“Quando vi hoje de manhã no Linux-Watch os primeiros detalhes financeiros revelados sobre o pacto faustiano entre Novell e Microsoft, estranhei o fato de ser algo tão descritivo, com pouco acréscimo de opinião, já que o Linux-Watch costuma ser bastante vocal ao expor as opiniões de seu editor, Steven J. Vaughan-Nichols - e elas em geral ficam mais para aquele lado que alguns da comunidade identificam como "100% livre", e neste caso específico haviam estado bem ácidas contra a Novesoft (ou Microvell) nos últimos dias.
Mas agora de tarde olhei de novo, e estava lá uma notícia que me fez entender melhor. Na notícia, sobre os comunicados da Novell sobre o tema, ele descreve e comenta o que leu nos comunicados, e depois resume tudo (e não colocou entre aspas, nem nada assim), sob uma luz bem diferente do que a que vinha dando em dias anteriores.
Eis o resumo dele sobre a manifestação da Novell, traduzido ipsis literis: "Em outras palavras, apesar do que outros possam pensar, a Novell está comprometida a proteger, preservar e promover a liberdade para o software livre e de código aberto". Nada mal como nova perspectiva, hein?
Mas eu confesso que também gostei de vários trechos do comunicado da Novell, principalmente um que diz (e eu torço para que o Sr. Editor preserve os meus negritos) que "sempre foi política da Novell em todos os seus desenvolvimentos, tanto em código aberto quanto em proprietário, ficar longe de código que infrinja patentes de outros, e a empresa vai continuar a desenvolver adotando esta prática. Se for descoberto qualquer código infringindo as patentes de outras pessoas, nós vamos tentar encontrar tecnologias prévias que possam invalidar a patente, retrabalhar o código para contornar o que foi patenteado, ou em último caso remover a funcionalidade em questão."
E agora vem a parte do comunicado que eu li colocando negritos: "Preocupações com patentes não nos moveram a este acordo. A Novell não faz nenhuma admissão de que suas ofertas envolvendo Linux e código aberto infrinjam as patentes de ninguém. Nossa posição não mudou como resultado deste acordo."
Não acho que ninguém deva mudar de opinião porque a Novell disse isso, ou porque ela convenceu o Vaughan-Nichols. Mesmo assim, continuo concordando com aqueles que querem aguardar a poeira baixar. Não estou vendo nenhuma nova ameaça de ataques baseados em patentes no ar, e vi surgirem várias novas medidas de defesa contra estes ataques, caso ocorram. Só que a cada dia que passa, um ataque destes vai ficando mais valioso, mas também mais caro de empreender.”