Já que nós raramente temos a oportunidade de dizer algo positivo sobre a Microsoft, deixe-me começar parabenizando-a, diz Georg Greve, presidente da Free Software Foundation Europa. A Microsoft finalmente parece ter avançado em direção a liberdade dos seus usuários: das cinco licenças publicadas, à primeira vista duas delas parecem seguir a Free Software Definition (Definição de Software Livre). De acordo com a primeira leitura da FSFE, a Microsoft Permissive License (Ms-PL) e a Microsoft Community License (Ms-CL) aparentam satisfazer as quatro liberdades que definem o Software Livre. Em particular: a Ms-CL também traz aparentemente uma variação da idéia do Copyleft, que foi implementada pela primeira vez pela GNU General Public License (GPL). Dadas declarações anteriores da Microsoft a respeito do Copyleft e particularmente sobre a GNU GPL como sendo viral, cancerosa e comunista, ver agora a Microsoft publicar estes mesmos princípios é uma evolução.
Naturalmente, não é a publicação de uma licença, mas sim de software sob ela que dá aos seus usuários liberdade: É obviamente não muito útil se cada companhia, administração ou autor resolver publicar suas próprias licenças; logo seria preferível que a Microsoft tivesse decidido por adotar a GNU General Public License (GPL) e a GNU Lesser General Public License (LGPL) para seu programa chamado Shared Source (Código Compartilhado). Mais de 50% dos Softwares Livres existentes estão publicados sob estas licenças, elas são bem conhecidas e as pessoas tem bons motivos para confiar nelas. A Microsoft caminhou um quilômetro e agora está a poucos centímetros da GNU (L)GPL: Nós entendemos completamente que a Microsoft está tentando enfiar a unha do dedinho na comunidade Software Livre, e nós recebemos isso com boas-vindas, continua Greve. Mas preferíamos ver com o tempo a Microsoft se juntar a comunidade global de vendedores comerciais de software GNU (L)GPL. Por agora, seria bom se a Microsoft começasse a relicenciar seu portifólio sob a Ms-PL ou Ms-CL; mas nós ainda temos que alertar as pessoas a terem cuidado com relação ao rótulo de Shared Source e olhar as licenças usadas caso a caso: As outras três licenças o programa Shared Source são claramente proprietárias e obviamente não podem ser chamadas de Software Livre. conclui Greve.
As Free Software Foundations precisarão de mais tempo para estudar estas licenças e as interações delas com outras licenças mais profundamente, então esta não é uma avaliação final e a avaliação final pode certamente revelar problemas que não foram visíveis à primeira vista. A Microsoft ainda tem um longo caminho a seguir, mas por agora parece que eles deram um passo na direção correta, e a Free Software Foundation Europa espera que eles se mantenham nessa direção. Sobre a Free Software Foundation Europe: A Free Software Foundation Europe (FSFE), fundada em 2001, é uma organização não-governamental dedicada a todos os aspectos do Software Livre na Europa. Acesso ao software determina quem deve ou não participar numa sociedade digital. A liberdade de usar, copiar, modificar e redistribuir software - como descrito na definição de Software Livre - permite participação igualitária na era da informação. Alertar sobre estas questões, assegurando o Software Livre política e legalmente, e dando liberdade as pessoas suportando o desenvolvimento de Software Livre são as questões centrais da FSFE. Mais informações sobre o trabalho da FSFE podem ser encontradas em http://fsfeurope.org, e participe ativamente http://fsfeurope.org/contribute/.” A nota foi enviada por Fernanda Giroleti Weiden (fernandaΘsoftwarelivre·org), que acrescentou este
link da fonte para maiores detalhes.
Tomara que sim! Sempre é bom ter gente vindo para o nosso lado. Quando será que irão sair os primeiros Softwares com essas licenças?
Em outras notícias, começou a cair flocos de neve no inferno! ;P
[]s!
Vinícius Medina
Usuário Linux 383765
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