A Business Week publicou uma matéria explicando sob o ponto de vista de administrativo e financeiro
como funciona o processo de desenvolvimento e o modelo de negócios do Linux.
Quanto ao modelo de negócios, a revista comenta principalmente sobre como as empresas que distribuem o Linux obtém lucros (e dá exemplos como o da Red Hat, com lucros triplicando, e da HP, que dobrou a venda de servidores com Linux pré-instalado, atingindo US$ 3 bilhões).
No que diz respeito ao processo de desenvolvimento, ela se refere (com bastante detalhes) à manutenção do kernel, comparando a época em que todos os patches eram selecionados quase que diretamente por Linus Torvalds à realidade de hoje. Selecionei um trecho, com tradução livre: "
Pouco compreendida pelo restante do mundo, a comunidade de programadores Linux evoluiu nos anos recentes para algo muito mais maduro, organizado e eficiente. A grosso modo, o Linux se profissionalizou. Torvalds agora tem um time de tenentes, quase todos empregados por empresas de tecnologia, que supervisionam o desenvolvimento de projetos de alta prioridade. Gigantes tecnológicos como a IBM, HP e Intel estão aglomerados ao redor do finlândes, contribuindo tecnologia, músculos mercadológicos e milhares de programadores profissionais. A IBM sozinha tem 600 programadores dedicados ao Linux, e tinha apenas 2 em 1999. Há até mesmo um órgão de direção que ajuda a definir prioridades para seu desenvolvimento de Linux. O resultado é um Linux muito mais poderoso. O software está encontrando seu caminho para tudo, desde celulares Motorola e robôs Mitsubishi até os servidores do eBay e os supercomputadores da NASA que rodam simulações dos ônibus espaciais. A força do seu crescimento está sacudindo a indústria de tecnologia, desafiando a dominância da Microsoft e oferecendo um novo modelo para criação de software."
Outro trecho interessante sobre o processo de desenvolvimento: "
Na sociedade Linux, não há cerimônias e reverências diante dos ricos e poderosos. Executivos e gerentes de produto da HP, IBM, Intel e Oracle nem mesmo tentam pressionar Torvalds e Morton em favor de seus interesses. Ao contrário, suas manifestações seguem por intermédio de seus engenheiros que, como membros da comunidade open-source, submetem patches para o kernel ou outros softwares."