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OpenOffice.org quer fugir de casa? Ou não! [atualizado]

De acordo com o líder de projeto do OpenOffice.org, Louis Suarez-Potts, a Sun Microsystems deveria abdicar do controle do OpenOffice e doar sua propriedade intelectual para uma fundação de software livre, seguindo o exemplo da Fundação Mozilla, surgindo assim um voluntariado para o melhoramento de seu código-fonte, além da possível captação de recursos externos. Louis também afirma que o projeto anda sofrendo com atritos políticos entre a Sun e a IBM, sendo que a primeira mantém ainda o StarOffice, um "fork" do OpenOffice, indo contra o foco do código aberto pois a comunidade não irá se concentrar ao deparar-se com projetos semelhantes. Com a ajuda da IBM poderíamos ter um aumento de seu uso em ambientes corporativos, redução do tamanho do código e aumento de performance. Ela também apoia o uso do Padrão Aberto de Documentos (ODF), formato utilizado pelo OpenOffice; um documento ODF pode ser aberto em qualquer aplicação que adote o formato. Já existem exemplos do uso do ODF. Empresas de grande porte podem prover consideráveis contribuições para softwares de código-aberto, desde que não sejam propriedade de seus concorrentes. E isso só ocorrerá ao torná-lo um software livre. ” A nota foi enviada por Fausto C. de Siqueira (fausto·siqueiraΘgmail·com) , que enviou este link para mais detalhes.

Atualização: O Fausto enviou o link de uma nota em que a Sun, a IBM e o próprio Louis Suarez-Potts negam as afirmações do artigo da VNUNet, fonte da notícia acima.

Comentários dos leitores

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Comentário de ozp
inverteu?: O StarOffice nao eh da SUN? (nao da IBM)
e o OpenOffice nao eh um fork do StarOffice ?

Pelo q sei antes tinha o StarOffice que foi comprado pela Sun que entao lançou o OpenOffice

Comentário de brain
tem razão: tem razão, editei o texto da notícia agora para corrigir este ponto.
Comentário de leonardo_lopes
O OpenOffice, originalmente,: O OpenOffice, originalmente, é um Fork do StarOffice, mas as versões atuais do StarOffice, tem sido forks do OpenOffice.

"Be realistic, ask for the impossible."
Leonardo Lopes Pereira
Comentário de Jose Pissin (pizza)
Que fork?: Gente não tem fork nenhum, é uso de código mesmo, inclusive foi uma das exigências da SUN na criação do OpenOffice. Fazer um fork seria realmente abandonar o barco da SUN, mas a comunidade e desenvolvedores aguentam o tranco? Olhe bem a lista de desenvolvedores e créditos e analisem a " contribuição" da SUN.
Comentário de marcosalex
StarOffice = OpenOffice+Supor: StarOffice = OpenOffice+Suporte Tecnico da Sun. Não tem nada de fork. É uma forma do software entrar em mercados que precisam de um suporte comercial. E a Sun não coloca nenhuma restrição ao desenvolvimento do OpenOffice, não imagino o motivo de se desligar dela aumentar o número de colaboradores. E outras empresas também contribuem financeiramente, não tendo barreiras legais da Sun contra ninguém.



Haskell developer
Comentário de Ark
Típico fud da IBM: IBM: já não chega querer o java pra si? Agora até o OO?
Comentário de Filipelinux
cara, aqui o que está em jog: cara, aqui o que está em jogo não é querer ou não o OpenOffice para si, a questão é bem mais complexa que isso. Se o OpenOffice abrir o código a IBM poderá entrar com melhorias claras. Entrando com melhorias os seus próprios clientes ficarão mais satisfeitos com os serviços da IBM. Ou seja, os clientes mais satisfeitos iriam continua e também iriam indicar para outros. Claro, a IBM tem um nome muito bom, mas sempre desejando aumentar mais e mais seu mercado. Também tem a questão de custo que seria bem menor para os próprios clientes.

Estes são apenas alguns pontos de vantagem em caso de liberação total. Lógico que existe muito mais coisas, mas esta (ao meu ver) é a principal de todas, o desejo por satisfazer seus clientes e ampliar seu mercado cada vez mais.



Filipe

técnico em eletrônica
Administrador júnior de sistemas Linux
Comentário de Lauro
Não entendi...: "Se o OpenOffice abrir o código"

Que eu saiba o código do OO já é aberto! Estou enganado?

==================================================================

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE!
Comentário de espardo
Não é FUD, é luta por controle: A IBM e a Sun estão lutando por fatias de controle de ferramentas-chave para o mundo corporativo (exemplos como as IDEs Eclipse e Netbeans, e a suíte OO, saltam rapidamente à mente). Acho que o raciocínio delas é o seguinte: criamos alguns softwares livres, contratamos alguns desenvolvedores, fornecemos toda a infraestrutura necessária para que uma comunidade funcione em torno desse software; lançamos versões pagas baseadas nesses softwares e cobramos por suporte; e monitoramos as listas de usuários e colaboradores (voluntários ou não) para saber as reais demandas de mercado para aquele software.

Resumindo, quem tem o controle da comunidade em torno de um software tem o controle sobre os caminhos a serem seguidos por aquele software. E tem como lucrar mais em cima de serviços baseados naquele software também. E ainda há a vantagem de ter beta-testers voluntários, relatórios de bugs detalhados e uma comunidade pronta a defender os interesses do software em questão (e por tabela as empresas que o apóiam) perante os competidores.

Acho que dá pra desenvolver mais o tema e achar furos nessa argumentação, mas não tenho tempo agora. :-)

--
Direito de escolha combina com software livre. (Augusto Campos)
JID: emerson.pardo

Comentário de Ark
Correto: O OO.org já é aberto.
Comentário de nemesis
exatamente como: o venerável Mozilla.

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de lewis
PERFEITO!: Exatamente, é isso que deve ser feito!

O Software Livre e as grandes corporações vivendo de serviços.

Use Debian GNU/Linux!
Lewis.
Comentário de fartec0
sim...: O engine do mozilla, chamado pela equipe de marketing da Netscape de "Gecko", surgiu daquela empresa, depois denominado NGLayout, tem seu código-fonte disponível no site da Mozilla assim como o fonte do Netscape Navigator.
A Mozilla Foundation surgiu de uma divisão da America Online que era dona do Netscape.
Vários forks......
Comentário de WhoIam
Isso, vai pensando que a IBM: Isso, vai pensando que a IBM e a SUN não vão cobrar pelo software, só pelos serviços....
Comentário de GDA
Sempre serviços...: No contexto do Software Livre, todo "software" é, por definição, um _serviço_, e como tal deve ser tratado. Além disso, cobrar ou não por este serviço não é o objeto do questionamento do Software Livre, e sim as liberdades que o usuário tem em relação ao software. Se ele vai ser comercializado, ótimo! Se não, "bão tamém"! Desde que seja Livre... :)



.:[Y35]:.
"I've seen all good people turn their heads each day so satisfied I'm on my way..." (J.Anderson)
Comentário de Copernico Vespucio
o direito pertence ao criador: Se foi a Sun que começou o projeto, ela tem o direito de determinar como, e até que ponto, ele deve ser aberto. E quais serão as regras do jogo.

Não foi a IBM quem lançou a idéia, acreditou nela e investiu anos de esforço.

Usar o conceito de software livre para fazer esse tipo de pressão é anti-ético e um abuso.

É preciso preservar o direito que o autor tem de escolher como seu código será distribuído, mesmo como código aberto.


Comentário de Roger de Almeida
Acho que há poucos detalhes: Acho que há poucos detalhes que dê subsídios mais consistentes para as argumentações colocadas até o momento. Contudo, colocadas no campo das ilações, ai teremos uma vasta abordagem neste tema.

Mas os poucos detalhes sustentáveis da notícia, me leva a fazer as seguintes colocações:

a) O StarOffice era um produto da StarDivision. Um produto apenas grátis e não licenciada pela GPL ou BSD.

b) A Sun Microsystem comprou, se não me engano, a StarDivision e por consequência os seus produtos, incluindo o StarOffice. No entanto, parte do StarOffice era composto de rotinas desenvolvidas por outras empresas. A maior parte estava relacionado ao banco de dados ADABAS.

c) Analisando a curva de aceitação e demanda do Linux e o que isso representaria de perigo ao modelo de negócio da empresa, a Sun liberou todo o código que pertencia a ela. Note, que o StarOffice contém objetos criados por outras empresas que não repassaram o direito para a Sun.

d) Uma comunidade de desenvolvedores então, passou um bom período, criando as rotinas que não poderiam ser liberadas pela Sun, gerando então o produto OpenOffice. Este aplicativo era semelhante ao StarOffice mas não igual.

e) As melhorias obtidas no OpenOffice, são então realocadas ao StarOffice que é proprietário. Isso parece ser um paradoxo. É muito sutil e tênue, a linha que separar esse modelo de desenvolvimento, colocado pela Sun em relação a licença GPL.

O Paradoxo do bem!!
O Código do OpenOffice que é livre, volta para p StarOffice que é Proprietário mas continua livre para ser conectado as rotinas proprietárias existentes no StarOffice.

Perguntas
O que a Sun, ganha com isso? Suporte pago? Uai!! Isso não poderia ser feito com o OpenOffice?

Quem está disposto a pagar pelo suporte ao StarOffice, se temos o OpenOffice? Será que as empresas que dependem de conexões ADABAS são tão grandes assim, que faz a Sun ter que manter esse modelo?

O que a IBM com isso? Ela sempre que pode, dá uma estocada da Sun. Já faz um bom tempo, ela liberou um aplicativo que ajudava na migração Solaris para o Linux. Isso levou a Sun, antecipar a liberação do seu código.

E o JAVA? O Openoffice necessita do JAVA da Sun. Será que no dia isso não for mais necessário, ela terá esse controle sobre o OpenOffice?

E o JAVA? Será que no dia que o GCC-java contemplar as mesmas funcionalidades, a Sun irá torná-lo livre?

[]
Roger



Comentário de Bruno Gonçalves
Java...: O Open Office não precisa do Java da Sun

No Ubuntu mesmo ele utiliza o java GNU


www.biglinux.com.br
www.programaslinux.com.br
Comentário de leonardoav
Falou pouco mas falou bonito!!!: Concordo contigo.

Se a IBM é tão favorável ao SL, porque esta não libera o código
do DB2, como um empregado da Sun questionou tempos atras?

Comentário de Copernico Vespucio
não haverá Sun Java livre: E o JAVA? Será que no dia que o GCC-java contemplar as mesmas funcionalidades, a Sun irá torná-lo livre?

Antes havia um esforço da Sun para a liberação de sua implementação Java. Mas isso, ao contrário do que o povo pensa, custa dinheiro (o código do Java, assim como do Solaris, envolve copyrights de várias pessoas e empresas que devem ser consultadas antes de mudar a licença. Quase sempre direitos autorais tem de ser adquiridos).

Uma vez que a Apache Software Foundation resolveu tomar a frente do desenvolvimento do Java livre, codinome Harmony (acho o GNU-Classpath alcancaria 100% de compatibilidade com o J2SE5 lá pelo ano 5000DC, :-<), a empresa agora prefere então apenas disponibilizar mão-de-obra para colaborar com esse projeto. Essa é a informação oficial da Sun Microsystems em entrevista para a MundoJava.
Comentário de nemesis
harmony: "Uma vez que a Apache Software Foundation resolveu tomar a frente do desenvolvimento do Java livre, codinome Harmony"

aceitando contribuições da IBM, Intel e outras fica mais fácil... Apache hoje é um projeto capitaneado pelas grandes corporações e eles ditam seu rumo. tem muito jogo político por trás e acho todo o processo de desenvolvimento de projetos do Apache tão burocrático quanto do JCP, por exemplo...

nada pior para um projeto de software livre do que ser incorporado e canibalizado por figurões "enterprise"...

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de Roger de Almeida
Meu amigo, : Meu amigo,

Tente compilar o OpenOffice usando o GCC-JAVA. Se você conseguir, envie um comunicado ao time desenvolvedor do OpenOffice.

[]
Roger
Comentário de nemesis
mesmo assim: o fato é que OpenOffice2 no Ubuntu efetivamente usa GNU java

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de espardo
não acho muito ruim: Quando são várias empresas apoiando é legal. Ruim mesmo é quando só uma tem poder de mandar nos rumos do projeto. Afinal, quando um projeto de software livre cresce demais (como os da Apache) a necessidade de infraestrutura e gente trabalhando no desenvolvimento por tempo maior do que somente em seu tempo livre torna-se bem maior.

E projetos de software livre tem um objetivo: gerar um produto adequado à sua base de usuários; sejam eles seus amigos que adoram aquele script que gera art ascii no terminal, ou empresas de todo tamanho que usam ferramentas indispensáveis para seu negócio.

--
Direito de escolha combina com software livre. (Augusto Campos)
JID: emerson.pardo

Comentário de Copernico Vespucio
Open source Corporativo: nada pior para um projeto de software livre do que ser incorporado e canibalizado por figurões "enterprise"

Vc. estaria por acaso negando às empresas o direito de produzir código aberto?

Se uma corporação disponibiliza mão-de-obra profissional (paga) para trabalhar em um projeto aberto, ela tem o direito de influenciar nos rumos do projeto, da mesma forma e na mesma medida que um desenvolvedor independente no mesmo projeto tem esse direito.

O grupo Apache trabalha com o conceito de "Meritocracia": Quanto mais e melhor você faz, mais poder de decisão você tem.

Se uma empresa como a BEA da vida entrega 1 módulo do projeto por mês (pq tem um só candango lá comprometendo apenas 2 horas por dia no projeto), e um desenvolvedor independente entrega 1 módulo de qualidade por semana, esse desenvolvedor independente tem mais poder no projeto. De fato, existem alguns desenvolvedores independentes bastante respeitados no Jakarta, e no grupo Apache como um todo.

Isso é bem diferente do que acontece em projetos independentes, onde tem muito troll que não faz nada mas gosta de dar opinião niilista sobre isso ou aquilo.

Um projeto onde cada um toma uma direção e tem mais um ou dois dedicados a atrapalhar todo mundo, onde se colocam questões filosóficas acima das técnicas, onde todo mundo fala que algo precisa ser feito e ninguém faz, não fica pronto nunca ou só evolui muito lentamente.

A ASF e a JCP são uma defesa contra o "protocolo FPC-FPL" (Fork Pra Cá-Fork Pra Lá) que infecta muitos projetos abertos. Compare os resultados dessa "burocracia" (em qualidade e velocidade de desenvolvimento) com a "liberalidade" GNU-Classpath, por exemplo. Eu fico com os melhores resultados.

Estou acompanhando de perto o progresso do Harmony, e acredito que a ASF consiga em apenas 1 ano o que a FSF não conseguiu até hoje com o GJC.

Em tempo: não estou criticando esse último projeto, muito pelo contrário, o Harmony e o GNU-Classpath compartilham desenvolvedores e o segundo forma a base de desenvolvimento do primeiro. O que estou comparando é a forma de gerenciamento desses projetos (não o código, não os desenvolvedores) e chamando a atenção para o valor que a disciplina e a padronização possuem.
Comentário de GDA
Canibais: O problema é que todos sabemos qual é a única coisa que os canibais produzem, mesmo tendo "direito" de produzir qualquer outra coisa...

A propósito, por que vc fala sempre em "direitos disso ou daquilo", mesmo quando ninguém está negando direito algum e sim, ao contrário, tentando destacar o respeito aos direitos de todos?


.:[Y35]:.
"I've seen all good people turn their heads each day so satisfied I'm on my way..." (J.Anderson)
Comentário de Copernico Vespucio
autofagia não é exatamente canibalismo: O problema é que todos sabemos qual é a única coisa que os canibais produzem, mesmo tendo "direito" de produzir qualquer outra coisa...

Canibalizar em TI, na minha visão, é fazer algo como a M$ fez com o Kerberos. Apropriar, inserir incompatibilidades, fechar e vender.

Empresas que trabalham com código aberto (por uma longa lista de motivos que é grande demais para descrever aqui), debatem e definem padrões e implementam soluções que podem ser utilizadas por *todos* (quanto mais, melhor, pois isso difunde os padrões).

Elas ganham dinheiro vendendo serviços e, se vc. levar em conta que realizar um serviço tem um custo, qualquer produto ou ferramenta que ajude a cortar os custos de um serviço se traduz em ganho de dinheiro.

Quem você considera mais "canibal"? Uma empresa que produz código aberto para a comunidade usar/colaborar, e ganha dinheiro com isso, ou um usuário que jamais contribuiu com o sistema que usa, nem direta nem indiretamente?

A propósito, por que vc fala sempre em

Ei, isso é pessoal?? :-)
Você está falando só deste último comentário? Tem certeza? Caso esteja falando de algum outro também, tenha paciência que eu respondo, só estou meio sem tempo hoje e tenho que privilegiar as respostas mais curtas.

Ninguém está negando direito algum e sim, ao contrário, tentando destacar o respeito aos direitos de todos?

Se vc. nega o direito de produzir algo, ou de colaborar com o que está sendo produzido, nega o mais importante direito de todos, pois é a produção, o trabalho, que faz o mundo girar.

No caso, me parece que o que vc. está dizendo é que o autor original do código não pode decidir como ele será empregado. O código do Open Office deverá ser "confiscado em nome da liberdade".

Não é bem assim que funciona, vc. está querendo garantir direitos sobre o trabalho de outras pessoas. Se elas permitirem e licenciarem, tudo ok. Se elas não concordarem, vc. não pode ter esses direitos: implemente seu próprio produto e licencie como vc. acha que deve.

[]s
Comentário de Copernico Vespucio
Não são forks..: Não é realmente um fork. O Open Office apenas contribui com tecnologias e padrões para o Star Office.
Comentário de Copernico Vespucio
É exatamente isso: Sei que a idéia parece estranha do nosso ponto de vista, mas é isso aí mesmo.

Serviços são, no presente momento, muito mais rentáveis que os produtos, e geram retornos mais positivos (enquanto produtos mal-suportados retornam uma enxurrada de publicidade negativa), gerando mais negócios.

Um único servidor SPARC Solaris + suporte, vendido para uma telecom como a melhor alternativa para rodar um servidor de apliação livre qualquer, dá mais dinheiro para a SUN do que uma centena de cópias de um "produto de caixinha".
Comentário de GDA
Nada pessoal: rs... Nada pessoal, além de uma "observação pessoal". ;)

Mas vamos tentar entender as suas respostas a partir de alguns questionamentos:

Empresas que trabalham com código aberto (por uma longa lista de motivos que é grande demais para descrever aqui), debatem e definem padrões e implementam soluções que podem ser utilizadas por *todos* (quanto mais, melhor, pois isso difunde os padrões)(...)

+ Eu não duvido da boa-vontade pontual, mas a padronização nem sempre é motivada pelo bem comum. Simplesmente não há garantias disso, e não se pode garantir nem mesmo que o código aberto agregue liberdade alguma além do direito de ver como funciona. Só para ficar clara a razão do questionamento e situar a discussão, a afirmação que gerou a sua primeira resposta falava do risco que esse tipo de posicionamento oferecia _ao Software Livre_, pensamento do qual eu compartilho.


Quem você considera mais "canibal"? Uma empresa que produz código aberto para a comunidade usar/colaborar, e ganha dinheiro com isso, ou um usuário que jamais contribuiu com o sistema que usa, nem direta nem indiretamente?

+ Como já questionei anteriormente, não há essa relação direta, óbvia e automática entre "código aberto" e a liberdade para "usar e colaborar". Ganhar dinheiro não é problema (problema é não ganhar), e se existe algum movimento que prega a pobreza e o trabalho escravo, com certeza não é o do Software Livre. No entanto, o que os defensores do sistema proprietário fazem (inclusive muitas empresas que desenvolvem em código aberto) é, sob a bandeira da "livre oportunidade", impossibiltar o acesso de milhões de pessoas a qualquer oportunidade que seja (exceto a oportunidade de se tornar/manter escravo).

+ Quanto ao usuário, não há como ele não colaborar. Se pagou por uma licença, colaborou; se obeteve uma licença Livre (pagando ou não) e a utilizou, colaborou; se compartilhou uma cópia com mais alguém, colaborou... Isso sem falar naqueles que ainda se dispõem a escrever códigos ou sugestões, reportar bugs, traduzir manuais, etc... Então, não há como considerar o usuário como um "canibal". Mas se você se refere àqueles que se valem da pirataria, mesmo sendo impossível generalizar, a mim parece o caso de dupla ignorância: ele não sabe que _não precisa_ piratear, e ainda torna outras pessoas cada vez mais dependentes dos softwares proprietários e seus "padrões e soluções" universais.

Se vc. nega o direito de produzir algo, ou de colaborar com o que está sendo produzido, nega o mais importante direito de todos, pois é a produção, o trabalho, que faz o mundo girar.

No caso, me parece que o que vc. está dizendo é que o autor original do código não pode decidir como ele será empregado. O código do Open Office deverá ser "confiscado em nome da liberdade".


(hehehe... Vc vem falar de direitos de novo e depois vai me perguntar se é pessoal) :P

+ Veja bem: quem está negando o *direito* de produzir e colaborar? O questionamento não é de direitos, mas de _valores_! Direito de fazer o que quiser fazer, todos têm, mas qual é o custo disso na vida e na liberdade das outras pessoas? Esse é o ponto! É claro que o autor de um código pode decidir licenciá-lo como bem entender, mas dentro de uma visão ética cada vez mais bem compreendida e aceita, algumas opções desse autor podem vir a *lesar* os direitos fundamentais das outras pessoas (e pasme, até mesmo de quem não usa software algum).

+ A recomendação geral no Software Livre, aliás, pouco diz no sentido de "libere o seu código", mas é muito enfático em "não use este código proprietário". Se além de usuário o sujeito é desenvolvedor, o que se diz é: "pense, medite, reflita sobre as consequências das suas opções"... Mas se mesmo assim prevalecer o comportamento canibal, o que se pode fazer? Nada além do que vc mesmo disse:

Se elas não concordarem, vc. não pode ter esses direitos: implemente seu próprio produto e licencie como vc. acha que deve.

+ E é isso que tem sido feito...

+ Finalizando, é por isso que eu insisto tanto que o debate de Software Livre apenas tangencia a questão _técnica_, sendo quase totalmente uma questão _ética_.


É isso... um abraço.


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