Quem trabalha com informática sabe que a maior parte dos computadores das empresas e dos usuários domésticos é antiga. Vide, por exemplo, a declaração do Morimoto: 'Normalmente, as pessoas de baixa renda compram micros usados. Você pode comprar um K6-2 ou um Pentium II por 500 reais ou menos.' (fonte: http://www.guiadohardware.net/artigos/319/ ) Nessas máquinas, a Microsoft é soberana. Mas a empresa não demonstra interesse nesse mercado, tanto que o XP nem sequer roda em máquinas antigas. Em geral, as distribuições Linux também o desprezam, obrigando os usuários a engolir monstrengos como o KDE e o Gnome.
Isso prejudica bastante o esforço de implantação do Linux, especialmente nas empresas, o que diminui o nosso mercado de trabalho. Nessa época de dinheiro curto para a área de TI, são os programas que devem se adaptar aos computadores e não o contrário. A médio e longo prazos, pode ser que o LTSP ( http://www.ltsp.org ) ocupe um significativo espaço no mercado, viabilizando a utilização dos monstrengos. Mas quem usou o genial Coyote Linux ( http://www.coyotelinux.com/ ) sabe que é possível obter muito mais dos computadores que já possui. Por experiência própria, vi que essa distro está fazendo mais pelo Linux no Brasil que 1000 palestras teóricas sobre as vantagens desse sistema operacional.” A nota foi enviada por Jamanta.
Veja abaixo a continuação do texto.
“
E quem disse que um Linux mais adequado para uso em máquinas antigas tem que ser feio? Veja, por exemplo, a cópia de tela do Damn Small Linux ( http://www.damnsmalllinux.org/dsl-1.4.jpg ) Obtive um resultado semelhante rodando essa distro, com desempenho notável, num Pentium 133. O tamanho do Damn Small Linux - ISO de 50 Mb - também impressiona. Nesse espaço estão incluídos o sistema operacional, processador de textos, planilha, etc. Com programas assim, fica bem mais fácil convencer o dono de uma empresa, especialmente no caso das pequenas e médias, a instalar o Linux.
Se a gente imaginar que o Linux já demonstrou sua força no mercado de servidores, basta juntar essas máquinas aos computadores mais antigos com distros mais leves para termos redes com excelente desempenho sem gastar muito com isso - a não ser contratar gente para montá-las e operá-las.
No caso brasileiro, existe pelo menos um projeto de distro leve, a Dizinha ( http://dizinha.codigolivre.org.br ), um trabalho que promete. Outra distro leve do exterior é o Vector Linux, mas o ISO de quase 400 Mb desanima um pouco :-( Enfim, já que a Microsoft não desenvolve produtos para máquinas antigas faz anos, acredito que o mercado brasileiro está maduro para adotar uma distro Linux leve e bonita, fácil de usar, que funcione tanto no modo 'standalone' - no caso dos usuários domésticos - quanto em redes - no caso das empresas.
Vale a pena repetir: Nessa época de dinheiro curto para a área de TI, são os programas que devem se adaptar aos computadores e não o contrário.
Senão vejamos:
Com o dólar onde está, TI ficou barato mesmo e o mercado junta uma graninha, compra coisa nova e joga o velho no lixo ou doa.
computador velho = problema velho. Por mais que o LTSP e assemelhados funcionem, manter um computador velho com monitor gasto, mouse sujo e teclado imundo é sempre problema. Máquinas heterogêneas são um pesadelo pro administrador do LTSP
O que voce enonomizaria na compra de um novo computador, voce gasta anabolizando seu servidor. E como servidor é coisa séria, voce vai gastar uma grana em memória e disco sério, fita backup e mais e mais.
Ah.. e tem aquela história do desktop Linux, que todo mundo fala, fala, fala mais ainda, mas nenhuma empresa usa.
Assim estes argumentos de coisa recuperada da sucata é pra mim ter um fusca 62 andando. Custa caro, gasta energia e merecia estar no desmanche. Acredite: Mesmo "pobre" (=expressão pejorativa dita pela elite) não gosta de sucata.