente algum politico irá meter a mão em alguma parte da bolada a ser paga pelas licenças.

Segundo lugar qualquer um que tenha office 2000 ou Office 2003 pode baixar uma atualização de compatibilidade com o Office 2007 eu baixei essa atualização e abro qualquer arquivo(word , Excel e Power Point) que me enviem do Office 2007.
Então necessariamente não preciso comprar office 2007 , quer dizer a empresa que trabalho.

Terceiro lugar a desculpa de que certos arquivos não podem ser abertos no BrOffice tem uma certa verdade.
Aquelas planilhas com calculos e funçoes em Basic , as famosas macros.
Dependendo do nivel das macros o BrOffice realmente não consegue executar essas macros.
Não sei agora com essa ultima versão , não testei isso ainda.
mas mesmo assim essa desculpa pode ser contornada afinal tem muito funcionario publico que fica atoa rs Então esses funcionario que ficam "atoa" poderiam refazer essas planilhas com as macros no Broffice.

Um outro item que lembrei aqui é o pessoal do Paraná que fez o formato odf ser o padrão lá.
Eles começaram , quem sabe o resto do Brasil não faça o mesmo.



Liberdade é conquistada e não imposta.
Comentário de Iuri Brasil
Cidadão exemplar: Seja quem for que tenha feito a denuncia, nós VERDADEIROS Brasileiros cedentos por justiça e honestidade agradecemos... Forte Abraço
Comentário de jalms
Trabalho na Receita: e posso dizer o seguinte: eu sou software livre desde criancinha, apoio muito o uso e acho que de modo geral não se justifica a compra de milhares de licença de Office. Porém, tenho que ponderar o seguinte: para os casos que se precisa de um banco de dados local, para fazer querys, pesquisas, etc, o Access 97 é imbatível e dá um banho em recursos usados (fora as firulas), comparado ao limitado OpenOffice Base. E um órgão como a Receita, que faz uma série de batimentos e cruzamentos, não pode dispensar isso. E outra coisa, não sei o que acontece, mas a última versão do OpenOffice é leeeeeeenta demais, e olha que todas as máquinas aqui tem 512 de ram e processador novinho. Não sei pq isso.
abs

Comentário de EmanuelSan
Banquinhos Access: Na empresa onde trabalho, que usa tanto Oracle, quanto MS-SQLserver. Esses banquinhos Access são problema e são combatidos pelo DBAs, tanto quanto informações nas máquinas dos usuários (pois devem estar nos servidores), compartilhamentos (se não há informação local não precisa de compartilhamentos, que são encarados como brecha na segurança).

Sugestão: usar alguns servidores de BD (de preferência com PostGresQL/Linux para economizar os bancos com aplicações corporativas) com políticas mais brandas para usuários poderem administrar, de forma que eles mesmos criem as tabelas.

Talvez assim o Base fique mais rápido, fazendo as consultas num servidor.


Comentário de joaoemanuel1981
PostGresQL/Linux?: PostGresQL/Linux?

No dia que isso acontecer serei uma pessoa feliz. Isso não acontecerá, pois a RFB usa Windows e dificilmente irá para Linux ou BSD.

Também você se esquece de programas como Notes, Tivoli e outros que foram comprados para o ambiente Windows.
Comentário de Manoel Pinho
Postgresql win32: Mas essa desculpa não cola há muito tempo porque o Postgresql também roda no windows. Baixe em

http://www.postgresql.org/ftp/binary/v8.2.6/win32/

A IBM também está portando (ou já portou, não tenho certeza se saiu a versão final) o Lotus Notes para linux também...
Comentário de Zaratustra
Ponderação: Pessoa,


Vc não levou em conta que essa atualização é só pra PF, neh??

Mais uma vez: nem sempre é maracutaia (pode até ser), mas é a própria lógica dos usuários que impera... para trocar um pacote office não é só instalar e dar treinamento que tudo continua igual!! Além do treinamento, há de calcular a perda de produtividade inicial que vai desde o aprendizado natural até a resistencia de uns e outros (coisa tbm natural).

Não podemos julgar sem saber a situação das licenças do 2003/2000 no orgão! Se expirou, é natural que eles escolham de um fornecedor conhecido e costumeiro!

Eu acho que eles deviam ter apresentado uma estimativa de gastos e implicações para outras soluções. Mas isso é uma questão de hábito e o anônimo + o MPF fizeram muito bem os papéis!

Comentário de EmanuelSan
Não perca a esperança: Cara eu já entrei em muita empresa com esse tipo de conformismo. O negócio é quebrar a resistência apresentando algo que funcione.

Quanto a idéia para tentar acelerar o Base... a sugestão do Linux com PostGresQL era apenas para poupar os servidores de produção corporativos, afinal essas licenças Oracle (e MS SQLserver) são muito caras R$100.000 para cima, daí colocar um outro servidor (ou estressar o de produção atual) com informações de usuários usando uma licença destas não vale à pena, mas minha sugestão inicial não tinha nada haver com o fornecedor do BD, vc pode usar qq um.

Vc tb pode colocar o PostGresQL em Windows também (como diz o outro post) e mesmo colocá-lo na máquina do usuário, embora isso não agrade os DBAs e o pessoal da segurança da informação.

Quanto aos aplicativos: Notes têm cliente Linux e roda em AIX também. Tivoli roda em servidores Unix também, embora seja para administrar os computadores com windows. No Linux basta um ssh para administrá-lo. Que tal atualizar os firefox de todos os Linux?


for maquina in maq01 maq02 ...... ; do
ssh maq01 sudo yum -y update firefox
done




Comentário de brunofb
A atualização vale pra: A atualização vale pra qualquer office 2000 ou 2003.
No site da Microsoft explica e não tem nenhuma restrição de instalação.

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