Hélio Costa e a petição: Concordo com a opinião do editor sobre o conteúdo e propósito da petição. Acho ainda que da forma como ela está redigida, expondo preconceitos formados a partir de dogmas ideológicos e não colocações resultantes de uma reflexão mais profunda e isenta, impede a adesão de um maior número de pessoas. Nem todos concordam com as colocações primárias e precipitadas ali expostas que poderiam ser evitadas sem o menor prejuízo para se chegar a um resultado satisfatório.

Por exemplo, na matéria "Software livre quer Hélio Costa fora do Ministério", publicada no caderno de economia do Estado de São Paulo em 27/08/2005, a assessoria do MIC declara que "Nada do que está dito ali [na petição] procede" e em seguida refuta ponto por ponto os itens da petição com muita facilidade e de forma bastante razoável; o texto está diponível somente para assinantes do Estadão ou para quem se dispuser a se cadatrar para o acesso temporário. Um dos pontos que me chamaram mais à atenção foi a justificativa de que a demissão de Antônio Albuquerque se deu em virtude de um relatório da Controlaria Geral da União (CGU) sobre problemas no Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão. Ou seja, falta à petição substância pois ela reflete falta de informações que a sustente.

Portanto, seria muito mais conveniente um pedido de esclarecimentos ou uma proposta de alteração em políticas, como propõe o editor ai em cima. Infelizmente, preferiu-se divulgar um texto que parece ter-se originado em uma mesa de botequim sob o mote "se hay gobierno, jo soy contra".

COm relação a Veja, há um: COm relação a Veja, há um excelente texto de minha autoria que publiquei no sitio:

http://brazil-brasil.com/content/view/604//

Dëm uma olhada.Lá eu desmacaro, respaldado com leituras dos colegas do Linux-FUD, as mentiras da veja!

Sobre os Telecentros: Acredito ser de fundamental importância para se discutir a importância e funcionamento dos Telecentros,a leitura da coluna de Elio Gaspari (http://www.correiodopovo.com.br/jornal/A108/N293/HTML/Elio.HTM)
publicada em 20 DE JULHO DE 2003 em diversos jornais (como FOLHA DE SP,CORREIO DO POVO,O GLOBO,etc..) que além dos Telecentros aborda também o Linux e o Software Livre.

Note que o jornalista não é um expert na causa do Software Livre,e classifica a questão técnica de ,"uma discussão chata, freqüentemente incompreensível ,porém,como poucos,escreve com habilidade sobre o assunto no qual cita o Telecentro da Cidade Tiradentes que após dois anos de funcionamento "está muito bem, obrigado."

Para finalizar, gostaria de ressaltar um ponto que foge um pouco do assunto Telecentro e foca mais a questão das informações divulgadas na mídia quando se trata de informática e/ou Software Livre:como invariavelmente são escritas por jornalistas,há sempre um erro crasso (e frequente) como "Linux é um software que não roda no Windows" e coisas do tipo.

A pergunta que me faço com certa frequência é:além das questões de formação e habilidade na escrita (como resaltado por Jamanta no texto extraído do Viva o Linux)por que os cadernos de informática NÃO são escritos por profissionaias da àrea,sendo que os mesmos são capazes de elaborar tutorias e apostilas muito mais elaborados e detalhados,do que um caderno de informática?

Software Livre é a minha cara,
Debian é a minha escolha!

Petição: Como autor da petição, concordo que o teor foi meio radical. Acho que eu tava meio irado com a crise política, e hoje se fosse fazer de novo seria diferente. Mas, mesmo assim, foram 4000 assinaturas.

Mas já que assinar é de graça, por que não lançam uma outra petição, mais "pé no chão"? Aposto que daria certo!

Bem ou mal, acho que fiz a minha parte. Fica aberto o convite para alguém criar outra petição, posso colocar um "update" na minha petição sugerindo o redirecionamento...

Abraços a todos.

Mais ou menos deu nesse Governo que nós elegemos: A Petição deve ser, ao menos, divulgada na Comunidade SL?
Precisa melhorar o texto?
As refutações publicadas no Estadão são boas?
Certo: todas essas questões são importantes, mas não são fundamentais.
Basta olhar para o Governo Lula. O que se vê?
Um governo que se impôs pelas alianças espúrias, pelo marketing político e pela hegemonia dos petistas fisiológicos. O que resta desse Governo, hoje? A estabilidade econômica...ah... E o que mais? Que tal, o mesmo nível dos Governos anteriores, senão o mesmo, da desigualdade social?
Bem, mas porque estou escrevendo isso? Ora, esse Sr. Hélio Costa é de uma direita de altíssima qualidade, que sabe a quem defender e representar. E não é, tenham certeza, a inclusão digital.
A propósito, encontrei a Petição em uma pesquisa de como instalar o jre_1.5.0_04 no Suse 9.3!

João Melo

Informática é muito chato: Legal é o que se pode fazer com ela. O único colunista da área que gosto de ler é o Robson Pereira, mas ele escreve no caderno de variedades do Estadão, não no caderno de informática. As colunas dele também podem ser lidas na internet, http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/robsonpe/

Por que se contentar apenas com o caderno de informática se a gente pode invadir o jornal inteiro?

Que tal fazer o ônibus do Ubuntu ( http://www.ubuntuforums.org/showthread.php?t=56158 ) rodar por Brasília, dar uma parada na W3 e mostrar o Linux para o povo de lá?

Tá bom, Brasília é a terra do Kalango. Vamos fazer melhor, então: além do ônibus, teremos a carreta do Kalango na L2.

Aí a turma vai criticar:

- Pô, mas quantos Linux, que zona!!!

Sem problemas. Aí a gente estica uns cabos entre as duas avenidas, faz os micros conversarem numa boa e convida os figurões, a imprensa e a quem mais interessar possa, para ver o Linux em ação.

Falta diálogo.: Hoje abri a página do Portal Software Livre do Governo Federal e encontrei a seguinte matéria abaixo e que merece atenção dos demais:

http://www.softwarelivre.gov.br/noticias/MC - Ministério das Comunicações apoia política de software livre (observação: data de inserção do conteúdo: 02/09/05).

Secretário JOANILSON FERREIRA - Nós estamos no Ministério há 30 dias, não houve tempo ainda de nos colocarmos na frente da sociedade de uma forma clara, organizada, com projetos. Mas já temos uma opinião formada no que diz respeito à questão de projetos sociais, como os de inclusão digital. Para nós, todo esse processo será feito com software livre. Isso está decidido e não tem volta.

Resumindo no que tange aos processos internos do Ministério, a migração para software livre será feita respeitando os processos licitatórios, entre outras coisas. E no que diz respeito à inclusão digital, nem se questiona, só acreditamos que é viável faze-lo com software livre, não é viável fazer com software proprietário.

Vamos tentar fazer o melhor que a gente puder. Não vou discutir terminantemente qualidades ou defeitos do software livre, porque isso é um assunto para fóruns técnicos

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Na minha opinião de cidadão este conteúdo do link acima (além dos trechos destacados) deveria ter sido divulgado pelo Sr. Ministro logo no seu primeiro dia frente ao Ministério. Na minha opinião ainda "faltou diálogo" com a sociedade e a falta de diálogo (Comunicação) (tomado por juízos precipitados) antes de providências tomadas é ruim, portanto, "reconsiderar" (o que valeu manifestações e consta na Petição) é diferente de "demitir" a não ser que eu esteja errado.

:): Pode ser que uma petição dessas nunca chegue a derrubar um ministro, mas pode fazer com que ele mude de atitude.

Helio Costa: O abaixo assinado
merece ser assinado pois o pedido da saida de um ministro é
uma prerrogativa que o cidadão pode fazer ao presidente.
Não por Helio Costa ser de *direita* ( Delubio era de *esquerda(?)*
e comprou 5000 máquinas com Windows pré instalados,
e os PSOis e PStus não são competentes defensores do SL)
- software livre não é de esquerda ou de direita, é livre.
O dinheiro que ele (Helio Costa) tem a disposição para projetos
poderá ser utilizado como linha auxiliar dos
monopólios em manter consumidores cativos existente no mercado de drogas.

Segundo a revista Veja, em seu artigo feito como de encomenda
pelos marqueteiros de drogas, Sérgio Amadeu já se referiu ao negócio da Microsoft como 'prática de traficante'. Dizer
que o que Amadeu falou é ideologia revela o viés inculto e negro do artigo da revista Veja. A revista ou os que acham o
contrário deveriam apresentar os fatos e argumentos
que indiquem que não
existe o padrão de negócios tipo cartel de drogas.
O negócio em torno de software proprietário é estudado
em economia como sendo típico do tipo de comércio de drogas, sujeito a formação de redes de consumidores cativos e a formação de carteis. Não é invenção do petista Sergio Amadeo mas
dos estudiosos da economia de mercado, que a estudam utilizando
a matemática da teoria dos jogos. É uma tremenda desinformação
escrever um artigo apontanto que é argumento ideológico
de petistas ideologizados falar em softwre proprietário como droga.
O conceito de que o mercado de Software Proprietário
segue o padrão do mercado de drogas foi uma formulacão
dos estudiosos e *defensores* da economia de mercado
e já amplamente divulgado e discutido em revistas
acadêmicas do ramo.

O dono da revista Veja, provavelmente desinformado e tosco
como boa parcela da elite tupiniquim, talvez faça vista grossa
ao caratér desinformativo, grosseiro e marqueteiro
do artigo. Se o proprietário não recebeu pelo
serviço de desinformação o editor talvez sim, pois
o jornalista precisa de dinheiro para sustentar
a família e tenta ludibriar o patrão para receber algum por fora.
O fato do software proprietário ser um perigo para a liberdade
de mercado deve ir contra os interesses de longo prazo dos
proprietários da editora Abril. As suas empresas poderão ser vítimas dos monopóilios e cartéis. É dar um tiro no pé se alinhar com
um tipo de economia atrasada, pré-capitalista e típica de gangsters.


Para a formação do monopólio via consumidores cativos, a
intrumetalização dos programas educacionais e sociais dos
governos é alvo dos vendedores de drogas.
Muitas vezes nas Universidades
públicas é pedida a instalacão de Windows apenas
para estudantes e professores utilizarem a porcaria
( do ponto de vista de padronização) do currículo Lattes.
O ministro Helio Costa, não sendo um empresário
ardoroso defensor da economia de mercado, mas com
perfil tipo prestador de serviço para quem paga mais
(lobista) poderá ser presa fácil dos argumentos chulos, banais
e corruptores dos traficantes e precisa perceber que está sendo monitorado e que está com sua cabeça pedida por não ter mostrado firmeza, logo depois de sua posse, em defender a sociedade
e a economia de mercado da ação dos mercadores de drogas
que conseguem enganar até os proprietários da Editora Abril.


Odair

Jornalistas = macacos com papel e lápis: "Note que o jornalista não é um expert na causa do Software Livre,e classifica a questão técnica de ,"uma discussão chata, freqüentemente incompreensível"

O que se pode esperar de uma criatura que escreve sobre tudo mas não sabe porra ninhuma sobre nada ?

Escreva sobre cirurgia intra-craniana!
Os jornalistas escrevem...

Escreva sobre as cruzadas!
Os jornalistas escrevem...

Escreva sobre a filosofia de Aristóteles!
Os jornalistas escrevem...

Escreva sobre Linux!
Eles escrevem 2...

Sabem alguma coisa sobre os assuntos acima ?
Não...vocês são loucos se levam a sério o que um jornalista escreve...

Um detalhe: "Muitas vezes nas Universidades públicas é pedida a instalacão de Windows apenas para estudantes e professores utilizarem a porcaria ( do ponto de vista de padronização) do currículo Lattes."

Uma pequena correção, Odair. O curriculum Lattes foi portado para o Linux a muito tempo, e se não me engano, com as mesmas funcionalidades. Aliás, o CV também fornece a possibilidade de preenchimento via WEB.

Leonardo

__No seu último parágrafo h: __No seu último parágrafo há um perigo ainda mais sério, se forem contratados profissionai da área. O do confinamento...O jornalista pode dizer que Linux é bom porque não trava e porque não tem vírus.Foi bem simplista, mas já é alguma coisa...Agora se chamarmos o Gabriel Torres pra dirigir um sessão num jornal, um cara altamente graduado, ele vai vir com auqeles bordões clichês de micreiros: "Após montar o hardware, vamos instalar o Windows...".E isso seria ainda pior.

__É preciso lembrar que a maioria dos especialistas tão "preo" para o Software Livre/Linux...Somos alternativos, mais no meio TI, do que na imprensa leiga!

Currículo Lattes: O Currículo Lattes, pelo menos na última versão que testei, foi tremendamente mal feito, precisando ser executado como root ou escancarando permissões para rodar, além de ter uma aparência horrível pois foi feito com um toolkit gráfico bem primitivo.

O torresmo ?: Aka Gabriel Torres ? Você tem razão, poderia ser muito pior mesmo...até na "PC & Cia" que tem uns caras bons, se vê essa do vamos instalar o "sistema operacional de mercado"...aka Ruwindows...=(

Os uspianos adoram o trash OS: Uma vez eu vi algo que foi uma tristeza só...um estudante de pós digitava sua tese num XP usando o wordio, "esse negócio de linux é coisa de pobre", pois é...um belo dia...CRAU! CRAU! CRAU!
O ruwindows morreu! Ele morreu! Ele morreu!
"Ai meu Deus, minha tese! Minha tese! O que eu faço ??? Alguém pode me ajudar ?"
Eu ainda fiquei com pena do infeliz, mas um amigo não teve dó: "pau no seu c...não posso fazer nada, uso coisa de pobre..."

Não acredito!Só vendo pra c: Não acredito!Só vendo pra crer!!!

Coisa de pobre... : Coisa de pobre...

Essa é boa, coitados dos governos da Europa qu estão migrando para Software Livre, devem estar precisando de doações.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA

Teses no Word: Escrever teses no Word é gostar de viver perigosamente mesmo. Mesmo que separe os capítulos em arquivos diferentes, basta que um deles tenha muitas figuras e equações para um bug ou corrupção de dados tornar o arquivo irrecuperável.

Documentos grandes e importantes assim devem ser escritos em LaTeX. Nem o OO é apropriado, embora em caso de problemas graves se possa pelo menos abrir o arquivo zipado e aproveitar ou corrigir algo nos xmls.

ideologia: Acho ainda que da forma como ela está redigida, expondo preconceitos formados a partir de dogmas ideológicos

Uma coisa que me incomoda profundamente é que de repente razões perfeitamente válidas para implantação do software livre como independência de vendedor, liberdade de modificação, segurança por disponibilidade do código, etc., ganharam o estigma de ideologia. Isso nada mais é que o velho truque de ridicularizar o argumento. E se notar bem, não é um argumento com muito sentido, pois a técnica passa pela estratégia, que envolve fatores humanos e pode muito bem ser então "ideologia". Usar o xpdf ao invés do Adobe Acrobat Reader para poder imprimir documentos PDF com proteção de permissão é motivo técnico ou ideológico? Usar o Openoffice Writer ao invés do Microsoft Word por causa do formato aberto é motivo ideológico?

Se quer argumentar, é melhor parar de segregar as razões. Falácias de categoria são as que acontecem quando você tenta refutar um argumento classificando-o como X ou Y ao invés de discutir seus méritos: você interrompe a discussão e não se fala mais nisso. E, afinal, se ideologia é conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe, e que são produto de uma situação histórica e das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão", qualquer coisa pode ser chamada assim, até mesmo os "argumentos técnicos" às vezes apresentados por empresas como a Microsoft ou sua tentativa de encaixar os argumentos estratégicos como ideologia.

--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org

Não acredita ?: Te digo na maior sinceridade que a revolução do SL está sendo feita por nós usuários, nos fóruns e sites como esse do br-linux, as faculs estaduais e federais em geral babam ovo pelo tio Bill...
No caso da USP, o uso de Tex/Latex ainda é restrito a alguns institutos de exatas como IME e IFUSP (isso na pós...), a maioria é wordio com trash OS mesmo, acredite quem quiser...;-)

Engana-se, meu caro: Patola,

Na frase que você cita, não me refiro aos pontos que você destaca. Refiro-me à menção das privatizações, aos aspectos decorrentes da globalização e teses sobre soberania nacional. Questões impregnadas de ideologia. Esses temas são controversos e refletiriam um posicionamento explícito de quem assinasse a petição, obrigatoriamente concordando com eles. Ou seja, restringe a adesão aos que concordam com todas as posições e, portanto, diminui o número de assinaturas prováveis. Veja bem que não vem ao caso minha posição quanto a esses temas. Pondero apenas que a melhor estratégia seria focar o assunto no que realmente interessa no momento, abrindo espaço para que mais pessoas aderissem. Deixar a discussão sobre privatizações e assemelhados para uma outra ocasião mais adequada.

Concluindo, nada do que você disse procede. Pelo menos não no meu caso.

P.S.: alguém ai moderou seu comentário. Tentei moderar para cima, mas não funcionou. Acho que entenderam melhor o que eu disse...

O coisa ruim sabe das coisas (?): Bebeto,

Oi coisa ruim ai em cima tem o poder da onipresença e onisciência. Ocê ou faltou nas aulas de catecismo ou não estudou direito, pois deveria saber. Ele consegue saber tudo o que rola numa comunidade com 40.000 estudantes, 4.705 professores e 14.659 funcionários. Impressionante! Ainda bem que ele está ai para nos trazer a luz... Se você não acredita, vá até a página principal da USP, www.usp.br, e faça uma busca por "linux"...