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LinuxWorld Brasil: Entrevista com Bill Hilf

“Após dez anos de dedicação à comunidade open source, Bill Hilf foi para o outro lado do software e se uniu à Microsoft. Apesar disso, o gerente geral de estratégia de plataformas diz não se sentir um estranho no ninho dentro da empresa de Bill Gates e não poupa críticas à antiga comunidade, que define como “um movimento criado por desenvolvedores para desenvolvedores”. Hilf é um dos destaques do LinuxWorld Conference & Expo, que acontece a partir desta terça-feira (23/05), em São Paulo.” Veja o texto completo em IDG Now! - Bill Hilf: open source é movimento de desenvolvedor para desenvolvedor. O leitor Carlos Alberto Lopes também enviou link para este texto.

Selecionei alguns trechos da entrevista:


IDG Now! - Você acha que o modelo open source ameaça a supremacia da Microsoft no mercado?

Hilf - O código aberto é fundamentalmente um fenômeno de desenvolvedores; criado por desenvolvedores para desenvolvedores. O modelo de desenvolvimento da Microsoft segue um processo rigoroso e coordenado que passa primeiro por entender as necessidades do usuário e agrupar suas demandas, depois arquitetar e desenhar um produto que atenda essas necessidades. Só então ocorre o desenvolvimento do núcleo, seguido por garantia de testes e qualidade, suporte e engenharia estruturada por toda a vida daquele produto. Construir softwares que constantemente oferece valor e resolve problemas reais requer análise e conhecimento profundo do cliente.

IDG Now! - Quais são as diferenças entre o processo de criação de aplicativos na Microsoft e na comunidade de código aberto?

Hilf - Em alguns aspectos, o processo de desenvolvimento da Microsoft – e até os processos de comunidade internos – é similar ao da comunidade de código aberto. As principais diferenças, como apontei anteriormente, estão no comprometimento da arquitetura e do suporte. A Microsoft desenvolve seus softwares com o cliente em mente. Esse modelo de desenvolvimento cria alguns requisitos no sistema e cria algumas complexidades no design - desde garantir que cada aplicação e cada recurso interajam de forma natural até assegurar compatibilidade retroativa e usabilidade de periféricos. Isto toma um tempo enorme para testar e retestar o produto diante destas variáveis. Compare isso ao processo de “desenvolver com o desenvolvedor em mente”, abordagem de grande parte dos projetos de código aberto, e você tem uma diferença fundamental de abordagem ao problema... e de arquitetura de desenvolvimento. Em termos de cultura, no entanto, o desenvolvedor Microsoft como o de
senvolvedor open source, mergulha de cabeça e quer conhecer a tecnologia, tentar novas abordagens e contribuir para seu projeto. Neste aspecto, as comunidades são bastante similares.

IDG Now! - Qual o propósito do seu trabalho na Microsoft?

Hilf - Sou o gerente geral de estratégia de plataformas na Microsoft Corporation e eu direciono nossos esforços de estratégia de plataformas na companhia. Um dos principais elementos do meu papel é dar à empresa uma visão clara do software de código aberto. Antes de entrar para a Microsoft, eu era arquiteto corporativo sênior na IBM onde também ajudei a liderar a estratégia de tecnologia Linux para um grupo focado em mercados emergentes. A Microsoft tinha um interesse em entender e aprender sobre software de código aberto, incluindo Linux, e eles me trouxeram justamente pra isso. Atualmente eu supervisiono um grupo que examina como as dinâmicas de mercado em transformação estão criando oportunidades tanto para nós aprendermos quanto para competir melhor com as ofertas do Linux e do código aberto.


Comentários dos leitores

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Comentário de philippe
não o culpo: o que a grana não faz...
Comentário de Gilzamir Ferreira Gomes
Um raciocínio perfeito no tempo errado...: Há uns 10 anos atrás o pensamento do senhor Bill estaria correto. No entanto, os desenvolvedores sentiram a necessidade de não mais desenvolverem só para si mesmo. Além disso, empresas se dedicam a investir no software livre e/ou open source. Não estamos mais em 1990 quando Linus iniciou o desenvolvimento do kernel do Linux por simples 'divertimento'. Não levem o 'divertimento' acima ao pé da letra. Isso é tão verdade que o desenvolvimento de ambientes como o KDE e o Gnome estão cada vez mais voltados para a usabilidade, para o usuário comum, do que para especialistas em informática. Empresas surgiram para desenvolver e suportar software livre, como foi o caso da Red Hat. Outros após algum tempo iniciaram a investir em alguma distribuição GNU/Linux, como é o caso da Novel. Os clientes do 'open source' fazem eles mesmos as auterações em seus produtos. Não é necessário, assim, que o fornecedor do software tente advinhar as necessidades do cliente. Talvez essa situação ainda não esteja 100% favorável ao usuário doméstico, mas tudo caminha para que o open-source domine os computadores desktops no futuro.

Comentário de rodrigomessiasbarros
Compatibilidade Retroativa?: " desde garantir que cada aplicação e cada recurso interajam de forma natural até assegurar compatibilidade retroativa e usabilidade de periféricos. "

O que o senhor Bill Hilf quis dizer com a frase acima? Compatibilidade retroativa? Com certeza ele ainda usa software livre, mesmo estando trabalhando na Microsoft!

Será que ele, alguma vez na vida, tentou abrir um arquivo do Access 2000 no Access 97???

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Rodrigo Messias Barros
UserLinux # 259.148
Brasília-DF
Comentário de Fabiano Duarte
Para desenvolvedores?:
"um grupo que examina como as dinâmicas de mercado em transformação estão criando oportunidades tanto para nós aprendermos quanto para competir melhor com as ofertas do Linux e do código aberto."


Se SL é para desenvolvedores e a M$, nas palavras dele, tem foco no cliente final, o que eles teriam para aprender com o Linux e outros sw de código aberto?

Incoerência total: uma das marcas registradas da M$.

PS: eu só li o extrato apresentado aqui. Tanta incoerência não me motiva a perder tempo com a íntegra do texto.
Comentário de marcus
acho que você não entendeu:
Será que ele, alguma vez na vida, tentou abrir um arquivo do Access 2000 no Access 97???

Não foi isso que ele quis dizer, mas sim o contrário. Garantir que o usuário consiga abrir um arquivo do Access 97 no Access 2000. E isso a microsoft até que faz bem. Não há como negar.

Tente por exemplo rodar um programa compilado em 1997 em uma versão/distribuição atual do Linux! Dificilmente funcionará.
Faça o mesmo com um programa da plataforma Windows. Provavelmente funcionará.

É isso que ele quis dizer e nesse ponto eu concordo.
Mas sei que esse é o preço que o SL paga para evoluir rápido. Abre-se mão da compatibilidade retroativa.
Comentário de marcus
você está sendo simplista: Conhecer o inimigo é um dos princípios básicos em qualquer competição. E é isso que a microsoft está fazendo. Não necessariamente ela vai aplicar as mesmas táticas/técnicas do SL, mas certamente quer conhece-las pra saber lidar com elas.
Comentário de escovadordebit
Pressão.: O fato é que o SL não te cobra licenceamento, de forma que a atualização do sistema (resguardada a questão da performance hardware)é uma questão de opção do usuário.

Nas plataformas fechadas você é quase que "pressionado" a comprar uma nova licença. Você tem a sensação de que é "obrigado" a evoluir ou melhor: a encher o bolso do fabricante.

Não vinculo SL a software gratuito apenas, mas é uma consideração que não pode ser deixada de lado, principalmente no que diz respeito ao comentário acima.

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