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O que acontece quando projetos de código aberto fecham o processo?

É plenamente possível ter projetos de software livre cujo processo de desenvolvimento é fechado. O produto é lançado sob uma licença livre, mas os seus desenvolvedores atuam de forma isolada e sem estimular ou mesmo aceitar a participação de quem é "de fora".

E este artigo do Linux.com analisa dois destes casos, que ocorrem em projetos associados a grupos maiores e tradicionalmente abertos à participação da comunidade: o KDE e o Gimp - cujos processos permanecem tão abertos quanto antes.

O primeiro dos projetos analisados é o do projeto Oxygen, descrito como um redesign de ícones em andamento para inclusão no KDE 4. O caso narrado é um pouco menos comum: embora os ícones do projeto estejam disponíveis via licença livre (LGPL) e acessíveis via repositório Subversion público, integrantes do projeto protestaram quando versões correntes do material foram incluídas em um tema para o GNOME por alguém de fora do projeto, antes que eles lançassem a versão definitiva de seu trabalho.

Os desenvolvedores defendem o direito de não ver outros distribuírem seu material antes que eles mesmos lancem a "versão 1.0" seus produtos - mas isto é algo que as licenças livres não oferecem, e o próprio modo de produção aberto não prevê. Pelo contrário, a máxima "release early, release often" estimula o desenvolvedor a abrir mão deste nível de controle bastante cedo no ciclo de desenvolvimento, e é comum vermos forks e derivados de projetos livres que ainda não atingiram uma versão 1.0. No contexto artístico talvez os pontos de vista sejam diferentes, mas se for o caso, a licença livre deve prevalecer, ou ser explicitamente abandonada em trabalhos futuros dos autores que delas discordarem.

O segundo caso analisado é o Gimp UI Redesign, que estuda novidades para o futuro da interface gráfica adotada pelo Gimp. Neste caso, a situação que ocorre é mais comum: a equipe é fechada, e voluntários que procuram passar a integrá-la relatam que são rejeitados. Vários projetos abertos operam desta forma, com equipes definidas e sem mecanismos para a participação direta (e não apenas enviando sugestões) de quem não seja da equipe, mas o autor do artigo se posiciona contra esta prática, dizendo que "se você tem medo de abertura, veio ao lugar errado".

Ao final, o artigo contrasta o posicionamento do Oxygen com o do Tango, que segundo ele é muito mais aberto, e compara também a forma de agir do Gimp UI Redesign com a do projeto Gimp em si, que ele caracteriza como aberto à participação de todos.

E prega que a abertura à participação de todos torna a equipe mais forte, e não mais fraca. Vale a reflexão.

Saiba mais (linux.com).

Comentários dos leitores

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Comentário de lam777
É preciso estabelecer objetivos...: Pode parecer vantajoso ter zilhões de desenvolvedores, mas este modelo apesar de mais produtivo exige uma organização mais complexa do projeto em si, que em alguns casos é o mesmo que matar formiga com bala de canhão...

O que quero dizer é que se você esta desenvolvendo uma barra de tarefas com um código pequeno(e que você como líder do projeto não quer q ele seja grande, para rodar rápido), não precisa de um número enorme de desenvolvedores... e nem vai permitir que outros desenvolvedores entrem no projeto... isso porque desviaria o objetivo do seu projeto...

Partindo deste principio, considero a primeira afirmação do artigo como um erro de julgamento.

Mas cuidado pra não fazer confusão: Beta testers, estes não devem ter um limite numérico de forma alguma (nem em projetos fechados), além de serem incentivados sempre !!

Já a segunda afirmação é completamente válida, afinal projetos que não permitem a criação de forks não são abertos(e não são mesmo).

Apesar de que criar forks de um projeto que ainda não chegou na versão 1.0 me pareca ser uma sacanagem total...
Eu jamais faria isso! Falo isso com o mínimo de moral que tenho como programador, exceto que visse um projeto de fato abandonado ou de desenvolvimento lento que não permitisse a entrada de novos programadores, ou que não estivesse suprindo as minhas necessidades ou que não tivesse exatamente os objetivos que eu esperava(nesse último não seria um fork, mas um outro projeto)...

Partindo destes principios, cabe a eles montarem um artigo com o mesmo titulo, mas com a seguinte descrição:
"Projetos parados/lentos e que não permitem a entrada de novos desenvolvedores ou a criação de forks", isso de fato é preocupante!!!

Comentário de André Nascimento
A Catedral e o Bazar: Alguém poderia indicar este livro pra esse pessoal:
http://www.geocities.com/CollegePark/Union/3590/pt-cathedral-bazaar.html

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