Mais uma entrevista de Linus Torvalds
Linus Torvalds concedeu uma entrevista ao site Good Morning Silicon Valley falando sobre o futuro do modelo do software proprietário, Microsoft e o software open source. (...) Torvalds fala sobre o modelo de software livre em que os softwares de base se tornarão "commodity" e as empresas de software proprietário terão que criar vantagens e concorrer nos softwares que não estão nesta base.(postado por Augusto Campos)
Comentários dos leitores
Comentário de CWagner
22/06/05 8:58 - usuário registrado #49
Acho que é meio difícil de: Acho que é meio difícil de ter esses números, pois creio que são divulgados pela própria empresa, e a M$ não iria transparecer fracasso em qualquer área que atue. Na melhor das hipóteses não divulgaria tais números, seja para não afugentar os clientes ou para não provocar pânico nos investidores.
Mas creio que a empresa, em geral, está bem porque não atua em apenas uma área específica. Exemplo maior disso é o console XBox, que dizem ser muito bom, o MS Office que é quase um "padrão" no que se refere a produção de documentos (textos, planilhas e apresentações eletrônicas).
Se depender do tio Bill a empresa só crescerá. Ele não deixará um patrimônio desses cair num buraco qualquer, seja cedendo o devido espaço a algo inevitável, que a meu ver é o modelo de desenvolvimento aberto, seja oferecendo serviços baseados em produtos livres modificados pela M$.
O cara não é tolo. Pelo menos foi esperto o suficiente para convencer a muitos que todos precisam pagar pelos programas, na época, modificados por ele para que pudessem utilizar os seus próprios computadores.
Quando esse engodo perder o efeito, teremos condições de imaginar o que poderá acontecer com a M$ e o modelo de software proprietário, mas até lá teremos que conviver com as telas azuis da morte (ou talvez mudem a cor da tela), pelo menos os que usarem, e não necessariamente pagarem, pelo Windows.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Mas creio que a empresa, em geral, está bem porque não atua em apenas uma área específica. Exemplo maior disso é o console XBox, que dizem ser muito bom, o MS Office que é quase um "padrão" no que se refere a produção de documentos (textos, planilhas e apresentações eletrônicas).
Se depender do tio Bill a empresa só crescerá. Ele não deixará um patrimônio desses cair num buraco qualquer, seja cedendo o devido espaço a algo inevitável, que a meu ver é o modelo de desenvolvimento aberto, seja oferecendo serviços baseados em produtos livres modificados pela M$.
O cara não é tolo. Pelo menos foi esperto o suficiente para convencer a muitos que todos precisam pagar pelos programas, na época, modificados por ele para que pudessem utilizar os seus próprios computadores.
Quando esse engodo perder o efeito, teremos condições de imaginar o que poderá acontecer com a M$ e o modelo de software proprietário, mas até lá teremos que conviver com as telas azuis da morte (ou talvez mudem a cor da tela), pelo menos os que usarem, e não necessariamente pagarem, pelo Windows.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de FreakaZZoiD
22/06/05 9:54
XBOX?: É facil para uma empresa deste porte manipular os dados e a impressão de como estão indo as coisas. Vejam o XBOX. Eles dizem que é muito bom, tem gráficos excelentes, mas a empresa não tem nenhum experiência no mercado de jogos que funciona muito diferentemente do mercado de software. O XBOX só está dando prejuíso desde o seu lançamento, no entando não parece.
É simples entender, quase todos os games do XBOX exite para PC também e geralmente quem tem um PC em casa, não vai comprar um console para jogar um game que está disponível para PC.
XBOX 360 está pronto para ser console de segunda categoria por estar bem pior que o PS3 e o Nintendo Revolution. Entendam, não estou falando de capacidade de processamento e sim do fator dirversão que é o que realmente importa e o Tio Bill ainda não acordou para isso.
É simples entender, quase todos os games do XBOX exite para PC também e geralmente quem tem um PC em casa, não vai comprar um console para jogar um game que está disponível para PC.
XBOX 360 está pronto para ser console de segunda categoria por estar bem pior que o PS3 e o Nintendo Revolution. Entendam, não estou falando de capacidade de processamento e sim do fator dirversão que é o que realmente importa e o Tio Bill ainda não acordou para isso.
Comentário de hamacker
22/06/05 10:02 - usuário registrado #168
-: A microsoft não tem prejuizos, tem lucros, quem disser o contrário tá mentindo. O que acontece com o linux é que a MS começa a ser incomodada em alguns campos e passa a ter lucros menores. Nos servidores, como profissional aqui em SP posso lhe dizer que o linux já domina.
Nos desktops corporativos o linux é "um visitante acanhado", mas a causa principal disso é que as empresas já tem softwares consolidados que por sua vez não rodam em linux e cujo caminho para rodar via wine é obscuro. O linux poderia andar melhor no desktop corporativo principalmente daqueles que apenas precisam dum básico (internet, office, autoria de desenhos e html) mas que por causa do FUD nem experimentam.
Nos desktops domésticos o linux nem arranha, aqueles que usam ele em casa como eu, somos teimosos, a coisa não funciona e a gente vai ler howto, perguntar para um e para outro e no final se contenta com o melhor que se consegue, e apesar de tudo ainda é feliz, mesmo sem aquele scanner genius, aquele winmodem mer** que não disca, homebanking feito apenas para IE, e muitas outras chatiações pelo caminho.
Nos desktops corporativos o linux é "um visitante acanhado", mas a causa principal disso é que as empresas já tem softwares consolidados que por sua vez não rodam em linux e cujo caminho para rodar via wine é obscuro. O linux poderia andar melhor no desktop corporativo principalmente daqueles que apenas precisam dum básico (internet, office, autoria de desenhos e html) mas que por causa do FUD nem experimentam.
Nos desktops domésticos o linux nem arranha, aqueles que usam ele em casa como eu, somos teimosos, a coisa não funciona e a gente vai ler howto, perguntar para um e para outro e no final se contenta com o melhor que se consegue, e apesar de tudo ainda é feliz, mesmo sem aquele scanner genius, aquele winmodem mer** que não disca, homebanking feito apenas para IE, e muitas outras chatiações pelo caminho.
Comentário de
22/06/05 10:17 - usuário registrado #1
está perdendo != já perdeu: SS_Sputnik, estar perdendo dominância não é o mesmo que já perdeu a dominância. Apesar do esforço do entrevistador em perseguir o tema, o próprio entrevistado atribui à empresa a dominância quase absoluta hoje, e fala de uma redução devido à commoditização ao longo da próxima década. É cedo para procurar sinais claros, porque o processo ainda está em seu início, e longe de estar consolidadado.
Mas se você quer compartilhar possíveis indícios, aqui vão alguns: ao contrário do que acontecia há alguns anos...
- ...um dos principais concorrentes (a Apple), que sempre se refugiou em um nicho artificial formado por uma plataforma de hardware diferenciada, deu mostras de que pretende concorrer na mesma plataforma básica.
- ...outro dos principais concorrentes (a IBM) deu mostras de que também vê esta commoditização à frente, e simplesmente vendeu todo seu negócio de PCs.
- ...a inovação em termos de CPUs, que já foi praticamente uma exclusividade decidida em parceria com a MS, começou a ocorrer na periferia do sistema ou em outros centros (AMD64, Cell...) - também sem ainda abalar definitivamente a dominância da Intel, que continua dando mostras de vigor.
- ...setores como as plataformas de jogos, entretenimento, assistentes pessoais (videogames, ipods, PDAs) são dominados ou têm participação forte de concorrentes e a Microsoft corre atrás, sem conseguir estabelecer sua posição hegemônica usual, como vimos acontecer no mercado de navegadores há alguns anos, por exemplo, nem causar grandes impasses como aconteceu em relação ao Java.
- ...por falar em navegadores, pela primeira vez vemos a taxa de crescimento do MS IE com sinal negativo consistente, ainda que de forma muito tênue.
- ...alguns softwares livres bastante específicos dominam áreas de aplicação importantes, vitais até, e para a qual a empresa tem ou promete sua própria solução, como nos servidores web e grandes clusters.
- ...governos e companhias no mundo todo conseguem alavancar negociações com a empresa anunciando que vão mudar para outras plataformas. De vez em quando até mesmo chegam a mudar. Há poucos anos, não era tão crível afirmar que se ia mudar de plataforma de software sobre PCs.
É cedo para dizer que a empresa já não é dominante, que está perto do fim, que perdeu a guerra, ou algo assim. Mas há indícios suficientes que permitem fazer análises e propor cenários futuros em que a dominância da MS não ocorra como hoje, e acredito que foi o que o entrevistado fez.
Mas se você quer compartilhar possíveis indícios, aqui vão alguns: ao contrário do que acontecia há alguns anos...
- ...um dos principais concorrentes (a Apple), que sempre se refugiou em um nicho artificial formado por uma plataforma de hardware diferenciada, deu mostras de que pretende concorrer na mesma plataforma básica.
- ...outro dos principais concorrentes (a IBM) deu mostras de que também vê esta commoditização à frente, e simplesmente vendeu todo seu negócio de PCs.
- ...a inovação em termos de CPUs, que já foi praticamente uma exclusividade decidida em parceria com a MS, começou a ocorrer na periferia do sistema ou em outros centros (AMD64, Cell...) - também sem ainda abalar definitivamente a dominância da Intel, que continua dando mostras de vigor.
- ...setores como as plataformas de jogos, entretenimento, assistentes pessoais (videogames, ipods, PDAs) são dominados ou têm participação forte de concorrentes e a Microsoft corre atrás, sem conseguir estabelecer sua posição hegemônica usual, como vimos acontecer no mercado de navegadores há alguns anos, por exemplo, nem causar grandes impasses como aconteceu em relação ao Java.
- ...por falar em navegadores, pela primeira vez vemos a taxa de crescimento do MS IE com sinal negativo consistente, ainda que de forma muito tênue.
- ...alguns softwares livres bastante específicos dominam áreas de aplicação importantes, vitais até, e para a qual a empresa tem ou promete sua própria solução, como nos servidores web e grandes clusters.
- ...governos e companhias no mundo todo conseguem alavancar negociações com a empresa anunciando que vão mudar para outras plataformas. De vez em quando até mesmo chegam a mudar. Há poucos anos, não era tão crível afirmar que se ia mudar de plataforma de software sobre PCs.
É cedo para dizer que a empresa já não é dominante, que está perto do fim, que perdeu a guerra, ou algo assim. Mas há indícios suficientes que permitem fazer análises e propor cenários futuros em que a dominância da MS não ocorra como hoje, e acredito que foi o que o entrevistado fez.
Comentário de VNVNation
22/06/05 10:18
Marketing: O forte da MS é o marketing, eles pondem fabricar mer** em lata que vai vender...
Quase(pra não dizerem que eu sou radical ;)) todos os softwares deles são de qualidade ruim, mas mesmo o pessoal que se diz especializado acaba sempre caindo na conversa fiada deles.
Quase(pra não dizerem que eu sou radical ;)) todos os softwares deles são de qualidade ruim, mas mesmo o pessoal que se diz especializado acaba sempre caindo na conversa fiada deles.
Comentário de FatTux
22/06/05 11:02 - usuário registrado #315
Dominância da MS: Concordo com o acima e acrescento um item que considero importante: a percepção do público. Nos anos 90 a MS era considerada "a única via", ou "o destino", como diria Darth Vader. Gates era praticamente adorado como um deus pelos profissionais de TI. O Windows era sagrado.
Hoje essa percepção mudou. Hoje Gates é visto com desconfiança até mesmo pelos especialistas em tecnologia MS, as "telas azuis" e vulnerabilidades são motivo de piada na mídia, o esquemão de marketing ficou desmoralizado com a campanha "Get the facts".
Porém a MS não morreu e tem muito dinheiro em caixa. Com ele, já ajudou a comprar leis como o DMCA, e agora tenta (junto com outras gigantes do software) comprar a aprovação das patentes de software na UE.
Esse é o maior perigo da MS hoje: eles sabem que as soluções Windows hoje já possuem concorrentes fortes, então eles estão tentando compensar a perda de espeço na base do tapetão. Só uma boa mobilização das pequenas empresas e do público ligado a TI pode evitar que "o império contra-ataque".
Hoje essa percepção mudou. Hoje Gates é visto com desconfiança até mesmo pelos especialistas em tecnologia MS, as "telas azuis" e vulnerabilidades são motivo de piada na mídia, o esquemão de marketing ficou desmoralizado com a campanha "Get the facts".
Porém a MS não morreu e tem muito dinheiro em caixa. Com ele, já ajudou a comprar leis como o DMCA, e agora tenta (junto com outras gigantes do software) comprar a aprovação das patentes de software na UE.
Esse é o maior perigo da MS hoje: eles sabem que as soluções Windows hoje já possuem concorrentes fortes, então eles estão tentando compensar a perda de espeço na base do tapetão. Só uma boa mobilização das pequenas empresas e do público ligado a TI pode evitar que "o império contra-ataque".
Comentário de glaydsonlima
22/06/05 11:26 - usuário registrado #996
Percepção: Talvez a MS tenha perdido um pouco a imagem de empresa inovadora que salvou todos nós entre os especialistas, mas dentro da grande massa de usuários existe a percepção equivocada que a MS inventou o Sistema Operacinal, a planilha, o editor de texto, etc, e que estaríamos nas trevas sem a boa ajuda do Tio Bill. Todos seríamos gratos, e qualquer novidade seria uma afronta ao nosso "salvador" :)
Posso estar enganado, mas qual conceito de software a MS inventou? A MS não é uma empresa inventiva ao meu ver, mas que tem uma capacidade de estratégia comercial muito boa. Uma empresa que soube jogar com o q tinha em estratégia (blefe, pirataria) e agora a todo custo bate na questão das patentes que ela mesmo condenou quando era uma empresa pequena.
A MS está gastando bastante (nada pra eles) em publicidade para manter o status. Entre em qualquer site de tecnologia... lá está a campanha deles do "Get the facts". É difícil a migração, mas alguém tem dúvida que o lucro atual em servidores não seria bem maior se a MS tivesse q competir apenas com Unix? Se não existisse o OpenOffice. O software livre, mesmo nos campos sem domínio territorial, já é um calo pra MS.
Posso estar enganado, mas qual conceito de software a MS inventou? A MS não é uma empresa inventiva ao meu ver, mas que tem uma capacidade de estratégia comercial muito boa. Uma empresa que soube jogar com o q tinha em estratégia (blefe, pirataria) e agora a todo custo bate na questão das patentes que ela mesmo condenou quando era uma empresa pequena.
A MS está gastando bastante (nada pra eles) em publicidade para manter o status. Entre em qualquer site de tecnologia... lá está a campanha deles do "Get the facts". É difícil a migração, mas alguém tem dúvida que o lucro atual em servidores não seria bem maior se a MS tivesse q competir apenas com Unix? Se não existisse o OpenOffice. O software livre, mesmo nos campos sem domínio territorial, já é um calo pra MS.
Comentário de Ranieri
22/06/05 11:26
Alguma alma caridosa pode traduzir ?: Eu não sei ingles, será q alguma alma caridosa pode traduzir ?
Comentário de Xtian Xultz
22/06/05 12:10
MS: Eu vejo assim: mesmo que a MS perca alguns % do seu mercado para algum concorrente, ela vai ainda assim aumentar seu lucro porque o mercado de informatica continua crescendo muito. Para quem possui no minimo 90% do mercado mundial de desktops que continuam vendendo como agua, perder alguns % nao representa queda nos lucros (e muito menos prejuizo). Essa eh a situacao confortavel da MS. Dominio.
Porem, a MS nao eh tao lucrativo em praticamente todo o restante da cartela de produtos. Antigamente quase todo o lucro da MS vinha do Windows e do Office (e pasmem, o Windows de antigamente era de qualidade muito, muito ruim) e lentamente o Office estah sendo desbancado pelo OpenOffice. Motivo de preocupacao em relacao ao Office? Talvez.
A MS entao estah mais preocupada em lancar mais produtos arrasadores para nao ficar na corda bamba. E o .Net eh este produto.
Assim, estamos beeem longe de ver a MS amargar algum prejuizo. Ateh onde sei, nao ha investidor insatisfeito com a MS, eh um investimento conservador, porem que rende.
O que vejo eh que a concorrencia, seja do software livre, seja da Apple, e demais, estah pegando pelas beiradas. Alguns produtos livres, como o Apache, jamais tiveram sucesso menor que o concorrente da MS.
Se ocorresse de hoje uma grande parcela migrasse de Windows para outra coisa, provavelmente o imperio da MS desmoronaria, mesmo tendo uma cartela tao grande de produtos. Mas o que precisa para isso acontecer? Uma grande mudanca.
Pode ocorrer com o CELL, novo processador, que vai alavancar uma nova geracao de computadores, e pode ser que a IBM "abrace" o Linux e venda maquinas redondinhas com Linux nela. Como pode ser que nao. O futuro estah mais incerto do que nunca...
Porem, a MS nao eh tao lucrativo em praticamente todo o restante da cartela de produtos. Antigamente quase todo o lucro da MS vinha do Windows e do Office (e pasmem, o Windows de antigamente era de qualidade muito, muito ruim) e lentamente o Office estah sendo desbancado pelo OpenOffice. Motivo de preocupacao em relacao ao Office? Talvez.
A MS entao estah mais preocupada em lancar mais produtos arrasadores para nao ficar na corda bamba. E o .Net eh este produto.
Assim, estamos beeem longe de ver a MS amargar algum prejuizo. Ateh onde sei, nao ha investidor insatisfeito com a MS, eh um investimento conservador, porem que rende.
O que vejo eh que a concorrencia, seja do software livre, seja da Apple, e demais, estah pegando pelas beiradas. Alguns produtos livres, como o Apache, jamais tiveram sucesso menor que o concorrente da MS.
Se ocorresse de hoje uma grande parcela migrasse de Windows para outra coisa, provavelmente o imperio da MS desmoronaria, mesmo tendo uma cartela tao grande de produtos. Mas o que precisa para isso acontecer? Uma grande mudanca.
Pode ocorrer com o CELL, novo processador, que vai alavancar uma nova geracao de computadores, e pode ser que a IBM "abrace" o Linux e venda maquinas redondinhas com Linux nela. Como pode ser que nao. O futuro estah mais incerto do que nunca...
Comentário de Alessandro
22/06/05 12:21 - usuário registrado #293
Linus marketing...: O Linus também é bom em marketing, faz tempo que este pensamento esta me rondando. O que o Linux fez ao iniciar o kernel Linux? juntou um comunidade de desenvolvedores e consegui com o auxilio da internet mobiliza-los para desenvolver um SO livre, até porque não tinha condições de desenvolve-lo sozinho e nem condições de bater de frente com a poderosa Microsoft.
Fazer o que então? desenvolver um SO livre. Mais mesmo assim ter os méritos de ser o pai da criança e lucrar e muito com isso.
O Linux é hoje uma realidade graças a comunidade e não ao Linus. Ele foi muito inteligente, lançou um SO livre para poder concorrer com a Microsoft, ou seja de graça, e mesmo assim a disputa esta difícil, um pago e outro de graça e quem esta ganhando? o pago.
Se o Linus conseguisse fazer um SO sozinho (como dono de uma empresa) com certeza o mesmo teria um custo e seria vendido, dai tu ja viu, se de graça ja é difícil imagina tendo um custo financeiro.
Sei que a Microsoft dominou o mercado antes e agora vai ser difícil qualquer produto substitui-lo, porque o mesmo criou dependência no mercado, mais que o Linus é bom em marketing isso ele é, e claro sobre aproveitar a oportunidade.
Fazer o que então? desenvolver um SO livre. Mais mesmo assim ter os méritos de ser o pai da criança e lucrar e muito com isso.
O Linux é hoje uma realidade graças a comunidade e não ao Linus. Ele foi muito inteligente, lançou um SO livre para poder concorrer com a Microsoft, ou seja de graça, e mesmo assim a disputa esta difícil, um pago e outro de graça e quem esta ganhando? o pago.
Se o Linus conseguisse fazer um SO sozinho (como dono de uma empresa) com certeza o mesmo teria um custo e seria vendido, dai tu ja viu, se de graça ja é difícil imagina tendo um custo financeiro.
Sei que a Microsoft dominou o mercado antes e agora vai ser difícil qualquer produto substitui-lo, porque o mesmo criou dependência no mercado, mais que o Linus é bom em marketing isso ele é, e claro sobre aproveitar a oportunidade.
Comentário de Xico
22/06/05 12:21
Dífícil as telas azuis muda: Dífícil as telas azuis mudarem de cor, em cromatologia azul significa calma, paciência, se as telas fossem vermelhas por exemplo, o índice de monitores quebrados seria bem maior...
Comentário de Xico
22/06/05 12:23
Inferior?: O Xbox está dando prejuízos pra Microsoft? Me desculpe, é um excelente console e só não tirou o Playstation 2 do topo porque tinha acabado de começar no mercado.
E também não posso negar que o PS3 está superior ao xbox 360, mas esse tal fator 'diversão' que você cita, não passa de opnião pessoal. O que é divertido pra um, não é divertido pra outro.
E também não posso negar que o PS3 está superior ao xbox 360, mas esse tal fator 'diversão' que você cita, não passa de opnião pessoal. O que é divertido pra um, não é divertido pra outro.
Comentário de alepaes
22/06/05 12:48 - usuário registrado #99
Discordo: Há enormes diferenças entre um PC e num videogame (tenho um XBOX):
1) Eu uso EXCLUSIVAMENTE LINUX no PC, portanto não tenho toda a gama de jogos disponíveis. Aliás, esse negócio de todo jogo do PC existir no XBOX e vice-versa é lenda.
2) O conforto de colocar o DVD, sentar no sofá e jogar tranquilo não se compara.
3) A SONY também não tinha nenhuma experiência no mercado de jogos e deu uma sorte tremenda no PS1 quando a Nintendo decidiu usar cartuchos no Nintendo 64. Se a mídia deste último fosse CD e a nintendo fosse mais camarada no licensiamento, a SONY teria sofrido os mesmos problemas que a Microsoft está sofrendo no quesito concorrência.
4) Todo o fabricante toma prejú nos primeiros anos do console. Com o tempo seus componentes ficam mais baratos, a eficiência na produção aumenta e eles podem começar a lucrar com o console. Nesse meio tempo eles lucram com os royalties que as produtoras tem que pagar na venda do jogo.
5) O XBOX 360 existe, foi mostrado e seus kits de desenvolvimento estão há tempos nas mãos das produtoras. O Cell, chip que equipará o PS3 nunca foi visto no varejo. O XBOX 360 vai ser lançado em novembro. O PS3 também, só que do ano que vem... :)
6) O que é o Nintendo Revolution ?!?!? A Nintendo teve a ousadia de 'apresentar' algo que não existe ! Realmente é uma 'Revolution', a moda das organizações Tabajara!
Ufa... :)
Alexandre de Arruda Paes
1) Eu uso EXCLUSIVAMENTE LINUX no PC, portanto não tenho toda a gama de jogos disponíveis. Aliás, esse negócio de todo jogo do PC existir no XBOX e vice-versa é lenda.
2) O conforto de colocar o DVD, sentar no sofá e jogar tranquilo não se compara.
3) A SONY também não tinha nenhuma experiência no mercado de jogos e deu uma sorte tremenda no PS1 quando a Nintendo decidiu usar cartuchos no Nintendo 64. Se a mídia deste último fosse CD e a nintendo fosse mais camarada no licensiamento, a SONY teria sofrido os mesmos problemas que a Microsoft está sofrendo no quesito concorrência.
4) Todo o fabricante toma prejú nos primeiros anos do console. Com o tempo seus componentes ficam mais baratos, a eficiência na produção aumenta e eles podem começar a lucrar com o console. Nesse meio tempo eles lucram com os royalties que as produtoras tem que pagar na venda do jogo.
5) O XBOX 360 existe, foi mostrado e seus kits de desenvolvimento estão há tempos nas mãos das produtoras. O Cell, chip que equipará o PS3 nunca foi visto no varejo. O XBOX 360 vai ser lançado em novembro. O PS3 também, só que do ano que vem... :)
6) O que é o Nintendo Revolution ?!?!? A Nintendo teve a ousadia de 'apresentar' algo que não existe ! Realmente é uma 'Revolution', a moda das organizações Tabajara!
Ufa... :)
Alexandre de Arruda Paes
Comentário de lmveloso
22/06/05 13:02 - usuário registrado #342
Foco !: O problema desta entrevista está no foco que o entrevistador preferiu dar a ela...
O cara entrevista um guru do software livre para faze-lo falar do futuro da MS. Tudo bem uma pergunta ou 2, eu também sou curioso pra saber o ponto de vista do Linus Torvalds a respeito.. mas de 6 perguntas, 1 foi de Software Livre, 1 de Software Propreitário e as outras 4 foram relacionadas diretamente a MS!
Acho q o cara errou o entrevistado!
E quanto ao futuro do Linux neste mesmo mercado?!, das principais atividades sendo desenvolvidas neste momento pelos desenvolvedores?!, das novidades para uma nova versão do kernel!?, dos principais desafios!?... ou até mesmo Como foi que ele conseguiu ter a visão genial de começar o projeto de seu kernel se unindo a comunidade!?..
Tem muita coisa boa pra perguntar pra esse cidadão ae...
Além do mais ele é um Desenvolvedor de Software Livre e não uma "Mae Diná do Mercado Economico e Jogatinas Obscuras"!
Faz favor...
Me fez lembrar agora de Severiano de Almeida, aquele da revista Caros Amigos! Quando se refere a alguma jogada suja norte americana faz analogia a um criador de porcos. Por aqui também deve ter passado o tal "Porco do Bill"... (Bill é apenas um americano, tire essa magoa do seu coração.. HAHA:)
O cara entrevista um guru do software livre para faze-lo falar do futuro da MS. Tudo bem uma pergunta ou 2, eu também sou curioso pra saber o ponto de vista do Linus Torvalds a respeito.. mas de 6 perguntas, 1 foi de Software Livre, 1 de Software Propreitário e as outras 4 foram relacionadas diretamente a MS!
Acho q o cara errou o entrevistado!
E quanto ao futuro do Linux neste mesmo mercado?!, das principais atividades sendo desenvolvidas neste momento pelos desenvolvedores?!, das novidades para uma nova versão do kernel!?, dos principais desafios!?... ou até mesmo Como foi que ele conseguiu ter a visão genial de começar o projeto de seu kernel se unindo a comunidade!?..
Tem muita coisa boa pra perguntar pra esse cidadão ae...
Além do mais ele é um Desenvolvedor de Software Livre e não uma "Mae Diná do Mercado Economico e Jogatinas Obscuras"!
Faz favor...
Me fez lembrar agora de Severiano de Almeida, aquele da revista Caros Amigos! Quando se refere a alguma jogada suja norte americana faz analogia a um criador de porcos. Por aqui também deve ter passado o tal "Porco do Bill"... (Bill é apenas um americano, tire essa magoa do seu coração.. HAHA:)
Comentário de ricardomoc
22/06/05 13:48 - usuário registrado #440
Marketing????: Acredito que você está equivocado em suas opiniões. Veja bem: o Linus iniciou isso como um projeto. Era um estudante, assim como muitos outros estudantes pelo mundo afora que querem fazer algo novo. Da maneira que você coloca, parece que o Linus é um aproveitador. Talvez quem esteja aproveitando seja quem participa do projeto, a comunidade, como você fala. Isso tudo porque um cara teve peito para desenvolver um sistema operacional do zero. Aliás, o Linus nunca desmereceu a comunidade, creditando a ela todo o crédito pelo fato do Linux estar nesse estágio.
Quando a dominação da Microsoft... Bom, se você quiser se aprofundar um pouco mais, procure saber sobre os PC's que realmente tem o SO Windows legalizado. Verá que a realidade é outra. O Linux é totalmente legal, por ser SL. Já o Windows... Não precisa falar mais nada, né? Se considerar legal por legal, é perigoso o Linux ultrapassar as instalações Windows que existem por aí.
Digo isso de experiência própria. Trabalho em uma escola que tem perto de 300 máquinas. Todas com Windows 2000. Pergunte se são cópias legais? Pois é. Afinal, quem é que tem 1.000 reais sobrando no bolso para legalizar uma cópia de WXP por máquina?
Ricardo Rabelo Mota
Site Católico Nossa Senhora Rosa Mística
http://www.rosamistica.org
Quando a dominação da Microsoft... Bom, se você quiser se aprofundar um pouco mais, procure saber sobre os PC's que realmente tem o SO Windows legalizado. Verá que a realidade é outra. O Linux é totalmente legal, por ser SL. Já o Windows... Não precisa falar mais nada, né? Se considerar legal por legal, é perigoso o Linux ultrapassar as instalações Windows que existem por aí.
Digo isso de experiência própria. Trabalho em uma escola que tem perto de 300 máquinas. Todas com Windows 2000. Pergunte se são cópias legais? Pois é. Afinal, quem é que tem 1.000 reais sobrando no bolso para legalizar uma cópia de WXP por máquina?
Ricardo Rabelo Mota
Site Católico Nossa Senhora Rosa Mística
http://www.rosamistica.org
Comentário de Leonardo Menezes Vaz
22/06/05 14:29
Hmmmm...: Seu comentário faz com que eu acredite que você desconhece completamente os fatos Alessandro. Se tiveres a oportunidade de ler o livro "Só por prazer", a biografia do Linus Torvalds escrita por David Diamond, vais entender que a história é completamente diferente do cenário que você pintou no comentário acima caro amigo. O Linus não é um *marketeiro*, mas apenas um nerd que escreve código por que gosta. Ele não faz o Linux sozinho e o movimento open source não começou por causa dele. :)
Uma dica: antes de comentar certifique-se que você realmente entende sobre aquilo que está escrevendo. Sempre cite fontes!! Ahh o principal: tente transpor suas teorias para o mundo real, e veja se elas se encaixam na realidade. ;)
Pra finalizar. recomendo a leitura dos seguintes links:
http://en.wikipedia.org/wiki/Just_For_Fun
http://en.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds
http://www.catb.org/~esr/writings/cathedral-bazaar/cathedral-bazaar/
Com base nessas informações creio que você poderá entender como a coisa realmente funciona e quem sabe formar alguma opinião. :)
[]s
lmvaz
Uma dica: antes de comentar certifique-se que você realmente entende sobre aquilo que está escrevendo. Sempre cite fontes!! Ahh o principal: tente transpor suas teorias para o mundo real, e veja se elas se encaixam na realidade. ;)
Pra finalizar. recomendo a leitura dos seguintes links:
http://en.wikipedia.org/wiki/Just_For_Fun
http://en.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds
http://www.catb.org/~esr/writings/cathedral-bazaar/cathedral-bazaar/
Com base nessas informações creio que você poderá entender como a coisa realmente funciona e quem sabe formar alguma opinião. :)
[]s
lmvaz
Comentário de Alma Caridosa
22/06/05 15:01
Entrevista de Linus Torvalds traduzida: http://blogs.siliconvalley.com/gmsv/2005/06/an_interview_wi.html
SV: Os programas livres têm feito claramente alguns grandes avanços nos últimos anos. Vimos isso no Linux e no Mozilla. Que futuro você prevê para o software livre? Como você prevê o futuro para empresas de software baseadas em modelos de software proprietário?
LT: O poder do software livre na verdade reside em vários grupos melhorando e aumentando cada vez mais uma base existente e lentamente transformando essa base em commodity. Uma das palavras chave aqui é "lentamente"--por sua natureza intrínseca é tipicamente evolucionário, ou seja, demorado. Na minha opinião, não tem como interrompê-lo, mas o processo definitivamente possibilita que empresas proprietárias geralmente tirem proveito da base commodity de software livre e continuem a ser proprietárias "no topo" dessa base.
Assim, não creio que empresas proprietárias estejam condenadas a desaparecer, só acabarão migrando para cima na cadeia alimentar. Para a maioria delas, isso não será necessariamente doloroso. Independente de quão comoditizada seja a base, usuários comerciais vão querer suporte. Assim, tecnicamente mesmo com um produto de software totalmente livre, o "topo da cadeia alimentar" provavelmente sempre existirá na forma de serviços e suporte.
E, mesmo ignorando serviços e suporte, há sempre a especialização: por sua natureza intrínseca, software livre geralmente tende a preencher o "nicho básico", portanto não vejo de forma nenhuma improvável que empresas proprietárias preencham nichos especializados.
SV: À medida que o software livre se torna mais difundido, o que acontecerá com empresas que construíram sua infra-estrutura em torno de software proprietário?
LT: Obviamente, com software livre mais difundido, o que acontece é que os projetos de software livre tendem a tornar essa migração mais fácil. A interoperabilidade tende a ser um requisito muito mais importante para qualquer projeto de software livre e você pode observar isso na forma como projetos de software livre têm atacado ativamente questões de formato de arquivo e compatibilidade de protocolo de rede.
Mas, claramente, uma empresa que queira migrar para uma infra-estrutura de software livre precisa ter também um pouco de flexibilidade. Mas muitas vezes será suficiente evitar os lock-ins proprietários mais óbvios. Sempre há uma opção de uma solução proprietária, de um única empresa, e outra mais amplamente difundida e documentada: tente evitar a solução proprietária.
Naturalmente, essa estratégia tende a ser uma boa idéia independente da questão do software livre.
SV: A Microsoft passou tanto tempo protegendo o desktop que perdeu um montão de outras oportunidades--sites de busca, por exemplo. O software livre tem feito incursões dentro do monopólio virtual da Microsoft de software para desktop na medida que governos e corporações são atraídas pela economia que ele oferece. Enquanto isso, inovadores como a Apple e o Google estão ganhando importância no universo tecnológico. O que você vê acontecendo à Micorosft nos anos vindouros?
LT: Esse é exatamente o tipo de pergunta que acho difícil responder.
A Microsoft é de fato uma empresa muito interessante nesse aspecto. Ao contrário de muitas empresas proprietárias, é uma das poucas cujo grosso do seu faturamento vem diretamente de seu mercado commodity, e mesmo seus produtos especializados sempre vendem por causa de seu domínio quase total do mercado que certamente, aparenta, será comoditizado na próxima década ou tanto.
Assim, não admira que a Microsoft seja um dos poucos players que parecem não gostar mesmo do software livre. A maioria dos outros fabricantes parecem ver software livre como uma plataforma sobre a qual podem se estruturar, ao passo que para a MS é uma ameaça à forma como fazem negócios.
Dito isto, não vejo o mercado da MS desaparecendo tão cedo, nem vejo por que a MS não poderia continuar funcionando como uma empresa de software mesmo sem ter controle sobre o mercado commodity. De muitas formas, penso na MS na mesma situação que a IBM duas décadas atrás, perdendo controle de seu mercado básico-- e o domínio sobre ele--mas não necessariamente desaparecendo ou ecolhendo.
Acredito que a questão realmente interessante seja o que acontecerá com a margem de lucro deles. É quase tudo lucro para eles agora. Não acho que isso seja sustentável em qualquer mercado mas acredito, sim, que o software livre será uma das coisas que a "corrigir" o mercado de software.
SV: O que vai acontecer ao mundo PC se a participação de mercado da Microfoft declinar? Como ficará o cenário tecnológico?
LT: Se a Microsoft perder seu domínio, será bom para o mercado em geral. De novo, reveja o caso IBM há algumas décadas: mais competição tende a tornar o mercado não só mais ativo, como tende a aumentá-lo.
Assim, a noção que muitas pessoas parecem ter de que o mercado PC vive ou morre por causa do domínio da MS parece não ter base na realidade. De qualquer jeito, monopólios quase totais tendem a sufocar as coisas.
SV: Hoje em dia as empresas não estão tão dependentes da Microsoft quanto já estiveram. Certamente a Microsoft permanece como parceiro estratégico importante para muitas empresas. Mas a empresa está vendo sua influência erodir. Que empresas e tecnologias tomarão o lugar da Microsoft caso seu declínio continue?
LT: Não acredito que algo possa "substituir" a Microsoft no mercado em que a MS está agora. Pelo contrário, o que penso acontecer é que os mercados amadurecem, e à medida que amadurecem se tornam comoditizados, um player dominante como a MS não acontece mais. Você não vai ter outro player vindo e tomando seu lugar--para achar outro player dominante você tem de começar a procurar em mercados totalmente diferentes.
Que mercado novo será esse? Não tenho idéia. Nem mesmo precisa ser computadores--na próxima onda, o computadores não serão como hoje, serão apenas parte da infra-estrutura exigida para criar o próxima grande "bossa".
Em outras palavras, não acho que o PC vai desaparecer. É uma ferramenta geral indispensável para comunicação e computação. Só acho que ele se tornará uma commodity, como arroz e feijão. Você precisa deles todos os dias, mas não os vê controlando sua vida.
SV: Você acha que será possível algum dia ver a Microsoft tendendo a algo como uma empresa de serviço público, uma iniciativa oferecendo serviços básicos essenciais?
LT: Acredito que é assim que eles sempre viram a si mesmos; só que eles preferem um cenário "sem concorrência" em que eles possam ter altas margens de lucro. Eu penso, sim, que a grande diferença em 10 anos não é se a MS vai desaparecer ou mesmo necessariamente fará algo muito diferente, mas que eles tenham margens de lucro a par do resto da indústria.
Naturalmente, é provável que eles tenham de operar de forma muito diferente, mas será mais interna que externamente em relação ao mercado.
SV: E se a participação da Microsoft não encolher? Como será o mercado tecnológico num mundo em que a Microsoft não só retém sua posição atual, como a estende para outros campos--na sala de estar, nos serviços bancários, etc.? Como você vê um mundo "Microsoft forever"?
LT: Não acredito em dinastias. As coisas decaem com o tempo. O sucesso começa a ficar fácil e as empresas de sucesso começam a perder o apetite.
No mercado tecnológico em particular, as empresas não tendem a ficar no topo para sempre--elas se tornam irrelevantes, quer por causa de seus próprios tropeços, quer porque seu mercado não é mais o "fino da bossa". Você só pode surfar na crista enquanto durar a onda.
A questão é como a decadência ocorre e em que prazo. O software livre será um fator? Certamente. Será o fator? Não sei.
SV: Os programas livres têm feito claramente alguns grandes avanços nos últimos anos. Vimos isso no Linux e no Mozilla. Que futuro você prevê para o software livre? Como você prevê o futuro para empresas de software baseadas em modelos de software proprietário?
LT: O poder do software livre na verdade reside em vários grupos melhorando e aumentando cada vez mais uma base existente e lentamente transformando essa base em commodity. Uma das palavras chave aqui é "lentamente"--por sua natureza intrínseca é tipicamente evolucionário, ou seja, demorado. Na minha opinião, não tem como interrompê-lo, mas o processo definitivamente possibilita que empresas proprietárias geralmente tirem proveito da base commodity de software livre e continuem a ser proprietárias "no topo" dessa base.
Assim, não creio que empresas proprietárias estejam condenadas a desaparecer, só acabarão migrando para cima na cadeia alimentar. Para a maioria delas, isso não será necessariamente doloroso. Independente de quão comoditizada seja a base, usuários comerciais vão querer suporte. Assim, tecnicamente mesmo com um produto de software totalmente livre, o "topo da cadeia alimentar" provavelmente sempre existirá na forma de serviços e suporte.
E, mesmo ignorando serviços e suporte, há sempre a especialização: por sua natureza intrínseca, software livre geralmente tende a preencher o "nicho básico", portanto não vejo de forma nenhuma improvável que empresas proprietárias preencham nichos especializados.
SV: À medida que o software livre se torna mais difundido, o que acontecerá com empresas que construíram sua infra-estrutura em torno de software proprietário?
LT: Obviamente, com software livre mais difundido, o que acontece é que os projetos de software livre tendem a tornar essa migração mais fácil. A interoperabilidade tende a ser um requisito muito mais importante para qualquer projeto de software livre e você pode observar isso na forma como projetos de software livre têm atacado ativamente questões de formato de arquivo e compatibilidade de protocolo de rede.
Mas, claramente, uma empresa que queira migrar para uma infra-estrutura de software livre precisa ter também um pouco de flexibilidade. Mas muitas vezes será suficiente evitar os lock-ins proprietários mais óbvios. Sempre há uma opção de uma solução proprietária, de um única empresa, e outra mais amplamente difundida e documentada: tente evitar a solução proprietária.
Naturalmente, essa estratégia tende a ser uma boa idéia independente da questão do software livre.
SV: A Microsoft passou tanto tempo protegendo o desktop que perdeu um montão de outras oportunidades--sites de busca, por exemplo. O software livre tem feito incursões dentro do monopólio virtual da Microsoft de software para desktop na medida que governos e corporações são atraídas pela economia que ele oferece. Enquanto isso, inovadores como a Apple e o Google estão ganhando importância no universo tecnológico. O que você vê acontecendo à Micorosft nos anos vindouros?
LT: Esse é exatamente o tipo de pergunta que acho difícil responder.
A Microsoft é de fato uma empresa muito interessante nesse aspecto. Ao contrário de muitas empresas proprietárias, é uma das poucas cujo grosso do seu faturamento vem diretamente de seu mercado commodity, e mesmo seus produtos especializados sempre vendem por causa de seu domínio quase total do mercado que certamente, aparenta, será comoditizado na próxima década ou tanto.
Assim, não admira que a Microsoft seja um dos poucos players que parecem não gostar mesmo do software livre. A maioria dos outros fabricantes parecem ver software livre como uma plataforma sobre a qual podem se estruturar, ao passo que para a MS é uma ameaça à forma como fazem negócios.
Dito isto, não vejo o mercado da MS desaparecendo tão cedo, nem vejo por que a MS não poderia continuar funcionando como uma empresa de software mesmo sem ter controle sobre o mercado commodity. De muitas formas, penso na MS na mesma situação que a IBM duas décadas atrás, perdendo controle de seu mercado básico-- e o domínio sobre ele--mas não necessariamente desaparecendo ou ecolhendo.
Acredito que a questão realmente interessante seja o que acontecerá com a margem de lucro deles. É quase tudo lucro para eles agora. Não acho que isso seja sustentável em qualquer mercado mas acredito, sim, que o software livre será uma das coisas que a "corrigir" o mercado de software.
SV: O que vai acontecer ao mundo PC se a participação de mercado da Microfoft declinar? Como ficará o cenário tecnológico?
LT: Se a Microsoft perder seu domínio, será bom para o mercado em geral. De novo, reveja o caso IBM há algumas décadas: mais competição tende a tornar o mercado não só mais ativo, como tende a aumentá-lo.
Assim, a noção que muitas pessoas parecem ter de que o mercado PC vive ou morre por causa do domínio da MS parece não ter base na realidade. De qualquer jeito, monopólios quase totais tendem a sufocar as coisas.
SV: Hoje em dia as empresas não estão tão dependentes da Microsoft quanto já estiveram. Certamente a Microsoft permanece como parceiro estratégico importante para muitas empresas. Mas a empresa está vendo sua influência erodir. Que empresas e tecnologias tomarão o lugar da Microsoft caso seu declínio continue?
LT: Não acredito que algo possa "substituir" a Microsoft no mercado em que a MS está agora. Pelo contrário, o que penso acontecer é que os mercados amadurecem, e à medida que amadurecem se tornam comoditizados, um player dominante como a MS não acontece mais. Você não vai ter outro player vindo e tomando seu lugar--para achar outro player dominante você tem de começar a procurar em mercados totalmente diferentes.
Que mercado novo será esse? Não tenho idéia. Nem mesmo precisa ser computadores--na próxima onda, o computadores não serão como hoje, serão apenas parte da infra-estrutura exigida para criar o próxima grande "bossa".
Em outras palavras, não acho que o PC vai desaparecer. É uma ferramenta geral indispensável para comunicação e computação. Só acho que ele se tornará uma commodity, como arroz e feijão. Você precisa deles todos os dias, mas não os vê controlando sua vida.
SV: Você acha que será possível algum dia ver a Microsoft tendendo a algo como uma empresa de serviço público, uma iniciativa oferecendo serviços básicos essenciais?
LT: Acredito que é assim que eles sempre viram a si mesmos; só que eles preferem um cenário "sem concorrência" em que eles possam ter altas margens de lucro. Eu penso, sim, que a grande diferença em 10 anos não é se a MS vai desaparecer ou mesmo necessariamente fará algo muito diferente, mas que eles tenham margens de lucro a par do resto da indústria.
Naturalmente, é provável que eles tenham de operar de forma muito diferente, mas será mais interna que externamente em relação ao mercado.
SV: E se a participação da Microsoft não encolher? Como será o mercado tecnológico num mundo em que a Microsoft não só retém sua posição atual, como a estende para outros campos--na sala de estar, nos serviços bancários, etc.? Como você vê um mundo "Microsoft forever"?
LT: Não acredito em dinastias. As coisas decaem com o tempo. O sucesso começa a ficar fácil e as empresas de sucesso começam a perder o apetite.
No mercado tecnológico em particular, as empresas não tendem a ficar no topo para sempre--elas se tornam irrelevantes, quer por causa de seus próprios tropeços, quer porque seu mercado não é mais o "fino da bossa". Você só pode surfar na crista enquanto durar a onda.
A questão é como a decadência ocorre e em que prazo. O software livre será um fator? Certamente. Será o fator? Não sei.
Comentário de Emilio Wuerges
22/06/05 18:26
Eh a mesma entrevista da semana passada.: Eh a mesma entrevista da semana passada.
Comentário de javaes
22/06/05 19:21 - usuário registrado #682
Diversão: Xico, por favor não vamos distorcer as coisas. Quem compra um videogame não está pensando em escrever uma defesa de tese com ele. Quem compra um videogame está simplesmente pensando no fator diversão e tão somente em diversão nada mais que diversão e diversão é diversão.
Comentário de Alessandro
22/06/05 20:24 - usuário registrado #293
Só uma opinião...: Esta é uma opinião pessoal só quis relatar aqui.
O Linus para mim é um prepotente se acha o Deus do Linux, ele e o Bill são farinhas do mesmo saco.
Quem faz o Linux o que é, é a comunidade, somente ela, sem a mesma nada existiria, ja caso não existisse o Linux o BSD faria este papel, até quem sabe melhor que o Linux.
O Linus para mim é um prepotente se acha o Deus do Linux, ele e o Bill são farinhas do mesmo saco.
Quem faz o Linux o que é, é a comunidade, somente ela, sem a mesma nada existiria, ja caso não existisse o Linux o BSD faria este papel, até quem sabe melhor que o Linux.
Comentário de Alessandro
22/06/05 20:29 - usuário registrado #293
.: Como disse no comentário acima é uma opinião, não precisa de fontes.
Acho que no início o Linus era um nerd, mais agora a coisa mudou de figura ele se acha o Deus do Linux, o mesmo virou um negócio muito lucrativo, para várias pessoas e muito mais para ele.
Acho que no início o Linus era um nerd, mais agora a coisa mudou de figura ele se acha o Deus do Linux, o mesmo virou um negócio muito lucrativo, para várias pessoas e muito mais para ele.
Comentário de Leonardo Menezes Vaz
22/06/05 21:31
Mais argumentos...: Ainda acho que você está falando sobre algo que não entende Alessandro... Ok, lá vamos nós...
Ao contrário do que você afirma, o Linus continua sendo a mesma pessoa que era quando começou a trabalhar no projeto, há quase 14 anos atrás. Se você ler o livro que recomendei, vai descobrir que ele mantém praticamente o mesmo padrão de vida simples que tinha antes de se tornar uma "celebridade". O Linux pode ter se tornado algo lucrativo para grandes corporações como um todo, isto é, Kernel e demais softwares agregados, mas ainda não acho certo você afirmar que isso se tornou um negócio lucrativo em específico para o Linus. Tampouco não é correto dizer que ele exerce algum tipo de influência tirânica sobre o resto da comunidade open source. Isso definitivamente não é verdade. Tudo que ele disse na entrevista é a opinião pessoal dele, que certamente não difere da de muitas outras pessoas envolvidas no movimento open source. Não sei se você sabe, mas hoje em dia ele trabalha em tempo integral no desenvolvimento do Kernel Linux na OSDL, que é uma espécie de "consórcio" patrocinado por empresas como IBM, HP, CA entre outros, os quais investem dinheiro no desenvolvimento de Software Livre. Além do Linus, a OSDL ainda conta com outros desenvolvedores do Kernel, como o Andrew Morton, que recebem para trabalhar exclusivamente nisso. Particularmente não vejo nenhum mal em fazer algo que gosta e ainda receber por isso. Você vê?
Para você entender como a OSDL funciona, recomendo a leitura do seguinte link:
http://www.osdl.org/about_osdl
Para concluir, quando eu disse "cite fontes", quis dizer que se você vai falar sobre algo, tente antes se informar para não cometer gafes terríveis ou falar sobre algo que não sabe como realmente funciona. Você falou (mal) sobre o Linus e não citou a fonte de onde obteu a informação. Mais throlls podem ver seus comentários e sair por aí repetindo a mesma história por diante e isso só vai gerar uma coisa meu caro: FUD. Entendeu? :)
[]s
lmvaz
--
"Quem come de tudo está sempre mastigando" -- XSandro
Ao contrário do que você afirma, o Linus continua sendo a mesma pessoa que era quando começou a trabalhar no projeto, há quase 14 anos atrás. Se você ler o livro que recomendei, vai descobrir que ele mantém praticamente o mesmo padrão de vida simples que tinha antes de se tornar uma "celebridade". O Linux pode ter se tornado algo lucrativo para grandes corporações como um todo, isto é, Kernel e demais softwares agregados, mas ainda não acho certo você afirmar que isso se tornou um negócio lucrativo em específico para o Linus. Tampouco não é correto dizer que ele exerce algum tipo de influência tirânica sobre o resto da comunidade open source. Isso definitivamente não é verdade. Tudo que ele disse na entrevista é a opinião pessoal dele, que certamente não difere da de muitas outras pessoas envolvidas no movimento open source. Não sei se você sabe, mas hoje em dia ele trabalha em tempo integral no desenvolvimento do Kernel Linux na OSDL, que é uma espécie de "consórcio" patrocinado por empresas como IBM, HP, CA entre outros, os quais investem dinheiro no desenvolvimento de Software Livre. Além do Linus, a OSDL ainda conta com outros desenvolvedores do Kernel, como o Andrew Morton, que recebem para trabalhar exclusivamente nisso. Particularmente não vejo nenhum mal em fazer algo que gosta e ainda receber por isso. Você vê?
Para você entender como a OSDL funciona, recomendo a leitura do seguinte link:
http://www.osdl.org/about_osdl
Para concluir, quando eu disse "cite fontes", quis dizer que se você vai falar sobre algo, tente antes se informar para não cometer gafes terríveis ou falar sobre algo que não sabe como realmente funciona. Você falou (mal) sobre o Linus e não citou a fonte de onde obteu a informação. Mais throlls podem ver seus comentários e sair por aí repetindo a mesma história por diante e isso só vai gerar uma coisa meu caro: FUD. Entendeu? :)
[]s
lmvaz
--
"Quem come de tudo está sempre mastigando" -- XSandro
Comentário de Xico
23/06/05 16:48
Exato javaes, não falei o co: Exato javaes, não falei o contrário disso...
Mas a diversão pra você, é a mesma que a minha? É a sua opnião pessoal contra a minha sobre um jogo ser legal ou não, de forma alguma dá para generalizar e dizer que console X ou Y é ruim por isso.
Mas a diversão pra você, é a mesma que a minha? É a sua opnião pessoal contra a minha sobre um jogo ser legal ou não, de forma alguma dá para generalizar e dizer que console X ou Y é ruim por isso.
A cada ano a Microsoft bate recorde sobre recorde de lucros e em todas as áreas que ela atua, há crescimento e cresce também a área de atuação da própria.
Por favor não moderem. Não sou um pró-MS, ao contrário, só quero dados que mostrem o "futuro negro" da MS para ter embasamento quando tiver de argumentar sobre o crescimento do Linux(em servidores cresce SOBRE o Unix e não sobre o Windows).