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O BR.Office 2.0 é um pacote completo para escritório. E dou início a esta análise não sob uma visão técnica, ou sob um olhar profundo de programador, pois análises como estas com certeza já existem aos montes, até porque este suite é o mais popular dentre os chamados livres, dessa forma minha análise vai se concentrar na visão de usuário, ou seja, em como eu vejo o BrOffice 2.0, ou OpenOffice 2.0 no meu cotidiano. Eu tenho usado com sucesso o BR.Office 2.0 para todas as aplicações de escritório necessárias a um usuário comum e também para algumas aventuras particulares. No início, lá nas primeiras versões, posso dizer que tive alguns problemas com as normas da ABNT, pois quando da digitação de meus trabalhos de faculdade, havia grande incompatibilidade entre os arquivos salvos no formato .doc no BrOffice e os mesmo arquivos salvos no formato proprietário .doc em máquinas com o sistema proprietário hegemônico, porém nesta versão 2.0 posso dizer que o pacote chegou a um estado de maturidade.
Tanto a questão das normas da ABNT, quanto a questão da possível incompatilidade podem ser resolvidas com apenas alguns cliques, então através do Writer é possível realizar qualquer tipo de tarefa de edição de textos, trabalhos e até mesmo manipulação de arquivos em diferentes formatos, inclusive com a comodidade de realizar a exportação dos textos a qualquer momento para o formato PDF. O Impress cumpre seu papel no que se refere a apresentações de forma igual e até mesmo superior que seu concorrente proprietário, inclusive de forma mais rápida sob meu ponto de vista, as telas de configuração para geração das apresentações também são mais atraentes e os assistentes mais consistentes. A ferramenta Draw, embora seja mais simples, me auxilia muito quando preciso inserir esquemas, ou idealizar organogramas e até mesmo diagramas de fluxo de dados, é uma ferramenta simples, com fácil acesso aos ítens realmente pertinentes, além de possuir um visual mais limpo. Já o Math para fórmulas matemáticas é um complemento do pacote, para aqueles que possuem um contato maior com essa área, é uma ferramenta muito útil, e cumpre seu papel. Ele também pode ser usado para gerar bancos de dados através do Base, de forma muito superior e mais consistente que seu concorrente proprietário.
Nesse ponto menciono minha aventura particular, que foi criar um banco de dados com minha coleção de revistas em quadrinhos. Eu nunca tinha trabalhado nem com o sistema proprietário, nem com o Base nesse tipo de aplicação, e tive umas aulas na faculdade com o sistema proprietário, dai nos dias que se seguiram procurei trabalhar no Base a fim de criar um catálogo de minha coleção, foi algo simples, mas que provou a facilidade do uso da ferramenta, e sua consistência, uma vez que mesmo sem ter um conhecimento profundo, consegui lidar com diferentes funções existentes na mesma, possibilitando que meu catálogo fosse criado.
Suas caracteristicas que mais me chamaram a atenção são em geral, a melhora na abertura de arquivos com formatos proprietários, a maior velocidade na primeira vez em que o software é carregado, o visual que realmente está muito mais caprichado e a grande evolução na ferramenta Calc, que se tornou madura, rápida e completa. Posso dizer que não voltaria mais a trabalhar com planilhas na ferramenta proprietária da concorrência, uma vez que o Calc atingiu um estágio em que tudo que a concorrência possui está disponível, além de outras funções que só a comunidade poderia desenvolver.” A resenha foi enviada por Ivan F. Campos.
Parabéns do Br-Linux por incentivar esse tipo de participação da galera...vou analisar o GPhone e mandar uma tb