Em mais um capítulo da novela do alerta de potencial remoção da bolsa NASDAQ recebido pela SCO, a SCO anunciou a revisão de seus resultados financeiros, que provavelmente levará a empresa a comprar de volta determinadas ações em poder de seus próprios funcionários. O IDG Now tem detalhes. Trechos: “A SCO planeja revisar seus resultados financeiros dos três primeiros trimestres do ano fiscal de 2004 em virtude de erros contábeis, anunciou a empresa na quinta-feira (03/03). O anúncio vem ao mesmo tempo em que a companhia tenta evitar a retirada de seu nome da listagem da bolsa de valores Nasdaq, medida exigida pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) porque a empresa não entregou os resultados do ano de 2004 dentro do prazo. As revisões não vão reverter ou alterar o prejuízo líquido atingido no período, declarou a SCO.”

As notícias relacionadas aos problemas contábeis da SCO deram o ensejo para que a Business Week recapitulasse a história da batalha da SCO contra o Linux, com ênfase para os acontecimentos recentes: o juiz do caso contra a IBM criticando a SCO por não apresentar provas, prejuízos crescentes, demissão de 1/3 da força de trabalho, problemas contábeis e societários, e vários outros temas.

Entre as diversas faces interessantes da guerra da SCO contra o software livre, eis mais uma mudança interessante: um representante da empresa recentemente declarou oficialmente que a SCO nunca repudiou a GPL. É preciso ter alguma coragem para afirmar isto a um juiz, sabendo que sua empresa oferece uma licença proprietária para produtos GPL, além de já declarou publicamente que a GPL pretende destruir o valor do software, que é uma licença inválida e até mesmo que a GPL é inconstitucional nos EUA - e até mandou uma carta a todos os deputados e senadores norte-americanos sobre o assunto.

Com certeza ainda estamos longe de ver o lance final desta partida, mas o site de paródias de notícias BBSpot já antecipa a próxima jogada, afirmando que a SCO considera a possibilidade de processar a si mesma.