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Michael Dell critica notebook de US$ 100

“O projeto de oferecer notebooks de baixo preço a estudantes em países emergentes, criado pelo co-fundador do laboratório de mídia do MIT, Nicholas Negroponte, não atende as necessidades desse público e tem sérios problemas estruturais. É o que afirma Michael Dell, chairman e CEO da Dell, empresa que lidera o mercado mundial de PCs. Em entrevista concedida na quarta-feira (02/11), nos Estados Unidos, a jornalistas da América Latina e Canadá, o executivo declarou que é preciso ser cauteloso para não gerar falsas expectativas com o projeto. "Esse tipo de equipamento é realmente o que essas pessoas precisam?", indaga o executivo.

Segundo ele, o laptop de US$ 100 teria sérias limitações tecnológicas, além de depender de conexões não disponíveis em larga escala nos países emergentes. "Se fosse tão fácil criar um computador desse tipo, ninguém precisaria comprar um novo. E estaríamos utilizando o mesmo tipo de computador que tínhamos em 1981", destaca Dell
” Veja o texto completo em IDG Now!.

Seria espantoso se Michael Dell louvasse este projeto que invade um grande mercado potencial para seus próprios produtos. Ao mesmo tempo, alguns dos questionamentos levantados podem merecer reflexão.

Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de Rato do banhado
# : #
#
Não falei !!
#
#
... agora os xiitas p.n.c. podem moderar mais uma vez o meu comentário !!

Repetindo : não existe laptop de U$ 100,00 !!

Comentário de bebeto_maya
__OU seja, alguém que lucra: __OU seja, alguém que lucra fortunas com PCs a preços estratosféricos, reclamando de um equipamento que não deixará um centavo de lucro para a empresa dele...É ruim ficar de fora do mercado, o pior é ser incapaz de admitir que o negócio do laptop de 100 doletas prejudica, entre outras, a própria Dell...

__Eu também não acredito em Laptop de US$100,00...acreditaria num de 200, mas 100 dólares num equipamento...É díficil...A mão de obra teria de ser toda voluntária...Afinal de contas Linux precisa de gente para instalar e confgurar, como qualquer outro S.O.
Comentário de TON
E os Pcs?: A Dell tem respeitabilidade no mercado em vendas de Pcs mas eu
não tenho certeza se ela vende também (como a Itautec) Pcs com
Linux instalado. Se vendem, será com aquele da Liberdade na Janela?

Eu também não acredito neste laptop de 100 doletas. Isso é marketing
ou um começo depois, o preço sobe com certeza.

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O Planeta Terra é Debian-Azul amado pela Rosa Cor. Gira em .RPM
com um céu iluminado por flocos luminosos em .TGZ
No mais, tudo jaz, e, os Teretetês são ETês dos Pererês.
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Comentário de Anonymous
Por que não? Por exemplo, es: Por que não? Por exemplo, estou no centro da cidade. Se desejo me locomover para a periferia, o que eu faço:
1- sou rico: vou de helicóptero
2- sou classe média alta: vou de carro do ano
3- sou de classe média baixa: de carro, penando para não gastar gasolina ou de busão mesmo
4- sou pobre ou miserável (no sentido também de mão-de-vaca): vou a pé, de jumento, etc.
É a realidade!

Ou seja, preciso de um computador:
1- sou rico: Notebook Pentium 4+, HD 300GB+, RAM 1GB+, Placa Vídeo 3D, etc. (só para humilhar o povo)
2- sou classe média alta: vou de carro do ano: Desktop configuração jogos 3D
3- sou de classe média baixa: desktop em 300 prestações de 70 reais
4- sou pobre ou miserável (no sentido também de mão-de-vaca): ou nada ou o notebook 100 dólares :p
Bom, brincadeiras à parte, quem não tem muito dinheiro, compra notebook de 100 dólares (igual TV colorida: qdo surgiu, poucos tinham; com a redução drástica de preços, qualquer um pode ter). E quem tem, compra notebook feito piper, bala soft, maluquinha, etc.

O problema é que esse cara se acha e não entende a realidade do terceiro mundo (é o novo). Lá o pessoal é cheio da grana e da tecnologia. Chega dá pena de comer nos países deles, pois, por exemplo, ao invés de fazer dez feiras de €10,00 lá, básicas para se sustentar por 1 dia, você poderia estar comprando uma câmera digital boa.
Comentário de stpa
Preços estratoféricos?: Veja no site americano da Dell: um PC básico por US$ 349 (US$ 12 por mês, parece mentira). O notebook mais barato deles começa por US$ 499 (US$ 15 por mês, é mole?), mas é infinitamente superior ao do Negromonte e não dá para falar em competição nesse caso. O que é estratosférico são os fatores que fazem uma mesma máquina custar aqui muito mais. Lembre-se que lá também paga-se taxas e juros, mas...

Quanto aos US$100, você pode ter razão, ao menos em parte. Mas, a mão de obra não precisa ser necessariamente volutária. Podem ser chineses mal pagos, por exemplo. Além disso, o Negromonte prevê a venda aos governos de uma quantidade mínima inicial de 1 milhão de máquinas por governo, correto? Ou seja, ele prevê a diluição dos custos na escala de produção.


Comentário de Felipe Rafailov
O projeto nem começou e já: O projeto nem começou e já querem diminuir-lo. Eu acho que quem nunca usou um computador na vida ficaria muito feliz em usar um computador desses, mesmo com recursos tão limitados. Ou vocês acham que o usuário final (crianças pobres sem acesso a informação) vai querer jogar ou usar recursos muito pesados? Eu acho que o PC de 100 dolares foi criado para ser um Notebook no sentido literal (Bloco de Notas), ou seja, só vai rodar um programa de texto, e quem sabe um browser para conectar a internet.
Comentário de welrbraga
Ate que enfim!: Finalmente alguém de nome respeitado aparece na mídia pra dizer o que eu já cansei de falar e nunca me deram ouvido: "Esse tipo de equipamento é realmente o que essas pessoas precisam?" [1]
A afirmação do NegroPontes "Em países emergentes, a grande questão não é a conectividade"[2] é coisa de pais desenvolvido como EUA e Japão. Eu moro num dos maiores bairros do Rio de Janeiro e ainda hoje não tenho um acesso a Internet decente de casa, como se vai imaginar que um carinha que mora lá na última casa de um favelão, no alto morro (não levem para o lado do preconceito, por-favor), vai ter uma acesso via cabo, ou Wi-fi, 3G ou 4G, como ele afirmou, tb em [no meio do texto em 2]
"Muitas pessoas estão trabalhando em Wi-Fi, 3G, 4G, etc. Para educação, o alvo é laptops"

As muitas pessoas que estão trabalhando com isso são as muitas empresas americanas e europeias que cobram caro pra isso. Se um acesso idiota via celular que não se usa mais do que um ou dois megabyte nós pagamos um valor astronomico, imagina o cara que literalmente come arroz com feijão a semana inteira. Ele vai ter que deixar de jantar pra poder navegar uma hora por dia!!!

[vide o final do texto em 2]
"O modelo de notebook proposto leva processador de 500 MegaHertz (MHz), monitor de cristal líquido (LCD) de sete polegadas e resolução de 640 por 480 pixels, disco rígido de 5 Gigabytes, quatro portas USB e sistema operacional Linux."

Concordo que esse hardware é razoável, pra começar, mas depois que o cara pegar o gostinho ele terá frustração de estar com um "Atari 2600" enquanto só há cartuchos pra PS2 (Esse troço ainda usa cartucho: Estou desatualizado nisso) Com 5GB o aluno usaria muito bem pra guardar textos da escola, mas vocês certamente concordam comigo, que o pai vai querer usar, a mãe, o primo, o vizinho, o gato, o papagaio e o piriquito ... resultado: Junte alguns MP3 (ou vocês vão se iludir que quem tiver um computador desses não vai querer um Kazza - digo, Gnutella - para baixar Mp3?) o resultado será um disco de 5GB entupido. Como eu disse estão vendendo "Atari 2600" em época de PS2!

Utopicamente falando o projeto é muito lindo, mas pra realidade brasileira, onde vivemos fora da Matrix a coisa é mais complicada.

[1]http://idgnow.uol.com.br/AdPortalv5/ComputacaoPessoalInterna.aspx?GUID=5CBC13F1-2954-455F-80EA-16507D01A727&ChannelID=2000014
[2]http://idgnow.uol.com.br/AdPortalv5/ComputacaoPessoalInterna.aspx?GUID=43A49463-4C9A-40E8-98D0-96E39EB35BDF&ChannelID=2000014

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Dar boot no Windows é humano, Insistir em usar é burrice!
User Linux: #253605
Comentário de Sérgio Luiz Araújo Silva
o idiota da Dell: Lembro da tv coloria lá no começo. Os pobres compravam uma tela de plástico que parecia um arco-íris só para ter a ilusão que estavam com a tv colorida. Dá vontade de rir e às vezes de chorar de pena.

É nessas horas que sinto todo o orgulho do mundo de fazer parte da comunidade do Software Livre e lutar para uma realidade menos injusta, mais humana.

Viva o Software Livre. Viva também ao br-linux que te deixa inserir comentários. Eu amo o br-linux!
Comentário de Sérgio Luiz Araújo Silva
O projeto nem começou e os caras já estáo se pelando de medo: O projeto nem começou e os caras já estáo se pelando de medo que ele decole. Já pensou como eles vão justificar os seus preços?

Isso me lembra o Window$ vista, lembra também os processadores athlon
dual processor, que em máquinas normais vem apenas com uma parte desligada para justificar o preço mais baixo, quando na verdade é o memso processador. Lembra a indústria farmacêutica ganhando 6000 %

Lembra Bush invandindo o Iraq querendo seu petróleo e bradando
aos quatro cantos do mundo que estão lutando contra o terrorismo.

Lembra a TV Glogo difamando Hugo Chavez, aliás visitem:
http://www.venezuelaenvideos.com/pt01v03.htm
La Revolución no será transmitida
Comentário de Azraell
Specs do Laptop: Eu queria saber em que se baseiam as pessoas que dizem ser tão ínfimo o poder de processamento desse laptop, o projeto conta com um processador de 500 Mhz, eu uso um Pentium 200 com 64 de RAM(Conselho: NÃO comprem um Pentium 4 e usem-no em conjunto com uma fonte vagabunda...)eu ouço Mp3, navego com o Opera, programo em Python e C++, e uso Linux e Rwin em dual-boot.(O único problema é a quantidade de mem pro Linux, mas qq arquitetura mais recente um pente de 128 de RAM é trivial...)
Comentário de Marco Tulio
Entendam o projeto antes de criticá-lo: O projeto não quer criar um centro de entretenimento multimídia portátil. Eles querem criar um e-book com suporte à software educacional simples e ambiente de programação no estilo LOGO.

Antes de criticarem leiam o livro A Máquina das Crianças - Repensando a Escola na Era da Informática de Seymor Papert, que foi lançado no Brasil pela editora Artes Médicas. Ou pelo mesmo o FAQ presente na Página do projeto.

Só como e-book o projeto já compensa. Pois, uma criança pode passar toda a sua vida escolar com um único laptop. Já livros é pelo menos um por matéria a cada ano. Sem falar que é mais fácil atualizar um arquivo de livro eletrônico do que comprar um livro novo a cada nova edição. Apenas essa economia com gasto de impressão e reimpressão de livros já paga o custo do laptop.

Um laptop deste pode se tornar uma verdadeira biblioteca ambulante. Além de permitir que a criança aprenda mesmo fora da sala de aula através do uso de softwares educacionais lúdicos.

Quanto à rede sem fio ela será usada principalmente para que os notebooks se comuniquem. E não para baixar filme na Internet. :)

Muitas escolas possuem parabólicas para receber o sinal da TV Escola. Um sistema de internet sem fio por rádio não é de todo impossível. Assim como um carro que possa visitar as escolas com equipamento de transmissão em intervalos regulares.

E quanto ao preço. Um modelo básico da Palm não custa muito mais do que US$ 100,00 e pode suprir muita das funcionalidades necessárias para um projeto desse. Um modelo intermediário como o Tungsten E2 que possui Bluetooth e IR custa menos de US$ 200,00.

E quanto ao comentário do Dell: "O que é mais importante para quem precisa de ajuda: computadores ou água tratada e remédios?"

É claro que os problemas básicos tem que ser enfrentados. Mas educação é acesso ao conhecimento técnico são as únicas formas de promover mobilidade social. Principalmente nos dias de hoje onde informática é requisito obrigatório para qualquer emprego.
Comentário de elektron
Concordo: Concordo com você, welbraga. Precisava alguém de peso fazer um contraponto a esse projeto do notebook de US$100,00. Certamente que o CEO da Dell tem algum conhecimento de causa pra falar. Falar que ele tem interesse econômico não me parece adequado, pois o tal Michael fala para uma fatia de mercado que não a de sua empresa. Afinal - como foi comentado por alguém - o notebook mais barato da Dell está na faixa de US$499,00.

Particularmente acho que o grande problema desse projeto é que vai depender de uma infra-estrutura de redes wireless muito robusta e, talvez até, inviável. Será que é mesmo necessário ir instalar uma porção de antenas no sertão nordestino, p.ex., pra que o sertanejo - que ainda sofre principalmente com a falta de comida e recursos - estar usando seu notebook na Internet? Imagine esse cenário para os caboclos da Amazônia que ainda sofremos com grandes estiagens...

Esta idéia do Dr. Negroponte me parece daquelas excelentes na teoria, mas pífias na prática. Antes da inclusão digital, é preciso inclusão social.

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MARCELO ANDRADE
Linux User #221105
Belem-Para-Amazonia-Brazil
Comentário de Marcelo Ulianov
as máquinas da Dell valem o: as máquinas da Dell valem o qto custam. Ja tive 3, e nenhuma nunca me deu nenhum problema, pois se utilizam de componentes de primeiríssima qualidade. Não existe PC-CHIPS da Dell! Eles até tinham máquinas com linux tempos atrás, mas parece que foi descontinuado por falta de interesse do público. E ja existem boatos de que a Dell conversa com a Apple para a mesma licenciar o OS X para as máquinas Dell...Quem sabe ??? Mas se vc quiser colocar Linux, tb nunca tive nenhum problema,rola td de boa...

Notebook de $100 ? Ah tá... Papai Noel vai me trazer um no natal...
Comentário de adilson
É incrível a falta de informação que rola aqui às vezes...: Eu estava lendo os comentários desta notícia e outras relacionadas a este projeto e fiquei abismado. O que tem gente que critica por criticar é incrível.
Acho que muitos nem sabem quem é Nicholas Negroponte nem se deram ao trabalho de procurar saber.
Pode ser até que este projeto não decole por motivos políticos ou pressões de mercado mas eu garanto que se o Negroponte diz que é viável, podem ter certeza que ele não está falando isso de graça.
___
Nullum magnum ingenium sine mixtura dementiae fuit - Seneca
Comentário de nemesis
idiota!: Vc e o Dell. Ele, eu consigo entender, já que está interessado em vender o peixe dele. Vc, parece só um idiota.

A proposta do projeto é de um laptop realmente barato e bastante capaz para aquilo que se destina: educação.

Entenda: não é pra ser usado para baixar e reproduzir mp3, vídeos de sacanagem, games ou outras porcarias. É para ser usado na educação. 500MGz é suficiente, resolução de 600X480 é suficiente, Linux é plenamente capaz e suficiente. E $100 é excelente pedida.

;; ((lambda (x) x) "Isto é um comentário e não será executado nunca")

Comentário de helvecio
O buraco é mais embaixo....: O Notebook de U$100 não vai atrapalhar as vendas da Dell.
Eles não se interessam em vender para crianças pobres do terceiro mundo (ou quarto), já que eles não tem grana.

O problema é que com esse notebook as pessoas vão se perguntar:
Porque tenho que comprar um micro novo por U$500 se um notebook de U$100 atende às crianças na escola ? Porque tenho que atualizar meu micro a cada dois anos se o tal notebook não envelhece ?

Essa é a verdadeira ameaça. Fiquem de olho !!
Comentário de boi
Falta de informação?: Não acho que o problema seja falta de informação. Muita gente aqui está simplesmente torcendo contra.
Este não é um projeto de algum político demagogo ou de um aventureiro qualquer, mas sim de Negroponte, um dos cientistas mais brilhantes da atualidade, e do prestigiado MIT. É gente séria e altamente capaz. Não dá para comparar um projeto deles com o PC Conectado ou qualquer dessas palhaçadas de nossos políticos.
Comentário de Gabriel Andrade Santana
Dell pode estar certo...: "Esse tipo de equipamento é realmente o que essas pessoas precisam?"

Deixando a questão mercadológica de lado, acredito que essa pergunta do Dell é persistente...
Será que as pessoas que vão receber esses computadores vão saber ao menos lidar com eles? Acho que num país como o nosso em que mais da metadade da população é analfabeta(funcional ou não) um computador não iria ajudar muito.

E qual a utilidade desse equipamento nas mãos de um aluno pobre que na sua escola falta merenda e professor? Fica inviável investir desse modo num país em que a educação está TOTALMENTE sucateada no ensino fundamental, médio, superior....
É como chegar pra um flagelado da seca aki no nordeste e dar leite em pó pra ele. Kd a água pra misturar?!!
Fico imaginando o que vai ter de pai de aluno tentando vender o PC pra comprar pinga no primeiro bar da esquina...

À primeira vista isso me parece puro assistencialismo ou, no mínimo, afobação pra tentar mudar a situação do ensino rapidamente com "medidas desmedidas".



Antes dos computadores, primeiramente, livros.
Comentário de CWagner
Se não me engano, nos tempos: Se não me engano, nos tempos do computador popular da UFMG, houve rumores do lançamento de uma máquina SUN bem barata, possivelmente utilizando processador ARM ou outro RISC.

Será que o Dell está com dor de cotovelo por ver que alguém pode ter capacidade de conseguir o que ele não conseguiu? Ou seja, vender milhares ou milhões de unidades de um computador, de uma vez só, para governos de países em desenvolvimento (e não para as criancinhas desses países)

Concordo com ele quando diz que as crianças desses países necessitam de uma boa alimentação e educação adequada, inclusive já postei algo semelhante em outra notícia, mas desmerecer os aspectos técnicos, que são mais que suficientes para o que o aparelho se propõe, não condiz com o perfil do empresário que ele se tornou. Acho que em vez de atacar, ele poderia colaborar, se não financeiramente, logisticamente ou negociando com seus fornecedores para contribuírem com o projeto do MIT.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de vmedina
Um pouco de consciência social seria uma boa!: Sim esse tipo de equipamento é o que o público alvo dele precisa.

Você, o Michael Dell e outros capitalistas selvagens não entendem do que estão falando. Imagine só, você tendo que gastar R$ 300 por estudante é muito melhor que gastar R$ 6.000 por estudante. É matemática.

Pessoas mais humildes e sem condições financeiras, diferente de você que provavelmente tem a conciência social de uma ameba manca, não querem muito. Se vier com um editor de texto, um de planilhas, um player básico de mídia(pois mp3 não onera tanto assim) e um navegador já tá muito bom! Eles vão ficar felizes pra caramba. Até eu ficaria feliz em adiquirir uma máquina simples assim.

Sobre a conectividade, vou te dizer que vc precisaria volta para a escola. O que está escrito é "Muitas pessoas estão trabalhando em Wi-Fi, 3G, 4G, etc. Para educação, o alvo é laptops", ou seja muitas pessoas estão interessadas em conectividade, mas o que importa em educação são equipamentos portáteis para os alunos. Não tem nada a ver com ligar alguém em cima do morro, lugar infernal no seu preconceito.

Se mais pessoas usarem elas vão usar a alternativa de disquetes, como todo mundo que não quer jogar R$ 200 128/256 MB. Mesmo assim acho difícil alguém fazer isso de mp3 direto. Essas pessoas usam mais cds piratas num rádio do que mp3 tranquilamente.

Eu iria gostar de saber o currículo do Michael Dell para discutir com o pessoal do MIT.

A retórica de vocês é típica de quem prefere manter a informática em torres de marfim, quando ela pode ir para rua. Lembre-se que não é um "gadget" que querem dar para os alunos e sim um equipamento básico para eles poderem ter contato com a informática.

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765
É usuário de Linux? Mostre a sua cara!
Comentário de StanStyle
"Esse tipo de equipamento é: "Esse tipo de equipamento é realmente o que essas pessoas precisam?"
Deixando a questão mercadológica de lado, acredito que essa pergunta do Dell é persistente.

Se você acha que a pergunta do bilhardário da TI é persistente, seria uma total incoerência ignorar, como você disse, a "questão mercadológica".
Quando alguém cria um produto, seja ele qual for, ele terá um alvo, um público e nesse caso é para os estudantes de escolas públicas com acesso limitado a esse tipo de recurso.
Acho que num país como o nosso em que mais da metadade da população é analfabeta...um computador não iria ajudar muito.
Novamente, esse laptop não é para ser comercializado em super mercado ou em uma loja de informática, é específico para o estudante atual, não tendo o intuito de assistencialismo mas sim de uma ferramenta de aprendizado que, aliás, não tem nada de moderna. Grandes redes de ensino educacionais como o Objetivo oferecem salas interativas, chat com professor, provas no computador e muito mais. Isso não pode ser limitado apenas a classe A/B. É educação, o governo está investindo nos alunos de agora para quem sabe, talvez, ter um futuro melhor amanhã e reduzir o abismo do acesso à informação.
Não se enganem, alguns de vocês acham isso uma revolução, talvez por terem vivido em um período que o acesso a informação era restrito e até perigoso, mas definitivamente não é.
Lembro de um reportagem que falava da disponibilização de internet no sertão nordestino. Ela exemplificava uma associação de criadores de cabra (não lembro muito bem agora) que coordenava suas atividades através da rede, gerenciando pedidos e interligando contatos (e o cara "mal sabia escrever").
Queriam ou não, nós vivemos já a algum tempo na era tecnológica, onde praticamente tudo está interligado e as informações são extremamente rápidas e volumosas. Não me imagino fazendo alguns dos meus trabalhos sem a internet, sem tecnologia. Dependo de muitas pessoas que estão em diversas regiões e países e faço interação com elas todos os dias. Muitas das coisas que hoje nós temos é devido a TI, sem ela nosso mundo seria muito primitivo, tal qual o século XVIII.
Lendo meu agregador de RSS hoje, ví uma matéria falando que o google pretende catalogar 15 milhões de títulos (obras de domínio público) e as disponibilizar para todo o mundo, que até os "pobres do morro", como alguns citaram aqui, poderão ter acesso a esse conteúdo que talvez nem exista na melhor biblioteca do Brasil.
Parece que alguns querem limitar o acesso a esses recursos por puro preconceito ou prazer...
Esse assunto também me lembra o programa Digital Dividend da BBC World que debateu essa questão, mas em países africanos, asiáticos e do oriente médio.
www.bbcowrld.com
Mais em: www.digitaldividend.org/
http://www.cdi.org.br/
Comentário de alphazine
Visão limitada do Dell: Parte importante desse projeto está nas mãos do professor Seymour Papert do MIT. Ele é o criador do LOGO e autor de diversos livros sobre educação infantil. Não pensem que eles estão apenas falando de hardware. Este é um projeto completo e que vem sendo contruído há anos.

Um grande número de pessoas, que não estão necessariamente passando fome, podem se beneficiar deste projeto.

Os países que são alvo primário deste projeto são Índia, Brasil, China e Tailândia. Países com problemas, é verdade, mas também não estamos falando de África.

Não é à toa que a Dell vende tão mal por aqui. Esse tal de Michael deve achar que aqui só tem indigente. :(

E sobre a rede sem fio. Leiam pelo menos a página do projeto:

What about connectivity? Aren't telecommunications services expensive in the developing world?

When these machines pop out of the box, they will make a mesh network of their own, peer-to-peer. This is something initially developed at MIT and the Media Lab. We are also exploring ways to connect them to the backbone of the Internet at very low cost.


Fonte: http://laptop.media.mit.edu/faq.html
Comentário de Zé Otaku
Do jeito que ele fala é melh: Do jeito que ele fala é melhor vender os livros e compar comida e remédio.

Afinal aqui só tem muleque desnutrido e cheio de verme mesmo. ^_^
Comentário de stpa
Gasto por aluno: Medina, você toca em um ponto importante. Quanto o governo federal investe por aluno atualmente? Eu não sei, por isso pergunto. Conhecendo esse custo dá para ter uma idéia do que poderia acontecer com o orçamento da educação. O que seria mantido, acrescentado ou eliminado. A população brasileira de 7 a 14 anos é por volta de 26 milhões, a de 15 a 17, 10 milhões. Chuto que uns 60-70% desses frequentem a escola pública, 25% com renda per capita menor de um salário mínimo.

Não sou contra esse ocmputador, mas concordo que é tosco e limitado. Porém, se incluído em um projeto pedagógico adequado e bem estudado, levando em conta a nossa realidade, pode ser um bom investimento para resolver um dos nossos problemas mais graves, a educação. Mas, isolado e visto como *a* solução, não. É só mais um truque.


Comentário de Marco Tulio
Falou.: Claro que não existe. O MIT ainda vai apresentar o protótipo. ^_^

Se já existisse já estaria disponível. :P
Comentário de Marco Tulio
Notebook Dell com Linux: A Dell vai lançar notebooks com o Mandriva na França.

Isso faz parte de um programa do governo francês de venda de laptops para estudantes com condições de pagamentos facilitadas.
Comentário de dfghfdgh
Achei alguns dos comentários: Achei alguns dos comentários que li aqui decepcionantes.

Será que é tão difícil entender qual o objetivo do laptop de $100 (aprendizado)?

Ou será mais difícil entender que não se pode deixar de resolver um problema (exclusão digital) só porque existem vários outros (miséria)?

Sobre o que o Michael Dell disse, é o mesmo que o Bill Gates falar sobre o Linux...
Comentário de Patola
Parabéns: Só falar que "gostei" não acrescenta nada à discussão, mas esse seu comentário foi o mais iluminado de toda a discussão (sem desmerecer os que falam da função de ebook do notebook e outros bons) e eu tinha que reforçá-lo.

Percepção é tudo! Realmente, o problema desse notebook superbarato e limitado é a reação que ele desencadearia.
--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de frtnbrasil
Exato: "Fico imaginando o que vai ter de pai de aluno tentando vender o PC pra comprar pinga no primeiro bar da esquina..."

exatamente o que eu penso desde o começo dessa historia... isso vai virar um mercado paralelo
Comentário de Tércio Martins
"'Se fosse tão fácil criar: "'Se fosse tão fácil criar um computador desse tipo, ninguém precisaria comprar um novo. E estaríamos utilizando o mesmo tipo de computador que tínhamos em 1981', destaca Dell”

Esta é boa! Por que mudamos de computador?

Será que as softhouses não se interessam, ao fazer novas versões de seus produtos, que eles funcionem na mesma plataforma dos produtos anteriores? Por que, a cada novo software lançado, as configurações mínimas aumentam? É vergnhoso ver um simples editor de texto exigir um PC de 1GHz com 128MB de RAM para funcionar decentemente.

Com softwares livres, vejo desenvolvedores que se preocupam em diminuir a exigência de hardware para seus produtos, a cada nova versão lançada (este é um objetivo do Gnome e do KDE 4.x, atualmente beta), mas com os softwares proprietários acontece o contrário. Passa primavera, vem verão, e eles ficam mais e mais inchados, com "utilidades" dispensáveis para a maioria dos usuários, e "facilidades" que mais atrapalham que ajudam.

Se os desenvolvedores de SP não fossem tão sedentos por poder-de-processamento-e-memória, poderíamos nos deleitar com notebooks de 500 MHz e HDs de 5 GB ;)
______________

E, sobre os notebooks educacionais, não vejo motivo para criticarem tanto assim. Creio que muitos leitores do BR-Linux começaram na arte da programação com "eficientes" MSX ou simpáticos "Magic Computers da Dynacom", que vinham com interpretadores Basic que transformávam o usuário no Senhor da Máquina. Incontestavelmente, muitos começaram assim (até o Linus, com um Sinclair ZX Spectrum).

Estas máquinas tinham um baixo poder de processamento (se eu não me engano, os MSX mais potentes vinham com um processador de 2 ou 4 MHz), mas elas funcionavam adequadamente (nunca usei um MSX, mas quem usou diz que você podia formatar um disquete e ouvir música ao mesmo tempo., coisa que não consigo no Windows :)

Entretanto, para que estas crianças pegariam em notebooks? Para ler e (eu gosto muito deste "E") para *PROGRAMAR*!

O quê? Programar, Tércio? Estas crianças nem sabem pegar num garfo, quanto mais em mandar o computador pegar num!

Primeiro, imagine como foi difícil para você, leitor, aprender a programar (caso você tenha aprendido :p ). "Como transformar os mais íntimos desejos do inconsciente em uma seqüência de instruções que pudesse ser compreendida pela máquina?" O aprendizado foi duro, sim, mas cada um de vocês aprendeu a estruturar melhor suas idéias, a traçar metas e estratégias para alcançá-las (e funções, e procedimentos, etc.), tudo isto com o auxílio da programação.

Alguns pesquisadores na área da Informática Educativa (incluam entre eles Seymour Papert, também do MIT) sugerem que as escolas ensinem programação às crianças, na esperança delas afinarem seu raciocínio lógico e aprenderem a planejar melhor seus atos. Nas não imaginem que as crianças sejam forçadas a aprenderem C na sala de aula. Papert criou uma linguagem chamada Logo, cujo objetivo é formar desenhos "estáile" somente utilizando-se de programação. Com um pouco de planejamento, pode-se utilizá-la em projetos pedagógicos surpreendentes!

O problema, a meu ver, não é a especificação técnica (que, para mim, está ótima), e sim a assistência técnica das máquinas. Tem que ser criado um suporte que não seja oneroso tanto para o Estado como para os usuários. Senão, a única lembrança deste projeto no futuro seria um monte de notebooks inutilizados.
Comentário de Tércio Martins
Ops...: Mensagem duplicada! :p
Comentário de vmedina
Possibilidades: Ele é tosco, mas com muito menos que isso podemos ler pdf ou outro formato qualquer, talvez algo baseado em XML, certo?

Ao invés do aluno ter um livro por ano e etc, ele recebe um laptop desse e recebe uma carga de livros por ano DIGITALMENTE. Isso é legal não acha? Funciona com 500MHz.

Coisas assim podem ser realidade não concorda? POderia até ocorrer no ensino superio e técnico tb. Imagine só receber um micrinho pra você guarda livros e etc.! Não seria legal?

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765
É usuário de Linux? Mostre a sua cara!
Comentário de StanStyle
Isso já é comum em escolas: Isso já é comum em escolas e universidades particulares (eu mesmo precisei anotar apenas umas 3 vezes no caderno durante todo o curso que, aliás, era apresentando em mídia digital (datashow) e disponibilizado no site da instituição).
Algumas universidades de engenharia também substituiram o papel pelo notebook (que cada aluno trás).


Comentário de Renato Yamane
O notebook de US$100 no país de analfabetos: Antes de vender notebook por US$100 seria interessante o governo investir (de verdade) na educação do seu povo.
De que adianta disponibilizar notebooks por US$100 se o brasileiro não sabe nem escrever?
Um abraço,
Renato
Comentário de Patola
Essa é a idéia: O notebook ajudar, por exemplo, o aluno a aprender a escrever (nem que seja alunos da quinta série em diante a deixarem de ser analfabetos funcionais).

O que você disse é como dizer "de que adianta livros baratos se o brasileiro não sabe nem escrever?".

De fato, eu não entendo por que tanta resistência das pessoas nessa discussão a um aparato tecnológico. Só porque é tecnológico elas pensam que é um gasto exorbitante ou luxo desnecessário. Não é. Se usado com uma política boa, pode ser extremamente desonerante e produtivo. É, de novo, como livros: não adianta lotar as salas de aulas com livros se eles forem ruins ou seu uso mal planejado.

Ser tão simples ainda ajuda, impedindo assim que ele seja usado pra fins que - aí sim - seriam luxos.

(E isso pode ter um outro lado positivo ainda: imagine o garotinho de 13 anos usando o notebook mas querendo fazer mais coisas com ele - aprender Linux, instalar um aplicativo novo, jogar algum joguinho. Isso tudo será não trivial, com certeza. E o estimulará a aprender a dissecar o sistema, a explorar o máximo do hardware, talvez até a aprender a programar.)
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LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de stpa
Sim...: Concordo. As possibilidades são bem interessantes, tipo Sagarana, Memórias de Brás Cubas, até Os Lusíadas em pdf. Programas interativos para treinar e incutir conceitos de Matemática, Gramática, Filosofia. Ou seja, nas mãos certas, com bom planejamento e orientação, é bem interessante. Mas isso implica em mais custos, pagamento de direitos autorais aos autores de gramáticas, textos de ciências, etc... Por outro lado elimina o custo do papel, incluindo ai o ambiental.

Um problema que vejo é a necessidade de planejar o conteúdo e como deve se adotar o dito cujo no currículo escolar. Sem atropelos ou interesses eleitorais e midiáticos. Como será o suporte e treinamento de professores para orientar os alunos; custos. Como será o acesso à internet; satélite, rádio? Temos infraestrutura para isso ou teremos que criá-la, no Alto Rio Negro, na Chapada Diamantina, no Sertão do Cariri; custos. Conteúdos diferenciados e adequados para cada faixa etária e/ou série. Para cada região? Mais custos. Como esses e outros custos que não estão previstos nos US$ 100, se encaixam no orçamento da república? Retira-se recursos dali para por aqui? Quanto e de onde? Por isso peguntei se alguém sabia quanto gasta-se por aluno na rede pública. Parece-me que são 8 bilhões de reais com livros e merenda, por ano. Isso dividido por uns 15-20 milhões de alunos, dá uns R$ 500-600 por aluno. Os US$ 100 = R$ 226 representam um aumento de 40-45% nesses custos. Mais 3,4-4,5 bilhões somados aos 8 bilhões. Só nas máquinas, excluindo todos os outros custos associados. É um aumento significativo no investimento na educação que seria bem vindo. Mas será possível, neste momento?

Não é algo simples de responder a todas essas questões e, portanto, é preciso discutir e estudar a sua viabilidade real. Fazer testes de campo. O Negroponte quer que o Brasil se compromenta já em adquirir 1 milhão de unidades no primeiro trimestre de 2006, ou ele os vende para a Colômbia. Não acho isso viável ou prudente. Seria melhor pegar 1.000 ou 2.000 e fazer testes-piloto para detectar falhas e deficiências, ajustar detalhes, ver como os alunos reagem e elaborar um planejamento a longo prazo. Para ter certeza que funciona e atende às expectativas.
Comentário de CWagner
Direitos Autorais? : Direitos Autorais?

O governo tem um exército de profissionais capacitados para produzirem qualquer tipo de material educacional, e o que é melhor: eles já recebem para isso.

Quanto às obras citadas, creio que a maioria, se não todas, que você citou já são de domínio público.
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Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de Leandro
Para mim estaria bom: Conheço muita gente que só quer o micro para ler email, escrever textos, navegar na net. Gente que não gosta de joguinhos, ou ver filmes no micro. Nem ouvir música no PC. Para gente assim um note desses seria mais que suficiente. Não entendo essa resistência. Para mim é uma excelente idéia. Muitos micros de hoje são um canhão para matar uma mosca.

Muita gente, mas muita gente mesmo, gostaria que o computador fosse como outro eletrodoméstico, com funções fixas e simples de usar. Tem gente que detesta complexidade. Conheço gente que tem máquinas possantes, porque são novas, e nunca vai fazer mais que uma planilha, um email, um texto, navegar na internet.

Vcs acham que para gente assim um note como esse do MIT não seria suficiente?

Leandro
Comentário de stpa
Mas trabalham de graça?: São escravos? Ai, realmente, não custa nada. Ou ficam sem fazer nada, ganhando para ficarem à disposição da eventualidade de alguém precisar desses textos? Ai custa a quem paga impostos manter quem trabalha de vez em quando, enquanto não trabalha; por isso o dinheiro vai pelo ralo. Ficaria mais barato pagar o sujeito quando precisamos dele. Ou são indivíduos que recebem a determinação de interromperem o que fazem para escrever tais textos. De qualquer forma, o salário desse exército é um custo que transformado em horas de trabalho, deve ser transportado para a planilha de custos da atividade para qual foram alocados os funcionários. Mesmo que seja insignificante e se dilua no custo total. É dinheiro público e temos o direito de ser informados.

Quanto aos direitos autorais, por favor não seja tão literal na sua leitura. Com algum esforço dá para fazer uma lista de obras que ainda não são de domínio público, mas, nem por isso, não devem ou podem ser ignoradas. Para cair em domínio público, conta-se setenta anos a partir do falecimento do autor de uma obra literária (Lei nº 9.610, de 19.02.98, Art. 41). O Camões e o Machado, tudo bem, mas o Guimarães Rosa foi-se em 1967. Dai, faltam alguns anos para as suas obras cairem em domínio público, certo?

Mas esse detalhes não são os que devem ser discutidos. O que proponho discutir são custos que não estariam incluidos ou previstos no valor proposto pelo Negroponte. Para saber o quanto isso nos custará realmente. Acredito que não esgotei o que pode ser listado como custo e mesmo que estive longe disso. Posso ter incluindo fontes de custo insignificantes ou não aplicáveis, mas isso não refuta a idéia de que o custo de produção do computador é apenas uma parte da conta. Se a conta é viável ou não, é uma outra conversa que só faz sentido se soubermos quanto custará.
Comentário de CWagner
Escravos não meu caro, mas f: Escravos não meu caro, mas funcionários públicos. Boa arte deles são mestres ou doutores em diversas áreas do conhecimento, e que apesar de na sua maioria já terem funções específicas dentro dos órgãos, têm plena capacidade de produzirem pelo menos dez linhas de texto por semana, algo que se multiplicado pelo número desses profissinais que fazem parte do recurso humano dos setores públicos, daria um baita wiki.

O problema é conteúdo? Que tal disponibilizar o que já foi produzido em faculdades públicas? Afinal de contas o pesquisador já é pago para produzir mesmo. Por que não divulgar seu trabalho para o público que paga seus salário? Aliás isso deveria ser feito há muito tempo, e sem projeto de computador para alunos de escolas públicas.

Existem vários doutores e mestres com desvio de função, trabalhando em escritórios, cercados de assessores, apenas despachando ofícios e memorandos, dando conta de problemas administrativos, muitos ocupam cargos de confiança, apenas por motivos políticos, que sequer deveriam existir.

Mas vamos estudar custos que não estão previstos, assim como todo impacto que o uso de um equipamento equivalente poderia causar nas vidas de alunos, pais, professores, marginais, policiais, comerciantes, etc... Sim, pois não seriam apenas os alunos que serão afetados, mas toda uma comunidade e seus cidadãos. E vamos passar mais alguns anos estudando, governos e políticas mudarão. Vamos prever o que essas crianças se tornarão, sem acesso facilitado à informação e conteúdo, sem uma possibilidade de contato com uma ferramenta que lhes é atraente, possível, mas totalmente fora da realidade econômica de um país que teima em queimar dinheiro, investindo em rodovias que todo ano se desintegram com seu uso, não costrói sequer um metro de ferrovia, porque isso não é de interesse dos fabricantes de automóveis e distribuidoras de combustíveis, que não investe em saúde popular e infra estrutura que poderiam muito bem evitar que muitos ficassem doentes, diminuindo o custo da compra de remédios de laboratórios de remédios que ninguém sabe o quanto ganham do governo.

Vamos estudar, e continuar estudando por anos a fio, enquanto a população ignorante desse país cresce e se torna mais uma gado consumista de produtos industrializado, que fazem mal à saúde, mas enchem as contas dos empresários e políticos corruptos, que nada fazem além de estudar e legislar em causa própria.

E quando não houver mais estudiosos por falta de base, que hoje pode ser aumentada com o uso de tecnologia, então entraremos em uma fase de atividade, pois não teremos mais quem pense tanto e a população irá agir, movtivada por algum líder cansado de tanto esperar que os estudos acabem para se tornarem úteis à realidade dos milhões de pessoas que sofrem por falta de... estudo e conhecimento necessários para uma vida digna e menos dura.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de vmedina
Pra que Internet??????: Pessoal, eu queria apresentar pra vocês uma amiga minha: a REALIDADE. Pelo visto vocês não tem reparado nela ultimamente.

Pra que a internet para uma criança no fim do mundo, aonde você não tem nem eletricidade???? Pior, como que essa criança no fim do mundo vai recarregar as baterias????? Isso deve ser colocado em prática aonde se tem condições de isso ocorrer, que serão as capitais e cidades mais avançadas do interior.

Se o governo brasileiro comprasse 1 milhão e disponibilizasse para testes nas principais capitais e em colégios técnicos ou de nível médio seria um bom teste.

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765
É usuário de Linux? Mostre a sua cara!
Comentário de vmedina
São professores meu caro! Pr: São professores meu caro! Pra isso que eles existem e trabalham para produzir conhecimento.

Eles são poucos para você? Ótimo use os formandos de faculdades.

Sempre tem gente fazendo drama.

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765
É usuário de Linux? Mostre a sua cara!
Comentário de Manoel Pinho
Manivela: A máquina tem uma manivela para carregar as baterias em lugares que não há eletricidade...
Comentário de stpa
Racionalidade: Então vamos comprar e se der certo, ótimo. Se não der, que pena, gastamos dinheiro, mas foi legal, valeu a intenção. Afinal de contas, essa história de ficar pensando muito é coisa de desocupados ou prática de paises desenvolvidos. Somos inferiores e temos que aceitar o que as mentes superiores de paises civilizados nos ditam.

É importante perceber que não estou contra, nem a favor do Negroponte. Quero me informar e saber o que pode ser feito na nossa realidade. Não vou comprar uma idéia só porque ela é bela e utópica, mas na prática pode frustrar sonhos. Chega de ficar sonhando com promessas. Quero saber os custos da coisa e como será pago. Saber se não vamos ser iludidos com a compra de 1 milhão de máquinas e o restante virá em troca de votos, o que não é uma garantia real ou crível. Além de ser uma forma nos manter subservientes, trocando voto por água na seca.

Enteda por custo tudo aquilo que é gasto, o que inclui investimento com retorno e eventuais desperdícios. É um termo neutro. Se o orçamento do governo não prevê essa despesa, vai tirar de onde? Do aerolula ou da verba para publicidade? Ótimo. Da verba para combate à gripe aviária? Péssimo. Da verba para itens da educação? Nesse caso é preciso ver de onde e se compensa. Compensa? Ótimo, vamos em frente.

Minha "proposta" é a de criar testes pilotos e partir desses resultados decidir o que fazer. E como fazer. Com prazo de início e fim. Isso evitaria um fracasso de uma iniciativa que pode ser revolucionária. Revolucionária ao ponto de não serem previsíveis *todos* os seus efeitos e a sua dinâmica. Fazer testes para avaliar isso tudo tem um custo mas um tem um retorno. Como tudo na vida.

Nossa ignorância cresce porque importamos idéias e investimos pouco em gerar conhecimento. Além disso, existe o equívoco de que todo conhecimento tem de ser prático, como se aplicações práticas viessem do nada. Lembre-se que a eletricidade era um brinquedo de nobres ou burgueses desocupados antes que inventassem ou descobrissem usos práticos para ela. Fico imaginando as piadinhas estúpidas que o Jô Soares faria sobre as experiências do Luigi Galvani e do Alessandro Volta se ele fosse contepôraneo deles no século XVIII e início do século XIX: "vejam mais uma coisa inútil que os cientistas descobriram..." Universidades publicas devem produzir e transmitir conhecimento. O aluno do professor que "brinca" com a perna da rã é quem vai estudar ou desenvolver as aplicações da bioeletricidade. Esse mesmo aluno vai dar aulas no ensino básico e transmitir esse conhecimento. Fundar uma empresa que aplique esse conhecimento. Por mais inútil que possa parecer, em uma análise imediatista e superficial, o trabalho de pesquisadores deve ser valorizado e incentivado, evitando-se bobagens óbvias, é claro. Apesar de ser muito difícil prever se uma bobagem aparentemente óbvia possa revolucionar todo um conhecimento. Esse conhecimento é divulgado pela imprensa em geral, pela Scientific American, Superinteressante, Revista da Fapesp. Está nas bibliotecas, nas enciclopédias, nas TVs educativas e canais de documentários. Pesquisadores dão cursos de extensão para leigos e professores. Quando dedicam-se às atividades administrativas, o fazem porque não há verbas para contratar administradores ou as funções administrativas exigem conhecimentos específico da área. Exemplos? Oswaldo Cruz, Renato Basile, Paulo Nogueira Neto, Vital Brasil, Adolpho Lutz,... Tudo isso tem um custo, mas tem um retorno. Desviar um pesquisador do seu estudo sobre eletricidade e pernas de rã para escrever um texto básico, não previsto no seu projeto ou proposta de trabalho, tem o custo de atrasar o seu trabalho. Se esse custo causa prejuízos, deve ser evitado. Se traz benefícios, pode ser incorporado. Custo não é a mesma coisa que desperdício ou prejuízo. Estes últimos são o resultado da conta custo-benefício.

Acho que devemos investir muito mais, muito mais, em educação. Digo *investir* e não *gastar*. Se a idéia do Negroponte significa *investir*, ótimo. Se significa *gastar*, péssimo. Se é a melhor alternativa que temos, muito bom. Como responder a essas questões? Usando retórica e persuasão? Desqualificando o interlocutor, pinçando uma citação conveniente que sirva para desviar o foco do assunto, sem responder se o benefíco supera o custo? Isso, evitando medir o custo. Evitando responder se é viável?

A entrevista com o Dell diz que ele menciona "sérios problemas estruturais", mas não os lista. É o reporter ou Dell que omite quais seriam esses problemas? Se eu fosse o chefe de redação do reporter, faria ele corrigir esse erro ou omissão. Desqualificar o Dell não refuta a sua lista de "sérios problemas estruturais". Assim como elogiar o Dell não confirma a sua lista de "sérios problemas estruturais". Quando iniciei a minha intervenção nessa nossa coversa, tinha em mente explorar o possíveis "sérios problemas estruturais" e se isso tem ou não fundamento. Apesar de não saber o que o Dell entende por isso...

Ah sim, por favor evitem discutir se Superinteressante é ou não um bom exemplo (essa frase é só um exemplo). Proponho que discutamos custo X benefíco e "sérios problemas estruturais".
Comentário de CWagner
A tempo: acho que o atual gov: A tempo: acho que o atual governo já está fazendo isso.

De que forma, não sei, mas com certeza há pessoas muito bem capacitadas e com certeza outras nem tão capacitadas assim, para decidir ou relatar as vantagens, desvantagens, ganhos, perdas, dificuldades e seja mais o que for para ser discutido, debatido, formalizado e planejado.

Não sei se alguém aqui ainda confia no governo, hoje nem sei dizer se temos governo. Deve haver uma maneira de saber a quantas andam as análises desse grupo de trabalho sobre o projeto so Negroponte.

Se estamos realmente preocupados com isso devemos tentar ou até mesmo exigir contato com essas pessoas, através de quem não sei, para que dêem explicações sobre o que está acontecendo. Isso seria mais prático e proveitoso do que ficarmos trocando farpas e debatendo nossas idéias sobre um provável futuro que talvez nem chegue a existir, afinal de contas quem sabe qual será o escândalo da semana que vem, quais suas repercusões e que problemas irão causar ao governo.

Mas se quisermos continuar com o bate papo, que para mim está bom, podemos prosseguir com a postagem de nossas idéias que provavelmente não tem o menor peso na tomada de decisões dos nossos governantes.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de stpa
1.000.000 é muito: Um milhão é muito para um teste. Iria custar US$ 1 bilhão, provavelmente retirados do oreçamento da educação. Seria melhor uma quantidade menor, 1.000-10.000, em locais representativos de peculiaridades culturais e educacionais. Isto de for fazer um teste.

O problema talvez seja que o Negroponte conta, acho eu, com uma escala de produção alta para chegar nos US$ 100. Quantidades "pequenas" teriam um custo de produção maior.
Comentário de pilgerowski
> Eu acho que quem nunca usou: > Eu acho que quem nunca usou um computador na vida
> ficaria muito feliz em usar um computador desses,
> mesmo com recursos tão limitados.

Mesmo com recursos tão limitados eu ficaria feliz de ter um laptop desses. Quando paro e penso que só deixei de usar meu desktop com um AMD de 450 MHz por que ele não rodava DVD eu olho esse laptop aí e penso: "putz, como eu gostaria de ter uma máquina dessas...". Até porque eu não uso computador para jogar o último grito em games, uso para coisas úteis.

Charles Roberto Pilger http://www.charles.pilger.com.br #134499
Se você acha a educaçao cara, tente a ignorância. - Derek Bok
Comentário de pilgerowski
> como se vai imaginar que um: > como se vai imaginar que um carinha que mora lá na última
> casa de um favelão, no alto morro (não levem para o lado
> do preconceito, por-favor), vai ter uma acesso via cabo,
> ou Wi-fi, 3G ou 4G, como ele afirmou

...

> Se um acesso idiota via celular que não se usa mais do
> que um ou dois megabyte nós pagamos um valor astronomico,
> imagina o cara que literalmente come arroz com feijão a
> semana inteira. Ele vai ter que deixar de jantar pra poder
> navegar uma hora por dia!!!

Hmmm... ok, questões pertinentes, mas que já foram pensadas:

What about connectivity? Aren't telecommunications services expensive in the developing world?

When these machines pop out of the box, they will make a mesh network of their own, peer-to-peer. This is something initially developed at MIT and the Media Lab. We are also exploring ways to connect them to the backbone of the Internet at very low cost.

Fonte: http://laptop.media.mit.edu/faq.html

Ou seja: não se vai usar uma estrutura telefônica, mas sim outros laptops criando assim uma rede ponto-a-ponto. Na escola vai ter um ponto de acesso à Internet, e via wi-fi cada laptop vai acessar esse pnto. Crianças que moram num ponto mais distante acessam a rede através de outro laptop, e é por isso que essas máquinas nunca são desligadas.

Por favor pessoal, antes de opinarem e sair metendo pau que tal ler no mínimo o FAQ do projeto?

Charles Roberto Pilger http://www.charles.pilger.com.br #134499
Se você acha a educaçao cara, tente a ignorância. - Derek Bok
Comentário de pilgerowski
Leia o FAQ: : Leia o FAQ:

http://laptop.media.mit.edu/faq.html


Charles Roberto Pilger http://www.charles.pilger.com.br #134499
Se você acha a educaçao cara, tente a ignorância. - Derek Bok
Comentário de pilgerowski
Renato, mas esse laptop é JU: Renato, mas esse laptop é JUSTAMENTE para crianças na fase de alfabetização!!!!


Charles Roberto Pilger http://www.charles.pilger.com.br #134499
Se você acha a educaçao cara, tente a ignorância. - Derek Bok
Comentário de Martin
Acho que vendem sem sistema operacional:
Não tenho certeza se ela vende também (como a Itautec) Pcs com Linux instalado. Se vendem, será com aquele da Liberdade na Janela?


Acho que vendem sem sistema operacional, mais nao com Linux.

Também, estão por lançar um programa de afiliados (em
www.dellafiliados.com.br)
BR-Linux.org
Linux® levado a sério desde 1996. Notícias, dicas e tutoriais em bom português sobre Linux e Código Aberto. "A página sobre software livre mais procurada no Brasil", segundo a Revista Isto É.
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