Continuando a controvérsia que o BR-Linux vem cobrindo desde junho (a notícia mais recente foi
na terça-feira), a ZDNet UK publicou um
artigo em que Richard Stallman, fundador da Free Software Foundation, explica por que a marca registrada 'Linux' não é uma afronta aos princípios do software livre.
Para evitar a confusão 'default', é importante relembrar ainda mais uma vez que a política de registro se aplica a quem desejar utilizar o nome "Linux" em uma marca registrada, e que o registro e defesa de marcas têm razões de ser: a defesa organizada da marca Linux começou (ainda gerenciada pelo Linux International, presidido por John Maddog Hall) logo após o surgimento de casos como o de um site chamado linuxchix.com (pegando carona no pré-existente linuxchix.org) com conteúdo não relacionado a Linux, e considerado ofensivo por Linus Torvalds, e também de registro de domínios com o nome 'linux' visando exclusivamente a revenda posterior (na prática conhecida como 'cybersquatting'). Linus Torvalds declarou que o custo da manutenção obrigatório do controle de uso da marca gerou prejuízo durante anos, e a nova política pretende tornar esta atividade auto-sustentável.
Trecho, em tradução livre: “
RMS disse na quinta-feira que a briga pela marca registrada na Austrália distraiu a atenção da verdadeira questão: a da liberdade de distribuir e alterar software. Em uma entrevista ao Sydney Morning Herald, Stallman disse: 'Software livre significa que você é livre para executá-lo, estudá-lo, alterá-lo, redistribuí-lo, e redistribuir versões modificadas - da mesma forma que cozinheiros fazem com receitas. De que nomes você pode chamar um programa é uma questão à parte. (...) 'Talvez esta política vá encorajar as pessoas a chamá-lo de GNU', Stallman declarou. 'Eu prefiro dizer GNU/Linux, para dar ao desenvolvedor do kernel sua parcela de crédito.'”
Obrigado e bom domingo para você.