A Linspire, anteriormente conhecida como Lindows, que em junho anunciou
um pacto de patentes com a Microsoft, lançou recentemente a versão 6 de sua distribuição, anunciando diferenciais como a inclusão de fontes TrueType da MS, o suporte a OpenXML e a arquivos Windows Media. O Linux.com testou, e não ficou impressionado.
O autor até começou elogiando: o reconhecimento de hardware é bom, e o instalador é fácil, embora com quase nenhuma flexibilidade. Mas a partir daí são só críticas: a distribuição comercial (o download custa US$ 50) parece ser um grande retrocesso tecnológico em relação ao Linspire 5. Aplicativos desenvolvidos pela própria Linspire, como LTorrent e Nvu, não são mais incluídas. O bastante elogiado vídeo e tour para novos usuários já era, junto com qualquer ajuda específica do Linspire: é o help padrão do KDE e pronto. A configuração também ocorre diretamente via KDE Control Center.
A Linspire costumava trazer desktops atraentes, mas agora vem com um wallpaper bem básico e sem os desktops 3D comuns a outras distribuições da mesma safra. E mesmo vindo com suporte a formatos de arquivos exclusivos do Windows, a interoperabilidade não vai longe: nada de montar as partições FAT32 e NTFS dos computadores do autor.
Algo deve ter dado muito errado no meio do caminho. A própria MS
cortou o oxigênio da empresa logo após ela anunciar o acordo, o CEO pulou do barco logo depois, e embora diga que não quer fazer críticas à Linspire ou dizer por que saiu, hoje se deu ao trabalho de avisar ao público que passou a usar Ubuntu em seu desktop. Vendo o produto que eles lançaram, dá de imaginar algumas razões.
Saiba mais (linux.com).
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Silveira Neto
silveiraneto.net
eupodiatamatando.com