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Leitores do BR-Linux na Veja: "Crítica Elegante e Informativa" - obrigado e parabéns a todos!

Pelo visto, a campanha do BR-Linux para que os leitores escrevessem mensagens para a redação da Veja esclarecendo que software livre e política governamental de software são coisas distintas deu resultado: o Alex Hubner (alexΘcfgigolo·com), nosso colega do site CFGIGOLO, enviou o recado e uma imagem da revista impressa, mostrando que a carta redigida pelo BR-Linux e enviada por muitos de vocês à redação acabou sendo publicada com destaque, e acompanhada de elogios. O destaque é especialmente importante, porque aumenta a chance de ser lido por pessoas que normalmente "pulam" a seção de cartas, mas assim terão alguma chance de ver o software livre ser tratado de uma forma bem diferente do que ocorreu há 15 dias na mesma revista. Parabéns a todos que participaram deste processo, e obrigado!

Resta torcer para que a SLTI envie também aquelas prometidas respostas às questões que nos permitirão ir além de apenas defender o software livre, e passar a responder diretamente cada uma das acusações lançadas pela revista ao seu uso no governo - bem como para que as ações dos articuladores políticos da comunidade com relação a este tema surjam logo, juntamente com seu efeito.

Veja abaixo a reprodução da revista enviada pelo Alex (clique para ver a imagem no tamanho original).



O ALex escreveu: Achei interessante a Veja publicar (com destaque dentro da seção cartas e duas edições depois da veiculação da matéria). Mostra para muita gente que algumas coisas, quando tratadas de forma sensata e profissional podem sim ter algum retorno, a despeito do que se acredita. E quantas pessoas eu não vi dizendo que a Veja não iria publicar nada. Estes (como sempre) não sabem dialogar, só sabem jogar pedras. Parabéns pela repercussão, mesmo que tardia. Pontos para o BR-Linux!.

O original da nota segue abaixo:


VEJA recebe muita correspondência com pedidos de correção e complementação de reportagens. Algumas vezes, são apenas queixas. Em outras, acrescentam-se argumentos e informações. Foi o caso de muitas cartas suscitadas pela reportagem 'O grátis saiu mais caro' (17 de maio), em que VEJA criticou a opção do governo pela insistência no uso do chamado 'software livre' nos serviços digitais que presta ao cidadão. A reportagem provocou reações de usuários e promotores desses programas de computador baseados em códigos que podem ser modificados à vontade e não têm proteção de patentes. Reproduzimos aqui uma carta, que circulou como uma corrente pela internet, por sua crítica elegante e informativa às posições de VEJA: 'O software livre é um modelo de desenvolvimento colaborativo em franco crescimento em todo o mundo, sendo inclusive responsável pela maior parte da infra-estrutura da WWW (o popular servidor livre Apache e o interpretador livre PHP são enco ntrados até mesmo na infra-estrutura do website de VEJA), e vem sendo encontrado em escala cada vez maior nos computadores dos usuários domésticos, com aplicativos de popularidade ascendente, como o OpenOffice e o navegador Firefox. Não posso responder pela política de software do governo federal (...), mas gostaria de registrar meu descontentamento pela maneira como os dois assuntos foram misturados, o que acabou refletindo de forma extremamente negativa sobre um movimento mundial que é, por natureza, independente de ideologias externas ou de correntes partidárias'


A nota foi enviada por Alex Hubner (alexΘcfgigolo·com), que acrescentou este link da fonte para maiores detalhes.

Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de MnB Linuxer
=D: Que bom que as coisas foram esclarecidas..
[]'s
Comentário de Rildo Ranieri Romão Rolim
Já diziam os otimistas...: http://br-linux.org/noticias/001934.html
Comentário de Dm7
Nada como colocar os pingos: Nada como colocar os pingos nos is!
Comentário de curioso
Alfinetada discreta (ou não?): "Será que é tão difícil enxergar o óbvio? Aparentemente sim (para alguns). O mundo é heterogêneo, ninguém tem a resposta para todos os problemas, e é da diversidade que se tira as melhores soluções."
Comentário de David
Parabéns!: Parabéns a todos que escreveram!
E um parabéns especial a você, Augusto!

O episódio nos dá grandes lições.

Uma delas é que é preciso existir pessoas que estejam prontas a responder aquele tipo de crítica, sem muita demora. Com um discurso unificado. A idéia de alguém que fale em nome de todos é complicada, mas o evento mostra a necessidade de um "relações públicas" da comunidade.

Outra lição é que a educação, o diálogo, a cortesia e o bom-senso deve prevalecer nas relações entre os núcleos de poder. A comunidade do software livre é um deles. Os governos (federal, estadual, municipal), o "mercado", as empresas, as universidades, são outros núcleos de poder. Os usuários leigos, de certa forma, formam um núcleo de poder. E um dos mais importantes núcleos de poder é a imprensa.
Ou seja, tratar mal a Veja ou a Microsoft não nos favorece em nada. Pessoalmente eu abomino as duas, mas pragmaticamente, pensando na causa, precisamos manter o dialógo aberto, sem hostilidade. É aquela coisa de manter seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda.

Abraços.
Comentário de David
Só pra não deixar em branco...: Pra não guardar isso pra mim, dois detalhes que não gostei no texto deles:

1) A definição de software livre como: "programas de computador baseados em códigos que podem ser modificados à vontade e não têm proteção de patentes".
Claramente o autor não sabe o que é código-fonte ou
como se faz um programa.

1.1) O "podem ser modificados à vontade" não está errado, mas deixa margem a uma interpretação errada. Você pode modificar "à vontade". Mas se for distribuir o software modificado, ai não é "à vontade", existe uma série de condições, como fornecer o código-fonte, etc.
1.2) Até onde eu sei, não existem patentes de software no Brasil. Assim, nem os software proprietários "têm proteção de patentes". O que existe é o Copyright, os Direitos Autorais, que é outra coisa (que inclusive podem estar presentes no Software Livre sem problemas). Patente é patente, Copyright é Copyright. É óbvio que quem escreveu também não entende nada sobre esse assunto.

Assim, poderia ter sido utilizada uma definição mais "correta" e "oficial", com expressões mais adequadas.

Ao dizer "Software Livre" para um público que não sabe o que isso é, e explicar o termo com uma definição dessas, além de demonstrar total desconhecimento do assunto, "desinforma" o público leigo. Na próxima vez que eles ouvirem falar disso, já vão estar com uma visão viciada. O dano dessa vez não é tão grave quanto no caso da matéria, mas ainda é relevante.

2) Realmente a carta "circulou como uma corrente pela internet". Mas ao colocar dessa maneira, percebe-se uma certa desqualificação da mesma. Porque, na maioria absoluta dos casos, as "correntes" são algo ruim e chato.
Poderia ter sido tido que a carta foi proposta pelo Augusto (brain), ou pelo BR-Linux, e que se espalhou através de listas de discussão e emails pessoais.
O pequeno screenshot demonstra que eles sabem muito bem de onde veio a coisa toda.

Mas estou feliz mesmo assim. Apesar dos pesares, o saldo é positivo, como já comentei acima.

Abraços.
Comentário de bebeto_maya
Dos males o menor!: __Não sei se aboliu o efeito devastador da matéria, pois quem a leu e não leu esta edição ou não reparou na sessão de cartas, ficou com a má impressão...Em todo caso Veja não fez mais que sua obrigação, pois ao vincular PT a Software Livre, errou gravemente...Foi uma mêa-culpa aceitável...

__Contudo é de se admirar que a revista tenha assumido uma posição humilde, coisa rara, de fato.

__Me admirei também pelo Alex...Que desta vez, mostrou uma visão mais holística do assunto. Embora com um certo exagero.

__Acredito que software livre não seja solução para todos os problemas...Mas servidores como Apache, bancos de dados MySQL, sistemas BSD e Linux são mundialmente reconhecidos, e se de fato, houve problemas no uso desses programas, a culpa foi da equipe técnica que não os usou adequadamente, nos locais corretos e de forma idem.
________________________________
Arte com Linux e Software Livre:
http://inteligencianatural.sites.uol.com.br
Comentário de fabiorecife
"crítica elegante e informativa às posições de VEJA": Pode adicionar mais um detalhe:

3) "crítica elegante e informativa às posições de VEJA" - ou seja, eles não se retrataram ( o que ainda podem fazer abordando o assunto em outro artigo no futuro).

A comunidade esta de parabéns por conseguir ser ouvida. Embora a revista perdeu uma oportunidade novamente ao atacar o software livre, conforme os itens 1 e 2.

Na realidade o artigo anterior apenas pesa contra a própria revista demonstrando ser a revista parcional e ignorante. Assim fica a descrença (pelo menos a minha como leitor da Veja) da seriedade de qualquer artigo desta revista.

Ainda me lembro no dia que saiu um artigo da veja dizendo:
"a intel lança o primeiro processador de 32 bits" , dizendo que o itanium era o primeiro processador de 32 bits do mundo.

Agora tenho mais uma.

Comentário de rockixe
Parabens!: Parabens Augusto!
Comentário de Carlos Vitoriano
Alguém sabe o total de: Alguém sabe o total de e-mails enviados a revista?
Comentário de Manoel Pinho
Efeito devastador: Nem me diga sobre esse efeito devastador... Ouvi muitas gracinhas de alguns colegas de trabalho anti-linux, que não perdem essas oportunidades para atacar a nossa política interna de uso intenso de linux e SL nos servidores e desktops. E geralmente são as pessoas com maior grau de escolaridade, que se sentem irracionalmente ameaçadas no seu pseudo-conhecimento de informática adquirido durante anos de uso de softwares proprietários quase sempre piratas.

Publicar na seção de cartas é insuficiente para mim. O ITI deveria exigir judicialmente o direito de resposta nas mesmas páginas em que foi publicado o artigo crítico. E mesmo assim não repara a difamação completamente.

------------------------------
Participe (finalmente inaugurado):

Comunidade de Usuários do Mandriva Linux no Brasil
http://mandrivabrasil.org

Comentário de Renato L. Provazi
Realmente o dano é irreparável...: No meu caso, que possuo uma empresa de informática voltada ao atendimento empresarial, e que estou apostando no Linux e até anunciando no jornal os meus serviços relacionados ao Linux e software livre, foi como um balde de agua fria a matéria publicada, fico imaginando o cliente que tinha interesse em pelo menos se informar mais sobre Linux e depois dessa matéria desistiu, e como nosso amigo disse, o pessoal anti-linux que eu conhesso aproveitou para criticar...me chamaram até de Fam-Boy por defender o SL...

O tempo vai ser o melhor remédio!
Comentário de CWagner
Já dizia a música "Quem: Já dizia a música "Quem sabe faz a hora..."

Cabe a cada um de nós o papel de divulgador do SL.

Nós que acreditamos na filosofia do desenvolvimento livre de sotwares, que temos certeza de que ele pode ser tão ou mesmo melhor que outras formas de criação de programas para computador, temos obrigação de demonstrar e mostrar as vantagens e mesmo as desvantagens de ambos os sistemas.

Não devemos atacar defeitos de sistemas proprietários, pois o que é ruim não dura para sempre, pode apenas aumentar sua vida (pode parecer alg tipo teoria evolucionista, mas não tenho mérito para falar dessa maneira).

No seu caso, seria interessante começar com projetos pequenos e incluí-los em sua "carta" de sucessos, sempre documentando o desenvolvimento das atividades e se possível, destacar a economia gerada pela adoção do SL. Não esquecendo de pontuar os custos com aquisição de distribuições, caso o cliente faça questão de uma cópia original do programa que utiliza, custos com treinamento e os valores das análises para criação/implantação de sistemas de Software Livre em empresas.

Acredito que pequenos comércios, lan-houses, escolas de bairro, cursinhos, micro e pequenas empresas são os melhores locais para se começar a trabalhar com SL. Não desmerecendo ou ignorando os grandes clientes, mas pelo tamanho do problema dos primeiros exemplos, pode-se ter uma idéia de como será uma implantação de sistemas maiores.

Se possível, procure o auxílio do SEBRAE ou SENAC da sua região, eles podem ajudar a procurar clientes em potencial. Às vezes apenas um cataz em um quadro pode ajudar.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA

P.S.: As palavras acima fazem parte da minha visão do assunto e não pretendem ser, de modo algum, a verdade absoluta sobre o mesmo.

Obrigado!
Comentário de Toskinha
Parabéns Augusto! Merecia: Parabéns Augusto! Merecia uma matéria de folha inteira e não apenas destaque na sessão de cartas. Mas sua parte foi muito maior do que se esperava dos que deveriam ter respondido!
E parabéns também a todos que entenderam a intenção e enviaram os mails, chamando a atenção deles para o grande número deles.
Comentário de Cesar.AR
Mas um pensamento me ocorreu...: ... se apenas um pequeno artigo numa revista semanal fez um estrago tão grande, talvez esteja na hora da comunidade repensar formas e atitudes no que diz respeito à divulgação (idológica e/ou tecnológica) do SL.

Cesar Ramina
- LinuxUser#225159 - Debian GNU/Linux
Comentário de maiconfaria
Ummmm entendi!: Bom, como já foi dito, o negócio da veja é atacar o governo doa a quem doer !
Eles estão em campanha, e a carta publicada alfineta o governo, o que entra no interesse deles!
Pra eles, bom e ruim depende de quem fez! Se foi o PT tem que malhar
Se é contra o PT vira elegante e informativo !
Comentário de Alexandre Figueiredo
Esperava mais...: Primeiramente, gostaria de dar os meus parabéns ao Augusto Campos que consegui ser ouvido juntamente com outros da comunidade.

Entretanto, gostaria que nós tivessemos tido um espaço maior. Uma coisa é a Veja escrever a reportagem e outra e nos dar um pequeno espaço como resposta.

Assim como políticos que são "injustiçados" (entenda as aspas como quiser) e tem um direito de reposta que ocupe a mesma quantidade de páginas que foram usadas para acusá-los.

Acredito que se tivessemos espaço, certamente, caberia um artigo de bons casos de estudo que usaram Linux e outros software livre e se deram bem.

Como a própria resposta do Augusto, a migração é um fenomeno/movimento mundial. Voltar a trás seria retrocesso mesmo!

Agora, dizer que o SL é a pedra do calçado nas políticas de tecnologia do Governo é absudo! A política já está detonada com ou sem SL.

O uso de ferramentas livres como Open Office (BROfice), Firefox, MySQL, Apache + PHP (Perl ou Python), entre outros podem sim ajudar a desenvolver a industria de software nacional.

O que o reporter da VEJA não sabe é: O movimento SL fez a tecnologia pensar mais no serviço do que nas ferramentas que são entregues. Empresas que desenvolvem sistemas web, podem usar PHP + MySQL, e cobrar pelo sistema criado e pelo suporte ao mesmo e não pelo middleware fornecido. Há diversas empresas criando sistemas web usando PHP, Python, Java e ganhando com suporte de seus sistemas. Em outras palavras, abrindo novos mercados.

Outra coisa, falha no desenvolvimento não quer dizer que o sistema é ruim. Se os sistemas do SERPRO não foram desenvolvidos com qualidade, não quer dizer que a linguaguem usada ou o sistema operacional utilizado é ruim. Se você entender o sistema, você pode criar algo funcional, sim. Algo que tanto é falado na teoria mais pouco usado na prática é P A D R O N I Z A Ç Ã O! Não há isso nem no processo de desenvolvimento nem na geração do código. Se contrata uma empresa para desenvolver algo, mas não há documentação. Ou, ainda há páginas web do governo que são funcionais apenas no IE4+. E onde entra o ITIL, CMM, W3C?

Parafraseando a VEJA: Porque as informações políticas são levadas mais em consideração do que a técnica?

Se um gerente tamtam dizer que quer um CPD cheio de Windows, ele vai ter, por mais que não haja embasamento técnico.

Isso sim é chato. Quero ver alguem falar isso na VEJA. E não na parte de carta do leitor.

[ ]s
Comentário de Domini Cabecao
Veja ainda não sabe o que é software livre...:
O mais fascinante é que este movimento, esta marcha das multidões contemporâneas globais, um movimento que assume formas variadas, com bandeiras variadas, surgiu da própria sociedade, de indivíduos que se associam em progressão quântica, através de redes próprias, e não das empresas, dos partidos, dos sindicatos, enfim, dos meios tradicionais de representação e de articulação.


Ainda não vi definição melhor do que esta do ministro Gilberto Gil ( http://www.softwarelivre.org/news/6641 ). Esta é para quem ainda acha que o software livre é coisa do PT!
Comentário de Roberto_www
Resposta: A melhor "carta resposta" que eu li foi essa:

http://www.dieblinkenlights.com/artigos/veja_sl_e_lula/html
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