PSL Brasil - Comitê quer normatizar o uso do software livre e adotar padrão ODF nos documentos oficiais
Reunião do Comitê de Implementação do Software Livre decidiu 'recomendar' à cúpula do Governo Eletrônico, que crie uma norma que obrigue aos órgãos do governo migrar para o software livre. Decreto que obrigava a adoção de sistemas de código aberto já foi tema de discussão interna e acabou gerando a demissão de Sérgio Amadeu no Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Comitê também quer que o padrão ODF (Open Document Format) seja adotado nos documentos oficiais do governo.
A política de uso do software livre chegou a um impasse dentro do governo. Depois de ser tratada como um dogma religioso, sem levar em conta aspectos técnicos inerentes à migração da plataforma proprietária para a de código aberto, agora os defensores do software livre compreenderam que todo o trabalho que fizeram estará comprometido, no futuro, caso até lá não definam algumas normas e padrões que assegurem a interoperabilidade e a própria sustentabilidade dessa política. Veja o texto completo em PSL Brasil - Comitê quer normatizar o uso do software livre e adotar padrão ODF nos documentos oficiais.
Mais um trecho: “Ricardo Bimbo, da Cobra Tecnologia, ao coordenar a reunião, lembrou que hoje, quando alguém no governo redige um texto oficial pelo Word, da Microsoft, não sabe que, por questões contratuais, acabou transferindo a autoria deste conteúdo para a dona da licença, no caso: A multinacional.
Adotar o padrão ODF, como no resto do mundo, embora reforce a política de uso de software livre dentro do governo e obrigue os fornecedores, sobretudo os de banco de dados, a se mexerem nesta direção - se quiserem manter bons contratos com o governo - não resolverá nada, se dentro do próprio governo a plataforma livre não tiver "força de lei".
Desde à época do então presidente do ITI, Sérgio Amadeu da Silveira, os defensores do software livre aguardam pela edição de um decreto que tornaria a utilização dos programas de codigo aberto obrigatório dentro do governo. Este decreto acabou não saindo, por divergências de opiniões entre a SLTI e o ITI. Isso, inclusive, teria contribuído para Amadeu tomar a decisão de deixar o governo.
O assunto voltou ontem com força dentro do governo, após a decisão de Comitê de Implementação do Software Livre decidir encaminhar à cúpula do Governo Eletrônico uma "recomendação" para a normatização. Não será tarefa fácil, pois a SLTI durante o evento mostrou-se mais uma vez refratária ao assunto. ”
(postado por Augusto Campos)
Comentários dos leitores
Comentário de Dm7
27/07/06 0:25 - usuário registrado #2071
Com opções livres e de: Com opções livres e de qualidade, parece ser uma questão de bom senso adotar o padrão ODF. Agora independente de quem fizer o próximo governo, o que não se pode é destruir o que já foi feito. Aliás, deveria haver uma lei contra isso. Pensando bem, com a internet... sou mais uma participação ativa de todos os brasileiros... imagine você poder entrar no site do congresso, e você mesmo vetar os absurdos que esses deputados e senadores votam... (incluindo o seu próprio aumento de salários e outras sacanagens bem disfarçadas)... e pense bem: por quê não???
Comentário de Dm7
27/07/06 0:26 - usuário registrado #2071
Eu não acho que se você: Eu não acho que se você cortar um bife com a faca da marca Mundial vai tornar o bife propriedade dessa empresa... sei lá, isso parece politicagem barata!
Comentário de Bruno Laturner
27/07/06 0:42 - usuário registrado #4102
Também fiquei muito curioso: Também fiquei muito curioso pra saber em que parte do contrato de licença do Word que diz isso.
Falando assim, sem provar, parece até que está usando FUD contra a empresa.
Contratos nunca estão acima da lei.
----------------
CTRL+C, CTRL+V: A melhor ferramenta de programação criada pelo homem.
AjudaLinux Wiki
Falando assim, sem provar, parece até que está usando FUD contra a empresa.
Contratos nunca estão acima da lei.
----------------
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Comentário de CWagner
27/07/06 7:21 - usuário registrado #49
O problema (um dos na: O problema (um dos na verdade) é que apenas uma percela muito pequena da população tem acesso a computadores e Internet. Votariam apenas os que têm acesso, que não precisam tanto da assistência do governo, os ricos e pessoas da classe média que contam com serviços particulares de qualidade. Os pobres, que moram no interior do país, miseráveis, analfabetos, etc, não teriam a mínima chance de votar em coisas como educação, saneamento básico e saúde. E quem garante que haveria lisura numa votação dessas?
Acho que brasileiro tem que aprender a votar. Muitos ainda acham que votação é competição e se recusam a votar "em quem vai perder" sem sequer saberem das propostas e planos de governo de todos os canditados, votam em quem aparece mais na mídia, quem tem cara bonitinha, o mais simpático, etc...
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Não deixe de assistir a este documentário sobre os poderes da Rede Globo, produzido pela BBC de Londres.
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/08/260618.shtml
Assista e divulgue
Acho que brasileiro tem que aprender a votar. Muitos ainda acham que votação é competição e se recusam a votar "em quem vai perder" sem sequer saberem das propostas e planos de governo de todos os canditados, votam em quem aparece mais na mídia, quem tem cara bonitinha, o mais simpático, etc...
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Carlos Wagner - São Luís / MA
Não deixe de assistir a este documentário sobre os poderes da Rede Globo, produzido pela BBC de Londres.
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/08/260618.shtml
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Comentário de Dm7
27/07/06 13:33 - usuário registrado #2071
Ora, da mesma forma que essa: Ora, da mesma forma que essa população é obrigada a comparecer perante as urnas, não parece que seja tão impossível para o Governo criar "centros" específicos para isso. Sobre a lisura... tudo bem, esse é um argumento válido. Mas tão pouco posso acreditar na lisura do atual sistema. O que acho ser possível agora, é que há tecnologia para que a população dê o seu recado diretamente, coisa que antigamente não era possível. Talvez daí a necessidade do passado de eleger certos representantes específicos.
Isso é sério? Quero dizer... todos sabemos das artimanhas da M$, mas chegar a esse ponto é demais.
Onde está a cláusula da licença do M$Office que diz isso?
Quer dizer que tudo que foi publicado por professores das faculdades públicas é da M$, isso sem falar de documentos oficiais, e otras cositas mas?
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Não deixe de assistir a este documentário sobre os poderes da Rede Globo, produzido pela BBC de Londres.
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/08/260618.shtml
Assista e divu