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Confirmado: Governo vai responder às perguntas do BR-Linux para dar à comunidade meios de responder à Veja

Nos últimos 5 dias um dos principais assuntos da comunidade livre brasileira tem sido a infame matéria da Veja intitulada 'Opção de Lula pelo software livre atrasa o país', que criticou duramente a forma como o governo federal selecionou suas prioridades na área de TI mantendo o foco no software livre, o que teria impedido a atribuição de recursos suficientes às áreas que já iam bem, e não teria alcançado resultado positivo suficiente para justificar isso, nas áreas que escolheu tratar com maior atenção.

Já no domingo, ao ver que a maior parte dos comentários dos leitores se concentrava em criticar a idoneidade da Veja, diluir as acusações (apontando que outros governos agiriam de forma semelhante ou pior) ou negá-las apenas de maneira genérica, e acreditando que temos condições de preparar uma resposta muito mais concreta, direta e contundente se pudermos negar com fatos e dados cada uma das afirmações da revista, tomei a iniciativa de enviar ao Secretário de Logística e Tecnologia de Informação do Ministério do Planejamento, única autoridade governamental citada nominalmente na reportagem, um convite a responder 10 perguntas que dariam à comunidade os meios de oferecer não a resposta que a Veja merece (ao menos na minha opinião, a resposta que ela merece é de natureza bem diversa, mas passa pelas opções de compra de cada um de nós), mas sim a que melhor refletirá sobre a nossa comunidade: a negação, ponto por ponto, de todas as acusações apresent adas.

A transparência dos órgãos de informática do governo federal é exemplar, e ontem mesmo representantes da SLTI, ITI e Serpro decidiram em conjunto que irão responder às questões enviadas pelo BR-Linux - não como uma resposta à Veja, mas sim em respeito à comunidade que os apóia e colabora na legitimação de seus esforços em prol do software livre.

Agradeço a gentileza dos representantes da SLTI que me procuraram por telefone para informar sobre o empenho pessoal do Secretário Rogério Santanna em nos prover esta resposta, afirmar seu elevado apreço e especial consideração pelos diversos sites da comunidade livre brasileira, e informar dos resultados da reunião entre representantes dos 3 órgãos para tratar do assunto e definir que esta resposta era importante e necessária. Ficamos todos no aguardo, mais tranqüilos por saber que uma resposta assinada por uma autoridade federal será enviada à comunidade brasileira de software livre.

Em respeito às autoridades envolvidas, e para evitar que o 'outro lado' use a informação antecipada a seu favor, não vou divulgar neste momento o conjunto das 10 questões enviadas, mas apenas 4 delas, juntamente com a mensagem que enviei à Secretaria no domingo. Veja abaixo a transcrição, enquanto aguardamos as respostas.



Senhor Secretário:

(Observação: em respeito à sua agenda, tomei a liberdade de enviar cópia desta à sua chefia de gabinete, à Gerência de Inovações Tecnológicas (com que tenho o contato mais estreito) e à assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento.)

Ao longo do final de semana, chegou ao meu conhecimento o ataque que a revista Veja praticou contra a política de software livre adotada pelo governo brasileiro, e em especial os programas e projetos sob responsabilidade da SLTI.

Na condição de participante ativo da comunidade brasileira de software livre, fiquei particularmente indignado por não estar em condições de fornecer eu mesmo uma resposta à altura, considerando que disponho dos meios - pois mantenho o mais procurado site sobre Software Livre no país (segundo análise da revista Isto É) - mas não dos dados.

Tenho certeza de que uma resposta oficial está sendo preparada e virá no tempo certo, e terei o maior interesse em repercuti-la também. Neste meio tempo, entretanto, gostaria de aproveitar o infeliz ensejo proporcionado pela Veja para poder reunir alguns contrapontos às afirmações dela, demonstrando a um só tempo a transparência e a operosidade dos órgãos públicos a que confiamos a definição e implementação das políticas de tecnologia de informação de nosso país.

Desta forma, respeitosamente solicito a atenção da SLTI no sentido de responder as questões abaixo, construídas pelo BR-Linux de modo a poder negar ou rebater as afirmações da Veja, apresentando os progressos da administração pública no campo de TI, apoiada inclusive no software livre. Ficarei grato se a resposta vier assinada pelo Sr. Secretário, mas caso seja política do órgão transferir este tipo de requisição a uma assessoria ou unidade técnica, o objetivo ainda assim será atendido.

Destaco que tenho interesse em publicar estas respostas o quanto antes, e o farei na íntegra e sem edição - acrescendo meus próprios comentários no início ou no final, claramente delimitados. Ainda, pretendo tornar público o próprio teor desta correspondência que ora envio, e tenho intenção de divulgá-lo já na edição noturna da próxima terça-feira, para dar a todos a certeza de que uma resposta completa está sendo preparada. Caso haja algum óbice a esta publicação, favor manifestar-se antes desta data, e ela será adiada a seu critério.

Se a iniciativa for bem-sucedida, gostaria de futuramente aproveitar o canal formado para realizar entrevistas (de forma mais planejada e sem a pressão da urgência) sobre outros temas de interesse, inclusive o projeto da Infovia, a situação atual e o futuro do GESAC, a busca da integração de bases de dados federais e a independência tecnológica em relação a empresas como a IBM, a Unisys e outras.

Agradeço penhoradamente pela transparência sempre demonstrada em todos os atos desta secretaria, e acrescento as perguntas em anexo.

Atenciosamente,
Augusto Campos
BR-Linux.org

Questões propostas:

1) A política de privilegiar os softwares livres tem sido uma tônica das ações de informática do executivo federal nos últimos anos. Mas a descrição dada pela revista Veja, de que a oposição aos softwares proprietários (em especial os da Microsoft) é uma bandeira política adotada por esta administração corresponde à verdade?

5) A alegada contratação de 2000 técnicos de informática pelo executivo federal corresponde à verdade? Quantos técnicos foram contratados para operar com software livre, ou desenvolvê-lo, e qual o total de técnicos de informática realmente contratado, independente da tecnologia com a qual irão operar? A SLTI tem conhecimento da proporção de concursos públicos federais para cargos de informática que incluam o software livre na avaliação de seus candidatos?

6) Considero sem sentido a comparação entre o dispêndio com pessoal capacitado e a redução de custos de licenciamento, na forma como foi apresentada pela reportagem - uma comparação mais válida para esta finalidade consideraria o retorno do investimento (em termos financeiros ou não), e não a redução de custo. Entretanto, gostaria de propor um comparativo alternativo: seria possível obter uma listagem simples exibindo os totais anuais desembolsados com despesas e investimentos relacionadas ao software livre, e acrescentando como termo de comparação os desembolsos anuais com produtos da Microsoft, da Oracle e com terceirização de mão de obra técnica, seja no âmbito dos projetos cujo orçamento é de responsabilidade direta da SLTI, ou (o que seria ainda melhor) no âmbito de todos os projetos cujo planejamento e coordenação cabem a este órgão?

10) De que forma um cidadão interessado pode contribuir ou manter-se informado sobre as iniciativas de software livre na SLTI?

Agradeço mais uma vez a atenção.



--
Augusto Campos
BR-Linux.org



Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de Gustavo Monteiro
Caminho.: Parabéns, o caminho é realmente esse.
Comentário de sergiotucano
Isso ai: É isso ai Augusto.

Muito legal a maneira pela qual você conduziu este assunto.

Agora é só esperar as respostas.

FALOW !

http://sergiotucano.blogspot.com
http://www.desktoplivre.org.br
Comentário de gilberto nunes
"Publicação Pública": Espero que a Veja de espaço para esta respota e além de espaço, destaque de reportagem...
Certo que, se sair aqui no BR-Linux e outros sites de mesmo foco, muitos iram ficar sabendo.
Mas, temos que admitir, nem todos tem acesso a Internet e "creditam" mais valor a Veja do que no que sai na Internet.

Gilberto Nunes
Comentário de Carlos Vitoriano
Isso não é coisa do PFL???: Uma certa vez fui convidado a fazer parte do PFL Jovem e fui em uma reunião...
Quase me lincharam em uma discussão sobre a segurança das urnas eletrônicas, onde eu coloquei na mesa a abertura do código fonte, como forma da sociedade fiscalizar e auditar o processo eleitoral no âmbito eletrônico....
Todo mundo me criticou, ainda tentei mostrar exemplos, mas tudo em vão até que me tomaram a palavra e o chamado presidente da sessão (Tô até parecendo político ....) me disse que as idéias chamadas "socialistas" não são bem vindas em um partido com a essência "Liberal" ...
Fiquei até o final por respeito ao meu amigo que me fez o convite (E claro, para não perder a carona de volta..... hehehehhe....)
No final eles vieram me explicar a essência "Liberal" do partido....
Putz, eu senti como uma ofensa... Não tenho preferência partidária, e hoje nem fé nas chamadas Instituições Nacionais....

Terminando para não fugir do assunto, não tenho certeza disso, mas parece que a Veja tem um dedinho do PFL quando o assunto é Software Livre. Claro, hoje no Brasil, se o PT falou bem, o PFL e a Veja senta o porrete....
Não sei não.... Parece que a Microsoft financia o PFL. Será?
Comentário de gabrieribeiro
Verdadeiros Governos Utilizando Software Livre ...: O Governo do Paraná na Gestão do Requião(PMDB), montou uma política de Software Livre fantástica, Vale lembrar o atual presidente da Celepar, o Mansur é indicado pelo (PT). Em compensação a Prefeitura de Curitiba, dirigida pelo Beto Richa(PSDB) tendo seu vice do PFL, utilizam o ICI, uma fundação patrocinada pela Microsoft, que por ser fundação não precisam fazer Licitação para compra de Software e Equipamentos na prefeitura de Curitiba. É Palhaçada ou não. Esse ano tem eleição é bom abrir o olho com candidatos do PFL e do PSDB.
Comentário de vmedina
O PFL é assim mesmo...: Nada de garantir auditoria em votações eletrônicas... afinal "Toninho Malvadeza", senador antônio carlos magalhães - PFL , foi pego adulterando o painel de votação do senado.

O PFL é um dos mais corruptos e é somente um antigo vestígio da ditadura. Depois fica o neto deste senador dizendo que a corrupção nasceu na administração atual. Gente sem memória..

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de Rômulo Jales
Rapaz, a VEJA é uma: Rapaz, a VEJA é uma escrota!!! Assisti uma palestra onde o minitrante mostrou que a veja USA SOFTWARE LIVRE!!!!!!!!
usa o APACHE E O TOMCAT!!!!!!!
vejam esse link:
http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1001
hauhauahuauhuaha é BIZARRO!!

Comentário de Lucas Filho
Vamos ler com atenção: É indiscutível a falta de dados e informações realistas da reportagem.
Vejam só:
A Ilusão do Software Livre/ Instalação:
Software Pago: "Para instalar o programa no computador, é preciso pagar uma licença à empresa que o desenvolveu."... - só não informaram que dependendo da licença, as mesmas terão que ser renovadas a CADA ANO. E também não disseram que o valor de uma pode chegar a ser 60% do valor do software.

Software Livre: É preciso contratar consultores especializados para adaptar e melhorar o software constantemente... - Pelos menos temos a opção de melhorá-lo. Um botão que transforma-se o arquivo em PDF foi solicitado pelos usuários do Office há muito e muitos anos e só com a versão 2007, parece que vai sair este botão.

Sobre algumas empresas que a reportagem citou... quando vamos à guerra temos que decidir entre perder um grupo de soldados ou todo o exército. Ou seja, fechar algumas empresas - se as mesmas não se adaptarem, é melhor do que fazer todo o país depender do monopólio que existe hoje.
Eles deveriam ter ido antes ao FISL ou a outro evento de Software Livre. Conversar, entrevistar, conhecer, experimentar, e só depois ter respaldo para falr contra ou a favor.

Espero que a resposta do governo possa ser também publicada na revista para mostrar como uma revista deve ser: imparcial e comprometida com os fatos.
Caso a resposta não seja publicada, só podemos é deixar de acreditar nas reportagens que a mesma veicula.

Até mais,
Lucas Filho
Comentário de The Darkness
Cada dia mais aprecio o: Cada dia mais aprecio o trabalho feito pelo Brain.

Deixo aqui meus parabens pela forma como você tratou do assunto.

Infelizmente acho difícil que a Veja conceda igual espeço para a resposta como teve a acusação. Vende mais falar mal dos outros do que publicar a verdade.

Mas quando a resposta do governo for publicada aqui e espalhada em muitos outros sites da nossa comunidade, com certeza iremos ter muita visibilidade.

[ The Darkness ]
[ Jorge Bastos ]
Usuário Linux 407232
É Usuário de Linux? Apareça !!!
Comentário de renatogdelf
parece?, sei não: "...não tenho certeza disso, mas parece que a Veja tem um dedinho do PFL quando o assunto é Software Livre..."

Carlos, a ligação com partidos (PSDB? PFL?) não parece só neste assunto. Dê uma lidinha aqui:
Abra os olhos com a veja
Comentário de Pedro de Medeiros
ComprasNet: Queria saber se foi feita alguma pergunta sobre a suposta tentativa de mudança do site ComprasNet para usar software livre, como apontado pela matéria da Veja, e, em caso positivo, o motivo por isso não ter ido adiante.
Comentário de pseudorandomness
Netcraft: Ou com a ajuda do Netcraft:

OS: Solaris 8
Web Server: Apache/1.3.31 Unix mod_jk/1.2.6

http://toolbar.netcraft.com/site_report?url=http://vejaonline.abril.com.br
Comentário de Dodo
Uma vez confirmado...: ...que as informações veiculadas pela famigerada revista foram tendenciosas e falsas, o Governo deve exigir o Direito de Resposta, a ser publicado com os mesmos destaques da publicação original.

Afinal, nada pior p/ uma revistinha medíocre que ser obrigada a ceder páginas por ter publicado desinformação. Sim, desinformação, pois tendenciosa ela sempre foi - e é exatamente por isso que ela nunca viu e nem verá o meu dinheiro.

O mais triste é que a concorrente (I.É), está indo pelo mesmo caminho, motivo pelo qual já faz quase um ano que cancelamos a assinatura dela aqui em casa.
Comentário de bebeto_maya
Mais do mesmo!: __Com excessão da comunidade do S.L., há muito tempo abandonei os meios ditos oficiais...Essa gente ganha muito poder e se torna arrogante, cega e perde a simplicidade.

__Aqui na UFPE, temos quase um canteiro de desenvolvimento em Software Fechado para Microsoft. A coisa é tão segregacionista que eles impedem a entrada de membros da comunidade, ou mesmo de estudantes da Universidade, como eu, no centro de ciências da computação, através de Portão eletrônico ativado por leitura de cartão personalizado...E eles dizem que isso é tecnologia e progresso.

__Exatamente por isso que saí do meio acadêmico-científico, porque ele não estava mais, salvo raras exceções , fazendo ciência, estava simplesmente regujitando literatura que os americanos dizem ser oficial e importante...Nada de inventivo que contradiga o paradigma é aceito...Por puro preconceito!

__Com software livre acontece a mesma coisa, infelizmente.

________________________________
Arte com Linux e Software Livre:
http://inteligencianatural.sites.uol.com.br
Comentário de fa biano
Bom, uma boa notícia pra: Bom, uma boa notícia pra você: nem tudo está perdido.
Na UFPR, todo o departamento de informática, ciência da computação e mais alguns é tudo linux, e outros que se não são tudo é boa parte, física, matemática, estatística..
A maioria dos laboratórios são em ltsp, com servidores debian. Além disso, a ufpr hospeda mirrors gigantescos como debian, sourceforge e ubuntu. E temos também o C3SL - Centro de Computação Científica e Software Livre.

Uma vez eu vi uns velhão de terno preto lá com umas valises, conversando com nossos professores, o pessoal disse que eram da microsoft e que já botaram eles pra correr de lá várias vezes, hehe.

http://www.c3sl.ufpr.br/
http://www.inf.ufpr.br/info/depto/parq_comp.html
Comentário de Valdir Junior
Bom, essa não é a primeira: Bom, essa não é a primeira vez que a Veja distorce um assunto... quantas pessoas já foram injustiçadas por essa revista que tem o poder de controlar as "mentes" no Brasil!? E o pior é que grande parte dos leitores acredita cegamente no que eles escrevem...

Comentário de David Fante
Alguém já pediu explicação para a Veja?: A Veja já disse algo sobre isso?
Olha, já temos tantos obstaculos ao tentar introduzir o SL, são pessoas desconfiadas, falta de suporte a hardware, falta de informação e as campanhas podres da MS, agora vem a Veja falar do SL?! Poxa!! Isso sim eu chamo de conspiração. Eu acho que devemos responder de várias formas, além das medidas que já foram tomadas. Uma coisa interessante seria um site exclusivo para discutir as vantagens e quem já aderiu ao SL, junto com o site um selo para os adeptos do SL, para colocarmos em nossos sites, camisas, banners... algo como EU SOU LIVRE! (não sou bom com slogan), sei, sei... isso já existe, o que não existe é algo centralizado, talvez algo como um cadastro de adeptos.
Acredito que com essas medidas teremos uma melhor noção do tamanho da nossa comunidade e dos simpatizantes, seria uma fonte de informações para empresas que querem conhecer o SL e seus frutos, e isso iria intimidar pessoas como esse infeliz que divulgou o tema desta.
Comentário de brain
Não esqueça de mandar a URL!: Para eu poder anunciar.
Comentário de PauloRMM
Atestado de Verdade: Infelizmente o que passa na TV e sai na Veja é a "verdade absoluta" para nossa alienada população, ou seja, quem é contra o Sw Livre está com um "Atestado de Verdade", o que complica qualquer conversa. A Veja terá que se retratar, pois desrespeita de maneira geral a ações e esforços da comunidade do SW livre. Essas e outra iniciativa com as que estão no BR-Linux tem que acontecer até eles nos ouvirem...

Sugiro a leitura e divulgação do texto do Ricardo Bánffy:
http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/id/2831
Comentário de LADIM....
Qua autonomia é essa...: Concordo plenamente a respeito do PFL.... Tambem fui convidado
certa vez para assistir a uma palestra desse partido....
Começaram pregando a politica de bons amigos até chegarem ao ponto de
meterem o pau no socialismo...... Mas em relação a Veja, que autonomia que
esse verdadeiro TAPADO tem para escrever uma matéria desse teor....
Sou assinante da INFO a quase 3 anos e ela que é uma, senão a maior,
revista de tecnologia do Brasil, nunca ousou publicar uma matéria desse porte
sobre uma tecnologia que está em franco desenvolvimento e que se o bom Deus quiser
vai tirar de linha(tomara mesmo) um "ladrão de código fonte" que está
bilhonário hoje........ Não sei qual é politica da Abril mas sei que uma revista
caiu em contradição com a outra, e é lógico que a Veja está errada.... O pior
é que com o respeito que a Veja tem, não se deram nem ao trabalho de apurar
as informações desse tipinho que escreveu a reportagem....... Cheguei até a
comprar a revista só pra guardar e mostrar para os meus filhos no futuro
a reportagem do cara mais "engraçado" na area de informação..... Pois convenhamos..
O reporter da Veja é um "palhaço"........
Comentário de Eduardo C. Araujo
O Serpro contesta matéria da Veja: Vejam abaixo a resposta do SERPRO, mostrando como os dados foram manipulados pela Veja (entenda-se tambem que a Veja e a Globo são PSDB urgente):

O Serpro contesta matéria da Veja

A revista Veja que circula nesta semana trouxe matéria com o título “O grátis saiu mais caro”, afirmando que, “ao insistir no software livre, o governo deixa de melhorar serviços eletrônicos aos cidadãos e desperdiça dinheiro”.
O Serpro foi procurado pelo jornalista Duda Teixeira, que assina a matéria em questão, para que fornecesse informações sobre número de empregados admitidos pela Empresa nos últimos anos, e sobre as economias geradas com a migração dos desktops para software livre. Foi esclarecido ao jornalista que, em função de ser uma empresa de tecnologia da informação e comunicação, o Serpro contabilizava economias significativas também com outros itens, além daqueles referentes à não aquisição de licenças.
Em sua resposta a Veja, por escrito, o Serpro informou que, desde o início da migração para software livre, economizou R$ 14,8 milhões. O investimento em treinamento, consultoria e suporte para software livre foi de R$ 396 mil. Como resultado final, o Serpro (leia-se governo) economizou R$ 14,4 milhões. Esclareceu também que, de 2001 a 2005, abriu vagas em concurso para 2.333 profissionais.
Surpreende, na matéria publicada, a ausência dos números fornecidos pelo Serpro, o que não seria problema, uma vez que cada matéria jornalística é sempre um recorte que não esgota o assunto em foco. Entretanto, as informações publicadas sobre o “resultado tão ruim” da tentativa de migração do ComprasNet e do programa do imposto de renda são inverídicas e, portanto, tendenciosas (ver texto abaixo).
Por outro lado, os dados de economia e investimentos com a implantação do software livre precisam ser olhados de forma focada, sim, mas precisam também ser contabilizados de forma global. Ao ser informado de que a economia do Serpro com o software livre ia muito além da migração de desktops, o jornalista mostrou-se desinteressado, afirmando não necessitar de outros dados.
É lícito ao Serpro deduzir que na apuração da matéria interessava apenas cruzar as informações de número de desktops migrados versus número de novos técnicos admitidos pelo Serpro, para sustentar uma hipótese que o jornalista (ou a revista Veja) já havia formulado, de que “a migração para o software livre custou caro para os cofres públicos”. Esta tese também não se sustenta, neste caso, porque os técnicos admitidos pelo Serpro atuam em várias áreas da Empresa, não apenas nos projetos de software livre.
Cabe esclarecer também que, na condição de prestador de serviços à administração pública federal, as plataformas e tecnologias adotadas pelo Serpro dependem de negociação prévia com os órgãos contratadores. O Serpro não impõe plataformas aos seus clientes. Produtos e soluções dos mais diversos fornecedores convivem dentro do Serpro, todas adquiridas por pregão eletrônico e dentro das exigências da Lei de Licitações.
Por sentir-se agredido em sua imagem e por concluir que a matéria é tendenciosa ao ignorar as vantagens e benefícios reais advindos da adoção de software livre, o Serpro é signatário, junto com a Secretaria de Logística do Ministério do Planejamento e com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, da correspondência abaixo, enviada à redação da revista Veja no dia 17 de maio/2006.

Carta encaminhada à redação da revista Veja

Com relação à matéria “O grátis saiu mais caro”, publicada na edição de 17/05/06, gostaríamos de esclarecer que o software livre é uma opção estratégica do governo federal por reduzir custos, ampliar a concorrência, gerar empregos e desenvolver o conhecimento e a inteligência do Brasil nessa área. Esclarecemos que somente com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), citado no texto, obtivemos uma redução de custos de cerca de R$ 14,8 milhões ao implantar o software livre, o que exigiu investimentos em serviços e treinamento de apenas R$ 396 mil. Caso a citação de contratação de 2 mil técnicos esteja referindo-se ao Serpro, a Empresa esclarece que as vagas abertas para concurso público nos últimos anos tiveram o objetivo de atender às várias áreas de atuação, desde desenvolvimento de sistemas, área de rede, datacenter, administrativa e software livre, para citar algumas.
O desenvolvimento dos padrões e-PING adotados pelo governo para a troca digital de dados e informações possibilitaram importantes avanços na comunicação entre as bases de dados oficiais. Entre eles, destacamos a integração em 2004 dos sistemas de segurança pública dos estados ao Infoseg, do Ministério da Justiça, a um custo de apenas R$ 8,5 milhões. Hoje, informações como cadastros de veículos e de pessoas com mandado de prisão decretada estão disponíveis on-line 24 horas por dia, informação também omitida no texto da reportagem. Durante anos, o governo não conseguiu fazer essa integração devido aos altos custos em investimentos em equipamentos, softwares e pagamentos de licenças com softwares proprietários que foram orçados em R$ 4 bilhões.
Em compras governamentais, tivemos o maior desempenho com o pregão eletrônico desde a sua implementação em 2000. No primeiro trimestre de 2006, este representou R$ 1,1 bilhão das compras de bens e serviços comuns, com uma participação de 46% do total adquirido pela administração direta. Em 2002, o pregão eletrônico representava apenas 0,8% das aquisições com R$ 62 milhões licitados. O Brasil foi reconhecido pelo BID e pelo BIRD como o maior usuário de compras eletrônicas do mundo na modalidade leilão reverso e o sistema federal brasileiro foi o primeiro aceito por ambas as instituições financeiras para contratações envolvendo seus recursos. Levantamento da FF Pesquisa & Consultoria / e-stratégia pública e divulgado em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico - Camara-e.net, indica que as compras da União, incluindo a administração direta e indireta, representaram no primeiro trimestre de 2006 cerca de 40% dos R$ 419 milhões em compras públicas realizadas integralmente pela internet.
No caso do Imposto de Renda, informamos que o programa opera em multiplataforma. O contribuinte que utiliza os programas do Imposto de Renda não pode ficar refém de apenas uma plataforma, seja ela qual for. A opção por torná-lo multiplataforma faz parte da estratégia de governo, de adotar soluções universais, melhor ainda se forem mais econômicas. A respeito da suposta “utilização pelo Governo Lula das conquistas eletrônicas da administração anterior em sua desastrada campanha para se tornar líder sul-americano, com conseqüências que teriam sido um banho de água fria nas aspirações comerciais de muitas empresas sediadas no Brasil”, temos a informar que o consórcio Vesta/Unisys - cuja diretora da empresa Vesta é citada na matéria - teve seu contrato rescindido pelo Governo Federal no dia 20 de dezembro de 2002, no apagar das luzes da antiga administração. O motivo foi a não implementação das funcionalidades do pregão eletrônico e do portal de compras públicas Comprasnet, conforme havia sido contratado e não devido à substituição da solução por softwares abertos. Isso causou atrasos na implantação do sistema de pregão eletrônico, que precisou ser totalmente refeito pelo Serpro. Além disso, ao contrário do que consta na matéria, o portal Comprasnet não teve versões em código aberto, há uma segunda versão em desenvolvimento que utilizará software livre.

Rogério Santanna - Secretário Executivo do Comitê Executivo de Governo Eletrônico/Ministério do Planejamento
Renato Martini - Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação
Wagner Quirici - Diretor-Presidente do Serpro
Comentário de RockerTux
Primeiro o RPG...: ..agora o software livre. Vamos ver qual vai ser meu próximo hobby a ser difamado.

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Jabber: rockertux [spammer] gmail [maldito] com
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