08/02/05 16:35 #161
O usuário Klaatu, participante de longa data do BR-Linux e integrante do grupo militar deslocado pelo Brasil para atuar na missão da ONU no Haiti, enviou o relato: A missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINIUSTAH) em sua porção militar está sob comando brasleiro, o pessoal militar do Brasil conta com 1200 homens do exército e do corpo de fuzileiros navais, distribuídos em diversas bases na Capital Porto Príncipe. A rede desta brigada brasileira conta atualmente com mais de duzentos computadores, diversos links de microondas de rede metropolitana, conexões de satélite com o Brasil de banda militar segura e de banda aberta via embratel. A rede conta com servidor de arquivos samba, sendmail, dhcp server, proxy squid, servidor de backup via rsync/ssh e fita DDS, Voz sobre IP para telefonia local entre as bases e com o Brasil, inclusive para ligações particulares com preço de ligação local.
A rede conta com 4 servidores Red Hat e um conectiva, todos ligados 24x7 a um no-break q segura toda a rede do comando por até 6 horas. Pois no Haiti não há forneciento de energia confiável, e nossos geradores às vezes precisam parar para manutenção ;-) O acesso à internet é disponível para todos os militares 24x7, e muitas das ligações particulares ultimamente têm sido feitas via skype tanto linux como no "outro" sistema. A ligação entre as bases é feita através de roteadores linux (Conectiva) Com faixas de IP exclusivas e isolamento de tráfego de cada sub-rede. Estes se conectam à rede principal por links de microondas através de uma DMZ que eliminou um problema sério de broadcast por causa das máquinas XP q vivia tumultuando a administração do sistema. Atualmente a brigada brasileira é a única que tem tal aparato tecnológico no Haiti, e cuja espinha dorsal arma-se totalmente sobre software livre.
(postado por
Augusto Campos)
Comentários dos leitores
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A Secretaria de Tecnologia de Informação (STI), órgão do EB responsável pela definição da política de TI da Força, publicou no final de 2004 uma portaria com a estratégia de migração para software livre, que pode ser vista aqui:
http://www.news.eb.mil.br/download/sl.pdf
A vontade de mudar para SL já tem um tempo e já havia várias iniciativas isoladas mas agora a ordem está mais detalhada. O mais importante do texto é a determinação de evitar tecnologias proprietárias e a citação explícita de programas conhecidos pela comunidade de Software Livre.