“A Oracle lançou na quinta-feira o seu Unbreakable Linux, na tentativa de dar o abraço da morte na Red Hat, ao essencialmente (e assumidamente) clonar o Red Hat Enterprise Linux e redistribui-lo com outro nome, oferecendo sua própria garantia, suporte e serviços por preços mais baixos que os da Red Hat. A Red Hat não tardou a divulgar sua resposta apontando que o discurso da Oracle era bastante retumbante, mas lhe faltava substância. Analistas de mercado também não tardaram a ver na iniciativa da Oracle a presença de um recado claro: ao comprar a JBoss recentemente, a Red Hat passou a ser concorrente direta da empresa de Larry Ellison - e ele não gostou disso.
Mas agora começam a surgir os primeiros relatos de usuários que experimentaram o produto. E não são nada favoráveis à qualidade do trabalho executado pela Oracle: ausência de serviços e de softwares essenciais, incompatibilidade binária (o kernel do Unbreakable Linux não é exatamente o mesmo que o do RHEL) e ausência de atualizações lançadas pela Red Hat. O autor da primeira análise compara o Unbreakable ao CentOS, que também é um reempacotamento do RHEL (mas sem o valor agregado pelo suporte da Red Hat ou da Oracle), e em termos de produto o CentOS sai ganhando.
E a análise da CNet complementa lembrando que, conforme a fumaça se dissipa, mais gente vai percebendo que a Oracle ainda tem muito a provar.
Eles entraram em contato com os responsáveis pelos sistemas operacionais que rodam na Cisco (que administram mais de 5.000 máquinas com RHEL), e souberam que eles não se arriscariam a instalar uma atualização do RHEL feita pela Oracle, pela preocupação com depois ter de lidar com incompatibilidade binária (incluindo versões diferentes de bibliotecas, do kernel ou mesmo de utilitários). Outras opiniões mencionadas no mesmo artigo - incluindo até mesmo as dos desenvolvedores do CentOS, que naturalmente entendem do assunto - também apontam o problema da compatibilidade binária, das certificações e do risco de o Unbreakable Linux deixar de ser um clone do RHEL e passar a ser um fork.
A Oracle certamente tem recursos para resolver tudo isso, mas será que ela quer? E se quer, será que ela saberá? Vamos aguardar a resposta.”
não seria
"A Red Hat não tardou a divulgar sua resposta apontando que o discurso da Oracle era bastante retumbante, mas lhe faltava substância"?