O OpenBSD 4.1 foi
lançado no início desta semana, e o ONLamp publicou uma entrevista com uma série de desenvolvedores deste sistema, discutindo alguns dos novos recursos de rede, esforços ativos de adaptar o sistema a arquiteturas adicionais (landisk e UltraSPARC III), trabalhos relativos a multiprocessamento e as melhorias no combate ao spam.
Fundado em 1995, o OpenBSD mantém um ciclo regular de novas versões lançadas a cada 6 meses. Segundo estatísticas coletadas pelo projeto BSD Certification, trata-se da segunda variante do BSD mais usada (à frente do NetBSD, e atrás apenas do FreeBSD).
O projeto é reconhecido pela insistência de seus desenvolvedores em qualidade na documentação e código aberto, posições firmes quanto a questões de licenciamento, e foco na segurança do código. O projeto é um dos raros sistemas operacionais livres a manter uma rotina permanente de auditoria de segurança do código de todos os softwares livres distribuídos por ele, e por isto o OpenBSD ostenta a marca de ter tido apenas 2 falhas de software exploráveis remotamente, em mais de 10 anos de existência.
Quanto às licenças, o OpenBSD manifesta a intenção de preservar o espírito do licenciamento original do código desenvolvido em Berkeley (o qual deu
origem a todos os BSDs, e desempenhou papel importante da gênese dos demais Unix e clones livres, e também de diversos softwares proprietários relacionados), e por isto prefere a licença do Internet Systems Consortium (versão simplificada da licença BSD original), a própria licença BSD e a licença do MIT. As licenças adotadas pelo OpenBSD são reconhecidas como livres e de código aberto pelas respectivas entidades responsáveis.
O projeto OpenBSD também mantém e fomenta uma série de outros projetos de software, como o onipresente OpenSSH, o filtro de pacotes pf (alternativa ao IPFilter, cuja licença havia recebido restrições adicionais, de forma similar ao que ocorreu na origem do OpenSSH), OpenBGPD, OpenOSPFD, OpenNTPD, OpenCVS.
Saiba mais (onlamp.com).