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Metodologia para Avaliação de Distribuição Livre é disponibilizada pelo Ministério do Planejamento

A disponibilização da proposta de metodologia de avaliação de distribuição GNU/LINUX surge como desdobramento concreto do Plano de Migração do Ministério do Planejamento (http://www.governoeletronico.gov.br ), em conjunto com o atendimento de uma das demandas apresentadas na 1a Oficina Técnica de Migração para Software Livre, organizada em setembro do ano passado. Especialmente no caso da Oficina aparece como decorrência de alguns temas discutidos durante o evento, que apontaram a necessidade de se criar um mecanismo de avaliação de distribuição, com o propósito de auxiliar na escolha de "distros" mais aderentes ao ambiente computacional e mais transparente para o usuário.

Um dos técnicos participantes da elaboração da metodologia, o analista de sistemas Lucius Curado, do Ministério do Planejamento, diz que para avaliar uma distribuição adequadamente deve-se levar em consideração as variáveis do ambiente, em especial os diferentes perfis de usuários existentes, ou seja, considerar o que os usuários necessitam para garantir o funcionamento dos softwares que executam as suas atividades diárias no trabalho. Na opinião de Lucius o principal aspecto técnico a ser considerado está na velocidade de atualização da distribuição, para atender a liberação de patches de segurança, da correção de falhas e da flexibilidade para funcionar tanto nas máquinas novas quanto nas máquinas de baixa configuração de hardware, consideradas mais lentas.

Na avaliação do analista "é importante lembrar que para uma análise como esta não basta ser possível instalar uma aplicação (baixando do site oficial) na distribuição, mas sim que a equipe da distro mantenha pacotes atualizados para a mesma, os quais devem ser continuamente testados, avaliados e melhorados, além de dispor de condições para atender pessoas com necessidades especiais, que necessitam de garantia de acessibilidade às aplicações." De acordo com o Coordenador de Informática do Ministério do Planejamento, Diego Viégas, ao falarmos de software livre, é natural termos as preferências pessoais dos técnicos, algumas vezes defesas até apaixonadas, por esta ou aquela distribuição. A principal motivação para termos uma boa metodologia de escolha do empacotamento a ser utilizado num ambiente corporativo está diretamente relacionada ao sucesso que a adoção do software livre terá na instituição. Segundo Diego Viégas "uma escolha que não seja movida por parâmetros técnicos, definidos adequadamente, pode dificultar ou mesmo inviabilizar o trabalho, enquanto o uso de uma metodologia pode proporcionar uma escolha adequada da distribuição, o que certamente virá a facilitar o processo de migração para software livre."

A metodologia está sendo disponibilizada depois de discussão técnica com o Grupo de Trabalho Migração para Software Livre que preparou a primeira proposta do documento. Neste primeiro momento se pretender debater o conteúdo do documento com a comunidade e com o conjunto de técnicos que já estão utilizando a metodologia. Como se trata de um documento de referência deverá ser adequado para cada ambiente computacional. A metodologia pode ser baixada no link a seguir. Fonte: Governo Eletrônico Brasileiro”
A nota foi enviada por shakuhashi (shakuhashiΘgmail·com) , que enviou este link para mais detalhes.

Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de nemesis
em minha opinião: "Na opinião de Lucius o principal aspecto técnico a ser considerado está na velocidade de atualização da distribuição, para atender a liberação de patches de segurança, da correção de falhas e da flexibilidade para funcionar tanto nas máquinas novas quanto nas máquinas de baixa configuração de hardware, consideradas mais lentas."

Em minha opinião, velocidade de atualização de patches não é um aspecto técnico, apenas um efeito colateral da popularidade de um projeto. Ativas contribuições de patches ou relatórios de bugs por parte dos próprios usuários de software livre é o que fazem as atualizações andarem rápido.

Em minha opinião, se órgãos do governo pretendem realmente uma migração séria para software livre, devem deixar de lado a mentalidade de mero usuário e se prepararem para contribuir ativamente para a melhoria e evolução dos softwares selecionados. O código-fonte está lá, disponibilizado pela licença livre, exatamente para isso. E com certeza atualizações vão aparecer mais rapidamente.

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de Carlao Bazuca
Boa...: ...eles deixaram para fazer isso aos 45 minutos do segundo tempo. Agora pode ser tarde demais.

Carlao
Comentário de rodrigomessiasbarros
Metodologia: Creio que essa metodologia, embora possa ter chegado tarde para a implantação do GNU/Linux na Administração Pública, caiu como uma luva para a implantação do GNU/Linux em nossa empresa.

Parabéns à Gerência de Inovações Tecnológicas do Ministério do Planejamento. O que importa é ganhar, mesmo que seja aos 47 minutos do segundo tempo.

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Rodrigo Messias Barros
UserLinux # 259.148
Brasília-DF
Comentário de Carlao Bazuca
Certamente...: Porém foram gastos praticamente 36 meses discutindo assuntos com menor relevância e agora que faltam 11 meses para atual gestão terminar parece que alguém decidiu pensar? Engraçado isso.

Tirando alguns poucos casos (como o SERPRO) o projeto de migração para SL do Governo Federal foi uma piada. Só não enxerga quem não quer.

Carlao

Comentário de Gepeto Dumal
Certamente o que ?: Caro Carlão,

Você, sem dúvida, não tem conhecimento algum sobre o processo de migração no Governo Federal. Por favor, polpe-nos de seus disparates.
Comentário de Carlao Bazuca
Processo de Migração: Tá certo... E você saberia nos dizer alguma coisa? Quero dizer, algo que vá além da tradução do Guia de Migração do governo da Alemanha (que segundo o Corinto foi escrito e revisado por dezenas de pessoas), de remasterizações do Kurumin (leia-se troca de logotipos e ícones), palestras de representantes do Governo em eventos no Brasil (que descobriram o que é software livre ontem) e pelo mundo falando sobre algo que até então não existia (e que aparentemente não irá existir), contratações de pessoas da comunidade por parte do Governo para projetos que nunca foram concluidos etc. Isso tudo é apenas a pontinha do iceberg.

Sabe qual a pior parte disso tudo? É saber que toda essa merda tem sido feita com o dinheiro dos impostos que pagamos, e você e esse bando de idiotas que se auto-intitulam "comunidade" ainda acham que isso é legal? Na boa, vocês são um bando de masoquistas...

Você ainda saberia dizer alguma coisa?

Carlao

Ps.: À propósito, POUPE-ME você... :)
Ps2: Salve Ananias, Nemessis e outros throlls do BR-Linux. Ainda existem pessoas lúcidas por aqui.

Comentário de Gepeto Dumal
Qual instituição usa kurumi: Qual instituição usa kurumin para servidor ou estação de trabalho? Em que pé anda a migração no Serpro? Aparentemente você não leu nem o Guia Livre nem o Guia de Migração Alemão...

Procure se informar melhor...

Comentário de Carlao Bazuca
Muito boa...: Tá certo... Mas novamente faço a mesma pergunta: Já que (no seu ponto de vista) estou errado, qual a verdadeira situação?

Carlão

Comentário de Richard Stallman
Governo tenta correr atrás aos 46 do segundo tempo...: Depois de quase 4 anos de governo, parece que só agora há uma sinalização de "uma atitude de adoção" de software livre. Agora gostaria de que vocês observassem esta cláusula :

"Para que uma distribuição possa garantir melhor qualidade aos seus usuários e administradores há a necessidade de que uma comunidade ou uma empresa seja responsável por um mínimo de organização e responsabilidades para com seu trabalho. Dessa forma é interessante que existam responsáveis por pacotes, pelo controle de bugs, pela escolha de pacotes a serem aceitos, entre outros. O grau de atividade dessa comunidade dentro do desenvolvimento da distribuição é responsável tanto pela sua popularidade, quanto por sua melhor qualidade e recursos disponíveis."

E o que nós ganhaomos com isso ? Trabalhar de graça pro governo ? Isot é uma piada não é ?

-- Gnu Rulez !--
Comentário de Connochaetes Taurinus
Eu sou servidor público fede: Eu sou servidor público federal e posso afirmar que no órgão que eu trabalho, que possui menos de 5.000 funcionários e o mesmo número aproximado de estações e servidores no país inteiro, mal conseguiu-se disparar o processo de adoção do OpenOffice. Já vão dois anos nisso e somente em janeiro passado publicou-se um cronograma que, mesmo assim, só contempla algumas unidades no país.

Na regional em que atuava nós recebemos lotes de equipamentos novos e somente alguns meses depois, com o equipamento já distribuído, é que a administração em Brasília dignou-se a informar que deveríamos instalar o OpenOffice e orientar os usuários. No grupo responsável por essa regional, oito pessoas no total, somente eu conhecia OpenOffice, o restante nunca havia ouvido falar. Passaram-se dois anos e das 300 máquinas dessa sede regional, sequer metade possui o OpenOffice instalado.

Em momento algum falou-se em treinamento ou tocaram no assunto dos legados da Microsoft, alguns sisteminhas feitos para Access e Excel que são fundamentais para o trabalho de alguns setores. A coisa pareceu-me feita amadoristicamente e sem qualquer forma de planejamento. Poderia ainda contar muito mais, mas acabaria escrevendo um livro, Em todo caso, serve para exemplificar. Não sei realmente em que pé andam as coisas em outros órgãos públicos, mas onde trabalho está assim.

Concordo com o comentário do Carlão Bazuca, fazer isso aos 45 do segundo tempo é muito tarde. As regras do jogo devem ser escritas antes e agora é jogo jogado. Sei que alguns vão dizer antes tarde do que nunca, mas há o risco de que o tarde seja nunca.
Comentário de Connochaetes Taurinus
Mas é como tu mesmo afirmas,: Mas é como tu mesmo afirmas, "Gnu Rulez". Não é assim que a coisa funciona, a comunidade organizada por trás da coisa fazendo tudo caminhar direitinho ? O governo é um usuário corporativo,e como tal tem necessidade de um trabalho constante, responsável e organizado por trás da distribuições ou softwares que adotar. Não é diferente de uma empresa.

Quando tu assumes a responsabilidade por algum pacote na distribuição "GNU/Linux" que usas é normal que acabes trabalhando de graça para alguém, seja para a comunidade, empresas ou governo. Agora vai reclamar porque é pro governo ?
Comentário de Richard Stallman
Trabalho desde que me forneçam condições para trabalhar: Vamos observar esta frase aqui :

"há a necessidade de que uma comunidade ou uma empresa seja responsável por um mínimo de organização e responsabilidades para com seu trabalho"

Meu caro, se eu vou trabalhar de maneira responsável, é necessário que eu me dedique ao trabalho de suporte e de desenvolvimento. Para eu poder desenvolver e dar suporte eu preciso do seguinte :

a) Um meio que me coloque em contato com meu cliente - Pode ser um velho telefone mesmo, e num caso mais sofisticado um link rápido com a Internet.

b) Um computador razoável - não posso rodar um software no ar, ou numa bola de cristal (apesar do Trasgo Vesgo discordar)

c) Luz elétrica - Os computadores e demais aparelhos tem o péssimo hábito de não funcionarem sem isso...

d) Coisas irrelevantes como : alimentação, vestuário, livros para estudo, etc.

Se realmente me fornecerem isto para contribuir com meu trabalho, podem contar comigo, caso contrário você poderia me indicar uma solução ? Até hoje ainda não descobri como não precisar das coisas acima para poder fazer software livre.

Outra coisa quando o usuário está com problema, ele não vai esperar você chegar em casa a noite e que nas suas horas vagas dedicadas ao SL, resolva a sua dificuldade. Numa empresa 5 minutos podem valer muito dinheiro...

Aguardo sua solução para estas minhas dúvidas.
-- Gnu Rulez !--
Comentário de Connochaetes Taurinus
Não digo que devas trabalhar: Não digo que devas trabalhar de graça sem que, no mínimo, recebas alguma forma de subvenção para cobrir custos de produção e subsistência. Só que, pela forma com que é desenvolvido o software livre, em algum momento acabarás por fazê-lo à alguém, que como disse, poderá ser a comunidade, o governo ou até uma empresa.
Comentário de Richard Stallman
Desenvolvimento: Senhor,

Se fosse realmente assim nós já teríamos software livres na área contábil, seguindo os requisitos legais. Por exemplo contadores e especialistas da área pagam, pelos boletins informativos e assinam o diário oficial. Infelizmente isto custa dinheiro. Este argumento pode funcionar em certos tipos de software, para outros não.

-- Gnu Rulez !--
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