Menos de um mês após
Eric Raymond deixar a presidência da OSI em favor de Russ Nelson com o objetivo de melhor adaptar a organização à nova realidade do código aberto também sendo tema de interesse de governos e grandes corporações, temos uma
nova mudança no ocupante da presidência do grupo. O novo escolhido,
confirmado nesta sexta-feira como presidente interino, é Michael Tiemann.
Tiemann, além de já ser integrante da
diretoria da OSI e mais recentemente seu vice-presidente, foi co-fundador da Cygnus, empresa criada em 1989 (dois anos antes do surgimento do Linux) para dar suporte a soluções de código aberto, foi desenvolvedor e mantenedor do GCC (responsável, entre outras coisas, pela adição do suporte a C++) por longo período, é contribuinte da FSF e EFF e, desde pouco tempo após a aquisição da Cygnus pela Red Hat, foi o CTO e posteriormente o vice-presidente de questões de código aberto da RH. Russ Nelson, que ocupou a presidência da OSI por um período de poucas semanas até pedir para ser substituído em meio a uma controvérsia sobre possíveis opiniões preconceituosas que ele teria proferido, declarou que reconhece ser inadequado para o cargo por não ter as habilidades políticas e interesses necessários.
As notícias sobre a seqüência de trocas de presidente destacam que isto faz parte do processo de adaptação da OSI, que pretende abandonar o papel de ser uma mera avaliadora de licenças (ela verifica se licenças correspondem à
Definição de Open Source e fornece o título de "OSI certified" às aprovadas) para participar ativamente de um processo (ainda não detalhado) de redução do número de licenças livres diferentes adotadas pela comunidade, além de se preocupar com outros aspectos relacionados ao software livre, como a internacionalização, padrões abertos e melhores práticas de software.
Além das mudanças na presidência, outras medidas anunciadas para esta fase de transição são a criação de uma matriz de comparação entre as licenças, para permitir aos desenvolvedores e à comunidade verificar as características comuns entre elas, e a expansão da diretoria, passando de 5 para 9 membros. A notícia da News.com menciona especificamente a
intenção de inclusão na diretoria de um representante de "áreas como o Brasil, que são ativas no software de código aberto". Tiemann declarou que a primeira providência da nova diretoria expandida deverá ser votar em um novo presidente que assuma para um período completo.
Se já não bastasse o Alan Cox no Linux...
Dizem que a Red Hat é a microsoft na comunidade Linux! rsrsrs