“Quando um novo software ou sistema é lançado, normalmente os interessados procuram saber quais são os diferenciais que eles oferecem. E normalmente tais diferenciais surgem para atender necessidades específicas. Mas se o inverso ocorrer? Ou seja, se necessitarmos de procurar um software, um sistema ou uma solução para atender a uma determinada necessidade?
O fato de nos identificarmos com uma determina distribuição ou ambiente gráfico não nos impede de conhecer as demais opções existentes. Assim, poderemos realizar indicações mais precisas a quem nos solicitar uma opinião pessoal. Um exemplo clássico está no caso das distribuições: é comum encontrarmos um usuário de uma determinada distribuição, que por sua vez, indica outras distribuições para interessados com perfis diferenciados. E isto acontece devido a riqueza de recursos e variedade de opções das principais distribuições. Mas com os ambientes gráficos, a coisa tem sido um pouco diferente...
Para começar e, evitando questionar os tradicionais flames, temos para os sistemas GNU/Linux, "apenas" dois grandes ambientes desktops: o KDE e o GNOME. Digo isto porque eles são utilizados por mais de 80% dos usuários. E ambos têm como objetivo tornar o uso do desktop uma experiência agradável e prazeiroza. Mas cadê os diferenciais?
O KDE é na atualidade o ambiente gráfico mais poderoso por ser rico em recursos e funcionalidades, se partirmos do princípio que o seu "rival" tem como lema "menos é mais". Já o GNOME se concentra em manter apenas as funcionalidades essenciais, pois o objetivo é de garantir a seus usuários uma excelente performance em termos de usabilidade (e consequentemente, produtividade). Que interessante! Temos respectivamente um ambiente gráfico poderoso em recursos e outro com excelente usabilidade! E onde iremos aplicá-los?
Geralmente os PCs dedicados aos usuários finais são largamente utilizados em casa e nas estações de trabalho. E para cada situação, existem determinados requerimentos que devems atenciosamente observados. Por exemplo, numa estação de trabalho, a rapidez na execução das atividades e a boa produtividade de modo geral é essencial. Já num ambiente doméstico, o atendimento das necessidades pessoais de cada indivíduo, além da diversão e do entretenimento são fundamentais. Enfim, acredito que já devem ter entendido onde quero chegar. E sem demoras, deixarei minha opinião pessoal.
Dada as particularidades do KDE, me parece mais sensato utilizá-lo em ambientes domésticos para o uso e entretenimento destes usuários. As vantagens de sua adoção neste segmento estariam na riqueza de recursos, funcionalidades e uma grande flexibilidade para customizações, além da existência de uma diversidade de ferramentas para as mais variadas necessidade. Ele possui também um painel de controle centralizado, intuitivo e fácil de usar. Sem contar ainda que boa parte das melhores aplicações multimídia, (AmaroK, K3b, Kaffeine, entre outros) são desenvolvidos especialmente para serem integradas ao KDE.
Já o GNOME, com a sua interface limpa e sua incessante busca pela simplicidade, me parece ser a opção ideal para as estações de trabalho. O fato de disponibilizar apenas os recursos essenciais o torna mais atrativo para aqueles que usam apenas as aplicações básicas no trabalho do dia-a-dia. E por falar em aplicativos, eis sua outra grande vantagem: os principais softwares existente (BrOffice.org, Firefox, Thunderbird, GIMP, entre outros) foram desenvolvidos com o uso da biblioteca gráfica GTK+; portanto, poderemos esperar com ele um desktop melhor integrado, embora tais projetos sejam independentes do ambiente gráfico em uso.
O inverso também poderia ser feito? O uso do GNOME em PCs domésticos e do KDE em estações de trabalho seria válido? Acredito que sim e perfeitamente, sem complicações! Tanto o KDE quanto o GNOME também provêm soluções para as respectivas necessidades. Embora tenham conceitos diferenciados, ambos foram destinados para reinarem nos desktops em geral. Pois afinal de contas, "para cada caso, há uma solução!"
Ah, antes que eu me esqueça: flamers, se comportem! &;-D”
Comparações na vida são inevitáveis. Graças à ela é que nós nos "situamos" no mundo. E você vai me dizer que nunca fez comparações?