Recentemente tive oportunidade de assinar a revista inglesa
Linux Format, e nesta semana recebi o meu terceiro exemplar. Com pouco mais de 120 páginas em dimensões ligeiramente maiores que o típico formato de banca adotado no Brasil, esta edição trouxe um DVD dupla face contendo o Debian 3.1 (em uma face completa) e o Fedora Core 4 juntamente com uma coleção de outros softwares na segunda face.
Entre as revistas internacionais de software livre a que já tive acesso, a Linux Format se destaca especialmente pelo volume, que não se limita ao DVD: as páginas são lotadas de conteúdo variado, atendendo a usuários intermediários e avançados com interesse em aplicativos, desenvolvimento, admininistração de sistemas e outros temas. A edição de setembro inclui uma entrevista em 6 páginas com Gael Duval, da Mandriva (veja trechos ao final desta notícia), uma mat?ia de 9 páginas sobre o Debian (que não se restringe à cobertura do lançamento do Sarge), um comparativo entre editores de texto (incluindo vi e Emacs, e outras opções mais recentes), tutoriais sobre temas específicos em PHP, Perl, Subversion, Gimp, GNOME e Emacs, um artigo sobre o Beagle, análises de livros, de distribuições, de um compilador, de um jogo comercial, e muito mais.
O preço é salgado (o valor de capa na Inglaterra é 6,49 libras), mas se você encontrar mais meia dúzia de interessados, ou for filiado a um grupo de usuários, dá para pensar em uma biblioteca compartilhada, para complementar as boas ofertas do mercado editorial nacional. Recomendo!
Trechos da entrevista de Gael Duval, da Mandriva, em tradução livre: Sobre a fusão com a brasileira Conectiva:
Antes da fusão já havíamos começado a trabalhar juntos, iniciamos o LCC (Linux Core Consortium), então já havia empatia entre as duas. E do lado deles, eles estavam interessados em fechar o negócio porque eram bastante pequenos e não muito famosos, um participante marginal, portanto é uma oportunidade para se tornarem mais visíveis. Sobre as linhas de produtos:
Estamos no processo de fundir os produtos em uma única linha de soluções Linux, e talvez existam soluções específicas para a América do Sul se houver necessidade específica neste mercado, mas globalmente fundiremos tudo. Pegamos o melhor do Conectiva Linux e inserimos no Mandrake, e tudo se torna Mandriva. Sobre as melhores partes do Conectiva Linux:
Eles tem alguma boa tecnologia no programa Smart. É como o urpmi, o sistema de dependências da Mandrake, mas ele tem melhores algoritmos e é mais sofisticado. Vamos fundir o urpmi com o Smart em um grande pacote separado. Sobre visitar a sede da Conectiva:
Talvez algum dia. Não tão cedo, porque preciso achar um barco. Não vôo, tenho fobia de aviões! Leia a íntegra da entrevista na edição de setembro da Linux Format.