Confirmando o
anunciado em outubro do ano passado pelo criador da distribuição, o Slackware Linux vai deixar de incluir binários do ambiente gráfico GNOME. Escreve Gabriel Araujo (gabriel@macacos.org): “
Saiu na Slashdot que Patrick Volkerding, criador do Slackware, optou por retirar o GNOME dos pacotes oficiais da distribuição com o argumento que se gasta muito tempo para empacotá-lo.” O Slashdot inclui um trecho do
changelog em que o autor da distribuição explica mais uma vez que a sua opção não reflete um juízo de valor sobre o GNOME como ambiente gráfico (uma “
escolha decente de Desktop”, nas palavras dele), mas apenas que ele dá mais trabalho para empacotar a partir dos pacotes originais do que alguns outros como o KDE ou o Xfce.
No anúncio original sobre o assunto, Patrick Volkerding havia informado que o Gnome toma um terço do tempo gasto no desenvolvimento do Slackware, e é responsável pela maioria dos bugs. Ele contrasta: para compilar o KDE basta geralmente usar os scripts de sempre, é só colocar pra rodar e depois de algumas horas os pacotes estão lá prontos. Já para o Gnome, seria necessário uma semana de trabalho manual, e depois mais uma semana tirando coisas que não funcionam. Naturalmente, usuários de Slackware que apreciam o GNOME têm alternativas comoo Dropline e o
GSB.
O Gnome é uma interface muito boa, mas são dezenas de pacotes para se dar manutenção. Por que eles não simplificam a vida? Enquanto no KDE você precisa apenas de dois pacotes para o básico (o KDE-base e KDE-libs, fora as dependencias qt e arts) no gnome são necessáros mais de 30 pacotes para a instalação básica. Veja: http://www.linuxfromscratch.org/blfs/view/svn/gnome/gnome.html