“É isso! Quem estiver afim de comprar a caixinha terá a oportunidade de fazê-lo a partir do dia 3 de novembro (de acordo com o site). Alguém saberia adiantar quanto vai custar em reais? Outras dúvidas: Porque o site da Mandriva é totalmente diferente da Conectiva? E por que cargas d'agua agora o www.mandriva.com só aparece nas versões inglês e francês? Acorda Conectiva!” A nota foi enviada por Bode (meuatariΘyahoo·com·br), que acrescentou este link da fonte para maiores detalhes.

Aproveitei as questões lançadas pelo leitor para compor uma rápida entrevista com Helio Castro, desenvolvedor do projeto KDE e da Mandriva Conectiva. Veja abaixo o texto completo.

Quais novidades voce destaca no Mandriva 2006, em relação às últimas versões do Mandrake e do Conectiva Linux? E de que forma os técnicos brasileiros contribuiram com isso?

O Mandriva 2006 sofreu a primeira aproximação da tecnologia da Conectiva, bem como o processo de polimento. Apostas como o XFree mais atual pré 7.0, Kat como tecnologia de procura similar ao Spotlight (tm) ou Beagle, KDE 3.4.3 e maior suporte a devices dinâmicos e balanceamento de aplicações entre as versões são algumas das características principais do produto.

A internacionalização para português do Brasil foi mais polida, para se obter a mesma qualidade originária do Conectiva 10 também é uma das características importantes adquiridas neste processo de integração. A equipe do Brasil, além da parte de servidores, tradução, ferramentas, começou a trabalhar no próximo sistema de buildsystem para inovar as características de como a distribuição é desenvolvida.

Baseado no conhecimento adquirido por experiência no Conectiva 10, este sistema irá melhorar a qualidade tanto de desenvolvimento por parte da equipe e contribuidores e de produto para o usuário final, permitindo também que a equipe das dois laboratórios ganhe mais tempo pra fazer o que fazem melhor, desenvolver novas tecnologias.

É importante lembrar que o Mandriva 2006 possui um modo especial de atualização do Conectiva 10, para manter nossa base de usuários


Como anda a integração entre a Mandriva e a estrutura brasileira? Os sites vão se unificar, por exemplo?

Para responder a esta, consultei a área responsável. A integração está ainda se efetuando, com ajuste entre as equipes processo de trabalho para a próxima versão, bem como a distribuição de projetos globais, que serào tanto trabalhados pelos laboratórios do Brasil e da França ( incluindo customizações da distro, desenvolvimentos específicos, etc.). Os sites deverào ser unificados no prazo de um mês, segundo o departamento de marketing

Pouco antes da fusão, a Conectiva vinha investindo em tecnologias mais avançadas de gerenciamento de pacotes, com sistemas como o Smart e integração entre o formato RPM e as ferramentas originárias do Debian. Algo deste trabalho irá achar seu caminho atá as novas versões do Mandriva Linux?

Tanto vai que o novo buildsystem tem componentes que usam a API do Smart, usam uma versão do package tester da debian chamado lint ( chamado de rpmlint aqui ), e na medida das necessidades lógicas isso só tende a crescer. A história entre a integração dos formatos foi só um não entendimento correto da proposta do smart. Na verdade, a primeira impressão que todos tiveram era que o smart permitiria que se instalasse ambos pacotes debian e rpm no mesmo sistema. O que o Smart se propõe ( e já faz ) é ser um frontend para os vários backends de instalação. Ou seja, se você usa um sistema rpm, ele gerencia sua base rpm; se você usa um sistema Slackware, ele gerencia a base tgz, e assim por diante. Mesmo assim, o smart está anos-luz à frente das tecnologias de resolução de dependência, por isto mesmo a gente aposta nele como sucessor natural ao apt-get e demais tecnologias da geração anterior.