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Com muita satisfação, acabo de ler no sitio da Fundação Demócrito Rocha - www.fdr.com.br/linux, uma notícia sob o título acima e assinada por Ivonísio Mosca de Carvalho Filho(*), divulgando o seguinte: "A Prefeitura de Fortaleza pretende fornecer os elementos para que o Software Livre seja uma apropriação criativa dos diferentes grupos sociais que constroem a Fortaleza Bela, de forma que possamos colocar o Linux a serviço da participação cidadã e da construção de uma sociedade mais justa e solidária. Lutamos por uma Fortaleza onde todas as pessoas tenham oportunidade de construirem suas realidades digitalmente. A exclusão digital veio somar mais uma nova dimensão às diversas desigualdades existentes: a do acesso desigual às tecnologias da informação e da comunicação. Apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor deste 1996, já preconizar a necessidade da "alfabetização digital" em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, o censo escolar do Ministério da Educação (MEC), realizado em 1999, revelou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham, naquele ano, acesso à Internet, e cerca de 64 mil escolas do País não tinham sequer energia elétrica..." (*) Assessor de Informática da Secretaria de Planejamento e Orçamento do Município de Fortaleza (SEPLA), Diretor de Informática do Sindicato de Processamento de Dados e Informática do Ceará (SINDPD-CE), Gerente de Sistemas da Santa Casa de Miswericórdia de Fortaleza e membro do grupo cearense de usuários Slackware (GUS-CE).
Vejo no conteúdo da Informação divulgada a determinação de incrementar a cultura dos conhecimentos, a todas as classes sociais, indistintamente, na forma mais viável e econômica para o avanço tecnológico. Essa atitude coaduna com os meios que possam estar disponíveis e/ou estejam sendo elaborados, como, por exemplo o Projeto do Prof. Negroponte "Um Laptop por aluno". Pena que nem todos os governantes pensem "grande", assim, permanecendo indiferentes aos bolsões de ignorância que tanto flagelam nosso povo e têm aprisionado, principalmente os nossos curumins, neste estado de escravidão, sofimento, miséria e falta de perspectivas de progresso. Mas nós podemos mudar isso, seja apoiando, divulgando e incentivando inciativas como essa, atuando junto aos nossos governantes, principalmente os mais próximos, nas nossas comunidades e Municípios. ” A nota foi enviada por Profano (loureiroirΘclick21·com·br) , que enviou este
link para mais detalhes.
"...de forma que possamos colocar o Linux a serviço da participação cidadã e da construção de uma sociedade mais justa e solidária. Lutamos por uma Fortaleza onde todas as pessoas tenham oportunidade de construirem suas realidades digitalmente..."
"Vejo no conteúdo da Informação divulgada a determinação de incrementar a cultura dos conhecimentos, a todas as classes sociais, indistintamente, na forma mais viável e econômica para o avanço tecnológico..."
Pergunto-me porque todas as iniciativas do poder público, seja ele federal, estadual ou municipal, tem de partir sempre desse viés de justiça social. Será que todo mundo que usa Linux e software livre usa-os para tornar a sociedade mais justa e solidária ? Não podem simplesmente usá-los para melhorar a eficiência e qualidade na prestação dos serviços públicos ?
Não reprovo a iniciativa, mas é que não vejo ninguém dos governos, falar que adotarão Linux e software livre por sua eficiência, qualidade e custo. Confesso que esses argumentos são mais palatáveis à quem paga a conta.