A versão 3 da licença GPL
foi lançada ontem, após 18 meses de debates, e atualizando a versão anterior, datada de 1991. No seu
anúncio de lançamento a Free Software Foundation destacou no primeiro parágrafo o fato de que a GPL é a mais popular das licenças de software livre.
O anúncio cita Richard Stallman afirmando que os usuários dos programas que adotam a GPL sempre tiveram garantia de poder executar, estudar, adaptar, melhorar e redistribuir o software, e acrescenta que a nova versão da licença reforça esta garantia, ao garantir que os usuários podem modificar o software em seus aparelhos pessoais e domésticos, e distribuindo licenças de patentes a todos os usuários.
"GPLv3 não proíbe DRM": O anúncio é pródigo nos neologismos típicos da FSF ao alertar seus usuários para os perigos percebidos por ela no cenário atual da informática, incluindo "tivoization" e "treacherous computing", mas ao mesmo tempo reafirma a visão da organização sobre uma questão polêmica: segundo o anúncio, "A GPL versão 3 não restringe as características de um programa; em particular, ela não proíbe o DRM".
Novell dá as boas vindas: A Novell divulgou
seu press release dando as boas vindas à GPLv3, que ela diz apoiar, e aproveita para divulgar que as cláusulas que permitirão a ela continuar incluindo softwares GPLv2 e GPLv3 em seus produtos foram mantidas na versão final da licença, e desta forma ela continuará dando prosseguimento à sua parceria com a Microsoft.
A
Sun também parabenizou Richard Stallman pelo lançamento, mas aproveitou para informar a quem estava curioso: o OpenSolaris continua sendo licenciado apenas pela licença livre CDDL.
No seu artigo "
GPLv3 arrives, but nobody seems to care", o Linux-Watch elogia o trabalho do desenvolvimento da licença e o brilhantismo das pessoas envolvidas no processo, ao mesmo tempo em que pergunta: além do projeto Samba e dos projetos da própria FSF, que outro desenvolvedor de peso está de braços abertos para adotar a GPLv3? Muitos projetos a adotarão por default, dependendo da escolha dos distribuidores ou usuários (porque seus autores optaram por licenciá-los pela GPLv2 e acrescentaram a cláusula autorizando a adoção de qualquer versão posterior), mas será interessante acompanhar quais projetos anunciarão a migração intencional e explícita para a GPLv3.
A questão da migração foi abordada por Richard Stallman, o fundador do projeto GNU, no webcast em que anunciou o lançamento da licença. No artigo "
"Stallman urges users to upgrade to GPLv3", o Internetnews.com descreve o webcast e os apelos de Stallman para que os usuários não ouçam aqueles que aconselham contra a migração para a GPLv3. O artigo também apresenta a questão da incompatibilidade de licenças entre projetos GPLv2 e GPLv3.
"O declínio do GNU": Um artigo do Jem Report, intitulado
GPLv3 license marks GNU's decline", especula se no futuro não lembraremos da data do lançamento da GPLv3 como sendo o dia que marcou a construção de um abismo intransponível separando a FSF da comunidade de software livre em geral. Segundo o texto, "A GPLv3 acrescenta uma variedade de restrições para desenvolvedores e usuários, nenhuma das quais foi escrita para ser compreendida pelas pessoas que mais importam -- programadores e usuários. A FSF nos diz que as novas restrições da GPLv3, sobre patentes, licenciamento de patentes, e comportamento do hardware, estão lá para nos tornar mais livres. É isto mesmo -- mais restrições para nos tornar mais livres".
Palavras duras contra uma licença publicada por uma instituição que tem como histórico a defesa estrita da sua visão de liberdade de software. O lançamento da GPLv3 certamente marca o início de uma nova fase, e certamente vale observar com atenção o que o futuro próximo nos trará em termos de discurso e prática pelos principais desenvolvedores e organizações envolvidos.
Leia também:
Richard Stallman vendeu (ou melhor licenciou pela GPL3) sua alma para o capiroto, passou todo esse tempo enganando as pessoas com esta história de bom moço, mas chegou o momento da máscara cair e ele se revelar como sendo o "pró-capiroto"!
Agora só falta o Linus fazer a mesma coisa!
O mundo está perdido. O PT não salvou o Brasil e Stallman virou advogado e agora?! Quem poderá nos ajudar?!
TROLL TROLL TROLL