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Após 4 meses do lançamento, um balanço preliminar da OTUN

Ao preparar a retrospectiva das notícias de 2005 no BR-Linux (que deverá ser lançada na próxima semana), me chamou a atenção a falta de informações sobre o destino da OTUN, cujo lançamento anunciamos em meados de agosto, reproduzindo a descrição oficial: "uma entidade sem fins lucrativos para reunir empresas e grupos de todo o mundo em torno de iniciativas de desenvolvimento de software livre no ambiente corporativo. Chamada de Open Technology Users Network (Otun), a ONG servirá como um meio de certificação de programas criados em software aberto. Atuará também como incentivadora de pesquisas, podendo, inclusive, aportar recursos em projetos. (...) A Otun, que deve eleger diretoria na próxima semana, tem cerca de 50 empresas já associadas, entre elas a gigante do varejo nacional Casas Bahia, a rede francesa Carrefour no Brasil e companhias de tecnologia como Novell, Sun Microsystems e IBM, que estão investindo no desenvolvimento do sistema operacional livre Linux. A entidade vai exigir R$ 1,5 milhão por mês para ser mantida, segundo cálculos de uma diretoria provisória." Na época notamos que a OTUN era a realização dos planos do BB e da Cobra de lançar no Brasil uma Organização Mundial do Software Livre, com o objetivo de "formar uma comunidade em torno dos interesses dos usuários do software livre".

Com um time de tantas estrelas, era de se esperar um grande rol de realizações. Entretanto, como a atuação da organização tem sido discreta (as notícias da capa do website não são atualizadas há meses, por exemplo), em meados de novembro resolvi escrever (usando o formulário de contato do seu site) para a organização perguntando, entre outras coisas, com quais projetos de software livre a organização já havia tido oportunidade de contribuir nestes primeiros meses, e quais implantações de software livre em organizações ela já havia tido oportunidade de fomentar. Após uma semana sem contato, enviei novamente a mesma mensagem, sempre me identificando claramente e declarando o objetivo de publicar as respostas - que não chegaram até o momento.

O BR-Linux está longe de ser uma mídia de massa, e tem um interesssante histórico de deixar de receber resposta aos seus convites (públicos ou particulares) para que autoridades ou organizações se manifestem sobre assuntos de interesse. Para citar dois exemplos de 2005, nosso convite ao Ministério das Comunicações só recebeu respostas indiretas, e o convite público à Frente Parlamentar Mista para o Software Livre para que expusesse seu ponto de vista sobre a aquisição (que em si eu particularmente não considero que seja um "pecado grave", mas poderia merecer uma análise ou declaração, considerando as informações anteriores) de milhares de licenças do MS Office pela Câmara dos Deputados também passou em branco. Mas isto é normal, e podemos imaginar várias razões para isto - é até mesmo bastante provável que as assessorias dos parlamentares envolvidos na Frente não acompanhem o BR-Linux, e não dispomos de repórteres para ir lá e fazer contato mais direto.

Mas neste caso específico da OTUN, acabou ocorrendo uma feliz coincidência: o pessoal do InfomediaTV, um veículo que não é focado no software livre mas tem incluído bastante cobertura dos assuntos de nosso interesse (e é parceiro de conteúdo do BR-Linux) também fez a cobertura do lançamento da organização em agosto, e também achou interessante descobrir o que havia sido feito desde então. E eles aparentemente têm os contatos e a estrutura jornalística que nos falta, tanto que obtiveram uma série de declarações de Roberto Guimarães, diretor da OTUN, que descreveu o que aconteceu nestes 4 primeiros meses, e as razões disto. O resultado está disponível em vídeo, e continuamos à disposição da organização caso ela queira detalhar suas realizações, ou como a comunidade brasileira de software livre pode contribuir para seu sucesso. E fazemos votos de que em 2006 o Brasil possa ver a OTUN de fato incentivando pesquisas e aportando recursos em projetos de software livre, de maneira proporcional à estrutura com a qual foi planejada!


Comentários dos leitores

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Comentário de Ricardo Alto
Frensoft: Sobre a tal Frente Parlamentar, vale lembrar que quando ela foi criada o presidente de honra era o senador José Sarney, a presidente pra valer era a senadora Serys Slhessarenko (PT/MT) e o secretário executivo era o deputado Vanderley Assis (na época, Prona/SP, hoje PP/SP).
Hoje, a senadora é "presidente de honra" (seja lá o que for isso) e o deputado Vanderley Assis é o presidente pra valer. O site deles (http://www.frensoft.org.br) não existe mais.
Este deputado Vanderley Assis ficou famoso na época da sua eleição por ter sido o parlamentar MENOS votado do país (200 e poucos votos), indo para o Congresso apenas pela espantosa votação do dr. Éneas. Além disso, seu partido atual (PP) é o mesmo do ex-recém-presidente da Câmara Severino Cavalcanti... Vale mesmo a pena esperar alguma coisa deles?
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