Receita para discussão interminável? Talvez sim, mas eles lembraram de deixar claro que todas as principais distribuições de Linux têm scripts que hoje dependem do Bash, e que isto não deve mudar, portanto o Bash (que provavelmente é a shell default na distribuição que você usa) continuará sendo a medida de comparação de todas as outras alternativas.
Mas após testes com critérios objetivos, o autor concluiu que para o uso interativo, a Zsh faz tudo um pouco melhor que o Bash: é mais rápida, tem completamento de comandos e parâmetros mais avançado (e teve completamento programável antes do Bash), tem recursos de globbing a mais (como o duplo asterisco, que substitui por um recurso builtin vários usos comuns do find), é mais compacta e tem a documentação mais fácil de consultar. O Bash ficou em segundo lugar entre as shells de uso geral.
O artigo, publicado na edicão de junho da revista inglesa Linux Format, apresenta e avalia também algumas shells para usos específicos, como a Fish, que é voltada para usuários iniciantes e tem foco na facilidade de interação, a Dash, que tenta ser uma shell POSIX completa mas com foco no desempenho (por exemplo, para rodar mais rapidamente os scripts de inicialização do Linux), e a Sash, uma shell stand-alone que inclui uma série de built-ins adicionais, para permitir seu uso em desastres do sistema, quando você não tem acesso a utilitários como tar, gzip e mount.
Saiba mais (linuxformat.co.uk).
Acho que o bash é, e sempre será, o padrão dos interpretadores. Mas isso não se significa que seja o melhor. Quando se fala em programação em shell script, normalmente não levamos em conta o shell em uso, acreditando que o usuário está usando o bash. E isso é algo um tanto quanto equivocado.
O C-Shell, por exemplo, é totalmente diferente do bash, e tem uma atribuição bem parecida com o tcl (set var = valor).
Já o zsh é muito bom para tratar vetores, pois os índices começam em um (no bash é zero), e representamos eles como $vetor[$indice], ao contrário do bash, que é ${vetor[$indice]}. Mas isso é só frescura ;-) Mas o bash tem vários recursos para o tratamento e expansão de variáveis. O próprio zsh tem uma boa facilidade em entender os comandos do bash. Já o contrário não é tão válido.
Será que o artigo sai na net?
--
"Quem pensa por si mesmo é livre, e ser livre é coisa muito séria." - Legião Urbana