A culpa não é da Estação: Por conhecimento de causa (sou da CEF, da tecnologia e não posso dizer mais nada), a culpa não é da estação, chamada de TFL (Terminal Financeiro Lotérico), tanto na parte do sistema quanto na parte da aplicação Java. Isso já ficou comprovado nos testes. E é o Libertas mesmo, customizado para o TFL, com drivers especiais para o touchscreen, leitor de cartelas e cupons, emissor de cupons e leitor de código de barras.

Claro, de uma hora para outra não vamos aparecer com um sistema de loterias completamente perfeito, a GTECH demorou muitos anos para aperfeiçoar o sistema dela e ainda não está nem perto de perfeito. Mas estamos muito perto de estabilizar o sistema. A cada dia está um pouco melhor, mais otimizado, com menos quedas e problemas de performance. Vai ficar perfeito? Não sei, tem algumas coisas a arrumar com a evolução do sistema mas já está bemmelhor que nos primeiros dias.

Além disso todas as unidades lotéricas estavam acostumadas com um sistema que usaram por muitos anos. Não acham que a resistência a mudança ia deixar de aparecer, certo? A maioria reclama que a máquina é diferente da outra, simplesmente. Não que é mais difícil, pior etc. É apenas porque é diferente.

Para vocês terem noção de quão difícil é fazer loterias, sabiam que existem menos de meia dúzia de empresas no mundo (incluindo a Caixa) que fazem loterias? Que a GTECH é uma delas não só no Brasil mas na Europa e um monte de outros lugares? É um mercado competitivo e acirrado. E difícil.

Mais uma vez estamos mostrando ao mundo que somos capazes. Com escolhas certas e algumas erradas mas estamos aprendendo e fazendo. o TSE também mostrou isso com a urna eletrônica que os outros países tentam copiar e não dão conta. Fazem umas urnas com a segurança mais furada que peneira e dizem que fizeram algo superior. Mas isso é uma outra história.

Alguns detalhes...: o problema conheço bem pois estou lá dentro. Na realidade, como a Caixa é uma empresa pública, não pode adquirir nada sem licitação, a tal lei 8666. E como necessita de dois procedimentos diferentes (hardware e transmissão de dados), teve que fazer duas licitações: uma para fornecimento do hardware (o software é desenvolvido em conjunto com a Caixa) e a transmissão de dados. Quem venceu a licitação para o hardware foi realmente a Diebold, antes Procomp, e a transmissão de dados foi outra empresa que não me lembro o nome agora. No momento, o que ocorre é a adequação do sistema, pois todas as transações que eram efetivadas nas máquinas da Gtech (servidores) agora se processa no grande porte da Caixa. Junto com dezenas de outras aplicações inerentes a um banco do tamanho da Caixa. Para se ter idéia, só o FGTS possui o maior banco de dados da América (se não me engano, do mundo). Porém, o problema não está no processamento, mas na transmissão. A empresa que ganhou a licitação tem prazo legal para resolver o problema, portanto, temos que aguardar.
Quanto à utilização do Linux, foi realmente exigência da Caixa, pois é do Governo Federal, e esse é um passo rumo ao controle da tecnologia dentro do Governo, onde a Caixa também tem o seu núcleo de técnicos trabalhando com o pinguim. E, podem acreditar, em uma eventual vitória do governo Lula para o próximo exercício, a tendência é se consolidar esse trabalho. Muita coisa está sendo feita dentro da Caixa, mas não esperem informações na mídia. Tudo será feito com muito critério, pois ainda dependemos (e muito) das aplicações para Windows. A mudança será feita, com certeza, e a diretora da área de tecnologia, Clarice Coppeti, está empenhada nesta tarefa.

Legal!: Eu tive a oportunidade de participar das primeiras especificações de segurança do projeto.

O Linux realmente já seria perfeito. E olha que naquela época o Ubuntu 4.10 nem tinha saído.
Para se ter ideia, eles queriam criptografia de file system e antivírus, imagina a grana que ia ser...

A aplicação é toda Java, muito bem feita - ao menos graficamente - e estavam ajustando a performance dela.

Gosto de ver o Linux sendo usado assim...

Isso é Get the Facts!

Legal: Legal saber disso. O curioso é que a mesma empresa Diebold fez as urnas eletrônicas de votação nos EUA e parte das urnas brasileiras

http://br.geocities.com/hfmlacerda/softwarelivre/urnas-e.html

e usou Windows CE.

Garanto que se o PSDB estivesse no governo os terminais da Caixa estariam usando windows CE ou Windows XP starter edition e tudo seria programado em .Net :-)))


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Participe (finalmente inaugurado):

Comunidade de Usuários do Mandriva Linux no Brasil
http://mandrivabrasil.org

Comentário de João Almeida 13/06/06 21:38