22/02/05 1:41 #271
A notícia vem
do PSL-Brasil: "
O deputado federal Julio Semeghini (PSDB-SP), da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, ameaçou ir à Justiça, caso o governo decida deixar de fora a opção de computador com Windows no programa PC Conectado, que planeja levar ao mercado 1 milhão de computadores de baixo custo com apoio da administração federal. Ele participou ontem de almoço com Brad Smith, um dos vice-presidentes mundiais da Microsoft, na Câmara Americana de Comércio de São Paulo. "O consumidor tem de ter a chance de escolher", afirmou o deputado. "Definir o sistema operacional que as pessoas usam em suas casas não é papel do governo." Quinta-feira, o diretor do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Sérgio Rosa, afirmou em Genebra que o governo brasileiro considerou "ruim" a proposta da Microsoft de usar uma versão compacta do Windows, chamada Starter Edition, no programa PC Conectado, a US$ 30 cada licença. A alternativa seria um pacote de software livre que inclui o Linux, principal concorrente do Windows, que pode ser copiado e modificado livremente, sem o pagamento de licenças. Cézar Alvarez, assessor do presidente Lula e coordenador do projeto PC Conectado, afirmou que o sistema operacional a ser adotado pelas máquinas mais baratas ainda é uma questão em aberto. "O governo ainda está analisando", informou."
(postado por
Augusto Campos)
Comentários dos leitores
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Há tantas coisas pelas quais um deputado deveria ir à justiça na defesa dos interesses da população! Mas justamente contra o Linux e a favor da Microsoft!? É incrível que em anos de monopólio ninguém proeminente na política tenha protestado! Só um exemplo: os concursos PÚBLICOS há anos, quando exigem conhecimentos ou noções de informática, especificam Microsoft Word e Excel. Agora pergunto: se começarem a surgir editais exigindo conhecimentos de OpenOffice.org será que também vão à justiça? Não acho isso impossível. Defesa do interesse público? Dificilmente pode-se dizer isso.
Tudo bem, que se ofereçam à população PCs com Windows e Linux, mas que seja com a diferença de preço equivalente. Aí é só explicar à pessoa que o mais barato basicamente faz as mesmas coisas, e até um pouco mais, do que o mais caro. Pronto! Tá aí a chance de escolha do consumidor. De qualquer maneira é um progresso...antes se empurrava de goela abaixo. Não o Linux, mas o Windows. Quem, portanto, não respeita o direito de escolha? Aliás, isto não se dá apenas individualmente. Quando um governo de um país, dito soberano, resolve exercer o direito de escolha, o que acontece?